BIOGRAFIA.
O Terço é uma banda brasileira formada no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (guitarra), Sérgio Hinds (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). A banda começou tocando rock clássico, mas logo tendeu ao rock progressivo e ao rock rural e MPB caracterizando o som e a diversidade musical da banda.
Segundo o guitarrista Sérgio Hinds (único membro presente em todas as formações da banda), a palavra terço foi escolhida como nome da banda porque é uma medida fracionária que corresponde a três ou a “terça parte de alguma coisa”, como num rosário. O Terço caiu como uma luva devido a primeira formação da banda, que era a de trio (guitarra, baixo, bateria). Inicialmente, o nome escolhido tinha sido “Santíssima Trindade”, mas para evitar atritos com a Igreja Católica, foi adotado “O Terço”.
HISTÓRIA.
Origem.
O Terço originou-se basicamente de dois grupos, o Joint Stock Co. (que integrava Jorge Amiden, Vinícius Cantuária, Cezar de Mercês e Sérgio Magrão) e Hot Dogs (que integrava Sérgio Hinds). Todos eles viriam a fazer parte da banda em diversas ocasiões. O Terço surgiu no final da década de 1960 e a primeira formação foi: Sérgio Hinds no baixo, Jorge Amiden na guitarra e Vinícius Cantuária na bateria. Esta formação gravou o seu primeiro LP em 1970, com uma mistura de rock 50, folk e música clássica.
O Terço nesta época tocava em diversos festivais. Com a canção “Velhas Histórias”, composta por Renato Côrrea e Guarabyra, o grupo ganhou o Festival de Juiz de Fora. Em um festival universitário, a banda ficou em 2º lugar defendendo a música “Espaço Branco” de Vermelho e Flávio Venturini (que mais tarde viria a integrar o grupo). A banda também classificou as músicas “Tributo ao Sorriso” (3º lugar) e “O Visitante” (4º lugar), em duas edições do Festival Internacional da Canção (FIC), o que levou a banda a se tornar o grupo revelação pela mídia especializada, com destaque para o vocal trabalhado em falsete, que era uma das características da banda e que encantava o público.
PRIMEIRAS MUDANÇAS.
Sérgio Hinds havia se afastado do grupo para tocar com Ivan Lins. Foi então que Jorge Amiden chamou Cezar de Mercês para integrar o grupo como baixista. Sérgio Hinds voltou logo depois para completar o quarteto. Com inovação e criatividade, em parceria com Guarabyra, o grupo criou o violoncelo elétrico (tocado por Sérgio Hinds) e a guitarra de três braços (apelidada de “tritarra”, tocada por Jorge Amiden). Foi assim que O Terço lançou um belo compacto duplo com 5 músicas, entre elas, um tema de Bach, que mostrava bem a influência clássica da banda.
Logo depois, Jorge Amiden que até então era a principal mente criadora de O Terço, se desentende com o grupo e o deixa. Em acordo entre os outros três integrantes, Sérgio Hinds registrou o nome “O Terço” para que Jorge Amiden não o fizesse. Após a saída do grupo em 1972, Amiden criou um novo grupo chamado Karma, junto com os músicos Luiz Mendes Junior (violão) e Alen Terra (baixo). O Karma gravou um belo disco ainda neste ano e depois se desfez.
O Terço passou então a ser Sérgio Hinds (guitarra), Cezar de Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). Ainda em meados de 1972, O Terço participou da gravação do disco “Vento Sul” de Marcos Valle. Também participaram em algumas faixas o trio “Paulo, Claudio e Maurício”, formado pelos irmãos gêmeos Paulo e Claudio Guimarães (flauta e guitarra) e pelo arranjador Maurício Maestro, além do guitarrista Frederiko (Fredera), ex-Som Imaginário. O Terço junto com Marcos Valle fizeram uma turnê por todo país e tocaram no Festival do Midem em Cannes, na França.
ASCENSÃO AO ROCK PROGRESSIVO.
Influênciados pelo rock progressivo inglês, O Terço mudou a sua sonoridade e em 1972 lançou um compacto mais pesado com as músicas “Ilusão de Ótica” e “Tempo é Vento”. No ano seguinte O Terço lançou o segundo disco (homônimo). No disco o grupo mostra que queria mesmo era tocar rock progressivo. O destaque do disco é a longa suíte chamada “Amanhecer Total” (com 6 temas), composto pelos três integrantes e que conta com a participação de Luiz Paulo Simas nos teclados sintetizadores (Módulo 1000), Patrícia do Valle com a voz na introdução do tema “Cores”, Chico Batera na percussão e Maran Schagen encerrando o tema “Cores Finais” no piano. O músico Paulo Moura também participou do disco, tocando saxofone alto na música “Você aí”.
NOVA MUDANÇA NO GRUPO E APROXIMAÇÃO COM O ROCK RURAL.
Após a gravação do segundo disco, Vinícius Cantuária deixou a banda para tocar com Caetano Veloso. Entraram na banda Sérgio Magrão (baixo) e Luiz Moreno (bateria) para tocar junto com Sérgio Hinds (guitarra) e Cezar de Mercês (guitarra base).
A aproximação do grupo com Sá e Guarabyra deu um guinada na carreira de O Terço. Na época, eles foram convidados a gravar um disco com a dupla (Nunca, 1974).Esta proximidade com o chamado “rock rural” da dupla influenciou muito a sonoridade da banda em sua fase posterior. Sérgio Hinds pediu a indicação de um tecladista para Milton Nascimento, que indicou Flávio Venturini. Com o novo tecladista, O Terço começou, já em 1974, a gravar o terceiro disco da banda. Cezar de Mercês deixou o grupo, mas continuou como compositor e colaborador da banda.
MELHOR FASE DA BANDA.
Em 1975, Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria) e Flávio Venturini (teclado e viola), concluíram a gravação de seu terceiro disco, o “Criaturas da Noite”. A capa do disco foi elaborada por Antônio e André Peticov e foi chamada de “A Compreensão”. O disco começa com o pulsante baixo de Magrão, introdução do simples rock “Hey Amigo”, composição de Cezar de Mercês que se tornou um dos maiores clássicos da banda. A influência do rock rural é bastante presente nas faixas “Queimada” e “Jogo das Pedras” (ambas de Flávio Venturini e Cezar de Mercês). A belissíma faixa-título “Criaturas da Noite” (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá), conta com os arranjos de orquestra do maestro Rogério Duprat. O disco traz as instrumentais “Ponto Final” (do baterista Luiz Moreno, que toca piano na introdução da música) e a suíte instrumental “1974″, composta por Flávio Venturini e que fecha com chave de ouro como o maior destaque do disco e já foi eleita a melhor música em todas as enquetes feitas pelos fãs do grupo. Visando mercado internacional, a banda gravou o vocal deste disco em inglês e lançou o “Creatures of the Night”. O disco Criaturas da Noite é até hoje uma das maiores referências entre os discos de rock progressivo nacional e internacional também. Alguns o consideram o maior disco deste gênero no país.
Em 1976, o grupo foi morar em uma fazenda, em São Paulo. Lá foi concebido todo o novo disco do grupo, que levou o nome de “Casa Encantada”. O disco segue a linha do anterior, com rock progressivo, músicas instrumentais e a influência definitiva do rock rural. O destaque inicial fica por conta do percussionista Luiz Moreno que faz a voz solo das duas primeiras faixas do disco, “Flor de La Noche” e “Luz de Vela” (ambas compostas por Cezar de Mercês). A faixa “Sentinela do Abismo” (Flávio Venturini / Márcio Borges) é uma música solo do tecladista no disco (cantada e tocada apenas por ele) com um arranjo de cordas regido por Rogério Duprat. Cezar de Mercês participou como flautista na belissíma faixa-título “Casa Encantada” (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá). Seguindo a qualidade técnica do disco anterior, este é considerado o melhor disco do grupo depois de “Criaturas da Noite”. O disco é encerrado com uma faixa da dupla Sá e Guarabyra, a ruralissíma “Pássaro”.
Segundo informações da banda, O Terço seguia fazendo uma média de 200 concertos por ano. O sucesso de público era total, seja em teatros ou casas de eventos. Nessa época foi que ocorreu o lendário concerto em homenagem aos Beatles junto com os Mutantes. Nos concertos, a banda também tocava músicas inéditas que ainda não haviam sido gravadas ainda, como a instrumental “Suíte” (Flávio Venturini) e “Raposa Azul” (Flávio Venturini / Sérgio Hinds).
MUDANÇA DE TEMPO.
Em meados de 1977, Flávio Venturini decidiu deixar o grupo para fazer um trabalho junto com Beto Guedes. Cezar de Mercês voltou ao grupo e trouxe com ele o tecladista Sérgio Kaffa. Ainda neste ano, com a nova formação, o grupo lançou um compacto com as músicas “Amigos” e “Barco de Pedra”, ambas compostas por Cezar. A sonoridade do grupo se voltou mais para a MPB, mas sem esquecer suas raízes rock-progressivas.
O quinto disco da banda, “Mudança de Tempo”, foi lançado 1978. O disco segue praticamente a linha dos dois anteriores, com músicas instrumentais, progressivas, mas sempre com diversidade musical. Só para lembrar, a formação do grupo era Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria), Cezar de Mercês (violão e flauta) e Sérgio Kaffa (teclados). Este disco fechou uma trilogia sonora iniciada com o disco “Criaturas da Noite” e o contrato com a gravadora Underground/Copacabana. A progressiva faixa-título “Mudança de Tempo” (Cezar de Mercês) é um dos grandes destaques do disco. Outros destaques do disco são as participações do maestro Rogério Duprat e de Rosa Maria (que canta uma música chamada “Minha Fé”, uma canção bem ao estilo gospel norte-americano). Este disco confirma O Terço como um dos grandes nomes do rock da década de 1970 apesar de algumas críticas desfavoráveis.
Nesta época O Terço fez o seu primeiro concerto internacional, no chamado “Concerto Latino-Americano de Rock”. Foram três concertos no Brasil (São Paulo no Ibirapuera, Campinas e Belo Horizonte) e dois concertos na Argentina (em Buenos Aires, no Luna Park e em Rosário).
O FIM DA UNIDADE FINAL.
O Terço vinha cumprindo a sua agenda de concertos normalmente. Mas o desgaste com a gravadora e com gravação do último disco e com as críticas foi desgastando o grupo também. Além disso, Sérgio Hinds havia sofrido um acidente o que o impossibilitou de continuar a tocar por um bom tempo. Para a ocasião, a banda contratou Ivo de Carvalho para ocupar a guitarra e terminar os possíveis compromissos. Ainda em 1978, o maior grupo de rock progressivo dos anos 1970 chegou ao fim. Luiz Moreno foi tocar com sua nova banda “Original Orquestra” e depois foi com Elis Regina. Sérgio Hinds e Cezar de Mercês gravaram discos solos no ano de 1979. Sérgio Magrão junto com os irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Vermelho e Hely Rodrigues decolaram com a nova banda 14 Bis.
O RETORNO.
Em 1982, Sérgio Hinds reatou O Terço com Ruriá Duprat (teclados), Zé Português (baixo) e Franklin Paolillo (bateria), lançando o disco “Som Mais Puro”. O disco contou com a participação de Vinícius Cantuária, tocando e compondo em parceria com Hinds algumas faixas do disco. A banda gravou neste disco uma versão mais compacta da música instrumental “Suíte”, composta por Flávio Venturini que o grupo costumava tocar nos concertos mas nunca havia gravado. Depois o grupo teve um novo recesso. Sérgio Hinds lançou seu segundo disco solo, intitulado “Mar”, no ano de 1986. Na década de 1990 Sérgio Hinds reuniu o grupo periodicamente, com formações diversas, para a gravação de novos trabalhos.
O RETORNO DEFINITIVO.
O Terço é uma banda brasileira formada no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (guitarra), Sérgio Hinds (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). A banda começou tocando rock clássico, mas logo tendeu ao rock progressivo e ao rock rural e MPB caracterizando o som e a diversidade musical da banda.
Segundo o guitarrista Sérgio Hinds (único membro presente em todas as formações da banda), a palavra terço foi escolhida como nome da banda porque é uma medida fracionária que corresponde a três ou a “terça parte de alguma coisa”, como num rosário. O Terço caiu como uma luva devido a primeira formação da banda, que era a de trio (guitarra, baixo, bateria). Inicialmente, o nome escolhido tinha sido “Santíssima Trindade”, mas para evitar atritos com a Igreja Católica, foi adotado “O Terço”.
HISTÓRIA.
Origem.
O Terço originou-se basicamente de dois grupos, o Joint Stock Co. (que integrava Jorge Amiden, Vinícius Cantuária, Cezar de Mercês e Sérgio Magrão) e Hot Dogs (que integrava Sérgio Hinds). Todos eles viriam a fazer parte da banda em diversas ocasiões. O Terço surgiu no final da década de 1960 e a primeira formação foi: Sérgio Hinds no baixo, Jorge Amiden na guitarra e Vinícius Cantuária na bateria. Esta formação gravou o seu primeiro LP em 1970, com uma mistura de rock 50, folk e música clássica.
O Terço nesta época tocava em diversos festivais. Com a canção “Velhas Histórias”, composta por Renato Côrrea e Guarabyra, o grupo ganhou o Festival de Juiz de Fora. Em um festival universitário, a banda ficou em 2º lugar defendendo a música “Espaço Branco” de Vermelho e Flávio Venturini (que mais tarde viria a integrar o grupo). A banda também classificou as músicas “Tributo ao Sorriso” (3º lugar) e “O Visitante” (4º lugar), em duas edições do Festival Internacional da Canção (FIC), o que levou a banda a se tornar o grupo revelação pela mídia especializada, com destaque para o vocal trabalhado em falsete, que era uma das características da banda e que encantava o público.
PRIMEIRAS MUDANÇAS.
Sérgio Hinds havia se afastado do grupo para tocar com Ivan Lins. Foi então que Jorge Amiden chamou Cezar de Mercês para integrar o grupo como baixista. Sérgio Hinds voltou logo depois para completar o quarteto. Com inovação e criatividade, em parceria com Guarabyra, o grupo criou o violoncelo elétrico (tocado por Sérgio Hinds) e a guitarra de três braços (apelidada de “tritarra”, tocada por Jorge Amiden). Foi assim que O Terço lançou um belo compacto duplo com 5 músicas, entre elas, um tema de Bach, que mostrava bem a influência clássica da banda.
Logo depois, Jorge Amiden que até então era a principal mente criadora de O Terço, se desentende com o grupo e o deixa. Em acordo entre os outros três integrantes, Sérgio Hinds registrou o nome “O Terço” para que Jorge Amiden não o fizesse. Após a saída do grupo em 1972, Amiden criou um novo grupo chamado Karma, junto com os músicos Luiz Mendes Junior (violão) e Alen Terra (baixo). O Karma gravou um belo disco ainda neste ano e depois se desfez.
O Terço passou então a ser Sérgio Hinds (guitarra), Cezar de Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). Ainda em meados de 1972, O Terço participou da gravação do disco “Vento Sul” de Marcos Valle. Também participaram em algumas faixas o trio “Paulo, Claudio e Maurício”, formado pelos irmãos gêmeos Paulo e Claudio Guimarães (flauta e guitarra) e pelo arranjador Maurício Maestro, além do guitarrista Frederiko (Fredera), ex-Som Imaginário. O Terço junto com Marcos Valle fizeram uma turnê por todo país e tocaram no Festival do Midem em Cannes, na França.
ASCENSÃO AO ROCK PROGRESSIVO.
Influênciados pelo rock progressivo inglês, O Terço mudou a sua sonoridade e em 1972 lançou um compacto mais pesado com as músicas “Ilusão de Ótica” e “Tempo é Vento”. No ano seguinte O Terço lançou o segundo disco (homônimo). No disco o grupo mostra que queria mesmo era tocar rock progressivo. O destaque do disco é a longa suíte chamada “Amanhecer Total” (com 6 temas), composto pelos três integrantes e que conta com a participação de Luiz Paulo Simas nos teclados sintetizadores (Módulo 1000), Patrícia do Valle com a voz na introdução do tema “Cores”, Chico Batera na percussão e Maran Schagen encerrando o tema “Cores Finais” no piano. O músico Paulo Moura também participou do disco, tocando saxofone alto na música “Você aí”.
NOVA MUDANÇA NO GRUPO E APROXIMAÇÃO COM O ROCK RURAL.
Após a gravação do segundo disco, Vinícius Cantuária deixou a banda para tocar com Caetano Veloso. Entraram na banda Sérgio Magrão (baixo) e Luiz Moreno (bateria) para tocar junto com Sérgio Hinds (guitarra) e Cezar de Mercês (guitarra base).
A aproximação do grupo com Sá e Guarabyra deu um guinada na carreira de O Terço. Na época, eles foram convidados a gravar um disco com a dupla (Nunca, 1974).Esta proximidade com o chamado “rock rural” da dupla influenciou muito a sonoridade da banda em sua fase posterior. Sérgio Hinds pediu a indicação de um tecladista para Milton Nascimento, que indicou Flávio Venturini. Com o novo tecladista, O Terço começou, já em 1974, a gravar o terceiro disco da banda. Cezar de Mercês deixou o grupo, mas continuou como compositor e colaborador da banda.
MELHOR FASE DA BANDA.
Em 1975, Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria) e Flávio Venturini (teclado e viola), concluíram a gravação de seu terceiro disco, o “Criaturas da Noite”. A capa do disco foi elaborada por Antônio e André Peticov e foi chamada de “A Compreensão”. O disco começa com o pulsante baixo de Magrão, introdução do simples rock “Hey Amigo”, composição de Cezar de Mercês que se tornou um dos maiores clássicos da banda. A influência do rock rural é bastante presente nas faixas “Queimada” e “Jogo das Pedras” (ambas de Flávio Venturini e Cezar de Mercês). A belissíma faixa-título “Criaturas da Noite” (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá), conta com os arranjos de orquestra do maestro Rogério Duprat. O disco traz as instrumentais “Ponto Final” (do baterista Luiz Moreno, que toca piano na introdução da música) e a suíte instrumental “1974″, composta por Flávio Venturini e que fecha com chave de ouro como o maior destaque do disco e já foi eleita a melhor música em todas as enquetes feitas pelos fãs do grupo. Visando mercado internacional, a banda gravou o vocal deste disco em inglês e lançou o “Creatures of the Night”. O disco Criaturas da Noite é até hoje uma das maiores referências entre os discos de rock progressivo nacional e internacional também. Alguns o consideram o maior disco deste gênero no país.
Em 1976, o grupo foi morar em uma fazenda, em São Paulo. Lá foi concebido todo o novo disco do grupo, que levou o nome de “Casa Encantada”. O disco segue a linha do anterior, com rock progressivo, músicas instrumentais e a influência definitiva do rock rural. O destaque inicial fica por conta do percussionista Luiz Moreno que faz a voz solo das duas primeiras faixas do disco, “Flor de La Noche” e “Luz de Vela” (ambas compostas por Cezar de Mercês). A faixa “Sentinela do Abismo” (Flávio Venturini / Márcio Borges) é uma música solo do tecladista no disco (cantada e tocada apenas por ele) com um arranjo de cordas regido por Rogério Duprat. Cezar de Mercês participou como flautista na belissíma faixa-título “Casa Encantada” (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá). Seguindo a qualidade técnica do disco anterior, este é considerado o melhor disco do grupo depois de “Criaturas da Noite”. O disco é encerrado com uma faixa da dupla Sá e Guarabyra, a ruralissíma “Pássaro”.
Segundo informações da banda, O Terço seguia fazendo uma média de 200 concertos por ano. O sucesso de público era total, seja em teatros ou casas de eventos. Nessa época foi que ocorreu o lendário concerto em homenagem aos Beatles junto com os Mutantes. Nos concertos, a banda também tocava músicas inéditas que ainda não haviam sido gravadas ainda, como a instrumental “Suíte” (Flávio Venturini) e “Raposa Azul” (Flávio Venturini / Sérgio Hinds).
MUDANÇA DE TEMPO.
Em meados de 1977, Flávio Venturini decidiu deixar o grupo para fazer um trabalho junto com Beto Guedes. Cezar de Mercês voltou ao grupo e trouxe com ele o tecladista Sérgio Kaffa. Ainda neste ano, com a nova formação, o grupo lançou um compacto com as músicas “Amigos” e “Barco de Pedra”, ambas compostas por Cezar. A sonoridade do grupo se voltou mais para a MPB, mas sem esquecer suas raízes rock-progressivas.
O quinto disco da banda, “Mudança de Tempo”, foi lançado 1978. O disco segue praticamente a linha dos dois anteriores, com músicas instrumentais, progressivas, mas sempre com diversidade musical. Só para lembrar, a formação do grupo era Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria), Cezar de Mercês (violão e flauta) e Sérgio Kaffa (teclados). Este disco fechou uma trilogia sonora iniciada com o disco “Criaturas da Noite” e o contrato com a gravadora Underground/Copacabana. A progressiva faixa-título “Mudança de Tempo” (Cezar de Mercês) é um dos grandes destaques do disco. Outros destaques do disco são as participações do maestro Rogério Duprat e de Rosa Maria (que canta uma música chamada “Minha Fé”, uma canção bem ao estilo gospel norte-americano). Este disco confirma O Terço como um dos grandes nomes do rock da década de 1970 apesar de algumas críticas desfavoráveis.
Nesta época O Terço fez o seu primeiro concerto internacional, no chamado “Concerto Latino-Americano de Rock”. Foram três concertos no Brasil (São Paulo no Ibirapuera, Campinas e Belo Horizonte) e dois concertos na Argentina (em Buenos Aires, no Luna Park e em Rosário).
O FIM DA UNIDADE FINAL.
O Terço vinha cumprindo a sua agenda de concertos normalmente. Mas o desgaste com a gravadora e com gravação do último disco e com as críticas foi desgastando o grupo também. Além disso, Sérgio Hinds havia sofrido um acidente o que o impossibilitou de continuar a tocar por um bom tempo. Para a ocasião, a banda contratou Ivo de Carvalho para ocupar a guitarra e terminar os possíveis compromissos. Ainda em 1978, o maior grupo de rock progressivo dos anos 1970 chegou ao fim. Luiz Moreno foi tocar com sua nova banda “Original Orquestra” e depois foi com Elis Regina. Sérgio Hinds e Cezar de Mercês gravaram discos solos no ano de 1979. Sérgio Magrão junto com os irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Vermelho e Hely Rodrigues decolaram com a nova banda 14 Bis.
O RETORNO.
Em 1982, Sérgio Hinds reatou O Terço com Ruriá Duprat (teclados), Zé Português (baixo) e Franklin Paolillo (bateria), lançando o disco “Som Mais Puro”. O disco contou com a participação de Vinícius Cantuária, tocando e compondo em parceria com Hinds algumas faixas do disco. A banda gravou neste disco uma versão mais compacta da música instrumental “Suíte”, composta por Flávio Venturini que o grupo costumava tocar nos concertos mas nunca havia gravado. Depois o grupo teve um novo recesso. Sérgio Hinds lançou seu segundo disco solo, intitulado “Mar”, no ano de 1986. Na década de 1990 Sérgio Hinds reuniu o grupo periodicamente, com formações diversas, para a gravação de novos trabalhos.
O RETORNO DEFINITIVO.
Por volta de 2001, Flávio Venturini fez um concerto no DirecTV Hall em São Paulo e convidou nada mais nada menos que seus velhos companheiros dos anos dourados de O Terço. O público pôde ver (ou rever) Sérgio Hinds, Cezar de Mercês, Sérgio Magrão e Luiz Moreno novamente juntos no palco e tocando as músicas do grupo nos anos 1970. O Terço, ao menos por um breve período de tempo, estava reunido novamente. A partir daí, os músicos sentiram novamente a mesma química e a emoção daquela época e resolveram armar um retorno “definitivo”. Começaram então os ensaios para o retorno do grupo. A idéia era a gravação de um disco ao vivo com algumas faixas inéditas. Porém um acontecimento interromperia os planos da banda: o baterista Luiz Moreno sofreu uma parada cardíaca e faleceu, levando o grupo a desistir temporariamente da idéia do retorno. Com o apoio da esposa de Moreno, Irinéa Ribeiro, o grupo resolve continuar o projeto. O trio Sérgio Hinds, Flávio Venturini e Sérgio Magrão, junto com o baterista Sérgio Mello resolvem seguir em frente. Em 2005, enfim, o grupo marca as datas dos 3 concertos (no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais). O primeiro foi dia 4 de maio no Canecão (RJ), onde foi gravado o DVD do grupo também. Nesta noite o grupo tocou quase todas as músicas dos discos “Criaturas da Noite” (75) e “Casa Encantada” (76), além de “Tributo ao Sorriso” (70), “Suíte” (75) e “P.S. Apareça” (96), e o concerto contou com as ilustres participações de Marcus Vianna, Ruriá Duprat, Irinéa Ribeiro e o quarteto de cordas Uirapurú. Na ocasião, foi lançado um CD de um concerto que O Terço fez em 1976, no Teatro João Caetano (Rio de Janeiro). Em 2007, o CD e DVD foram enfim lançados.
Conheça melhor o trabalho de O Terço
Gosto muito desse grande icone do Rock Progressivo Brasileiro , e dentre as musicas que eu mais gosto da banda O Terço , estão Amanhecer Total e 1974 . Mas o que eu mais quero saber é o tempo total de duração da musica Amanhecer Total , pois me falaram que ela tem ao todo 19 minutos e 21 segundos , isso é verdade ? Para mim , seria bom , mas muito bom mesmo se essa musica tivesse 29 minutos e 11 segundos de duração (um grande epico) , mas aí o albúm onde essa musica se encontra teria que ser um album duplo . Seja como for , essa banda deixou registrado grandes obras da nossa musica que deve ser eternamente lembrados pelas futuras gerações . VIDA LONGA A BANDA O TERÇO !!!
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