O MEL DO ROCK

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

BLACK SABBATH: NOVIDADES SOBRE A GRAVAÇÃO DO NOVO ÁLBUM


Quando anunciou o retorno da formação original, em 11 de novembro do ano passado, o Black Sabbath informou também que gravaria um novo álbum com canções inéditas, produzido por Rick Rubin. Porém, logo em seguida o guitarrista Tony Iommi foi diagnosticado com câncer e a banda precisou rever a sua agenda. Os problemas com o baterista Bill Ward também jogaram mais água fria na fogueira, e tudo ficou meio em segundo plano.

O grupo fez dois shows este ano com a formação Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Tommy Clufetos, substituto de Ward e baterista da banda solo de Ozzy. As apresentações em Birmingham e em Chicago, essa última no festival Lollapalooza, foram saudadas como uma nova visita de uma espécie de Messias pelos fãs. Aparentemente Iommi está bem e vencendo o câncer, e a banda retomou os planos originais.

Conforme informações do site Metal Infection - leia a matéria original em inglês aqui -, o Black Sabbath está gravando o seu novo disco no Shangri La Studios, em Malibu. O processo já está avançado, e a banda está atualmente registrando os vocais.

Segundo Geezer Butler, o grupo escreveu 15 músicas, mas apenas 12 farão parte do aguardado novo disco. As três restantes serão utilizadas em edições especiais. Ao que parece, Tony Iommi já finalizou o seu trabalho, gravando todas as partes de guitarra no início do ano na Inglaterra. A bateria já teria sido gravada também, mas não há informação sobre quem ficou responsável pelo instrumento, se Ward ou Clufetos. Todas as letras foram escritas por Butler, e Ozzy e Geezer estão dando os retoques finais em cinco composições. Até o momento apenas uma faixa tem título definido, e se chamará “God is Dead”.

Não há data definida ainda para o lançamento do novo álbum do Black Sabbath, nem pistas sobre o seu possível título. Assim que novas informações surgirem, postaremos aqui.

sábado, 8 de setembro de 2012

BLACK SABBATH: TONY IOMMI FALA DOS ÚLTIMOS MOMENTOS DE DIO

Em sua biografia, Iron Man – My Journey Through Heaven And Hell With Black Sabbath (Homem de Ferro – Minha Jornada pelo Céu e Inferno com o Black Sabbath), Tony Iommi relata seus últimos momentos com Ronnie James Dio.

Adeus a um querido amigo.

Enquanto estávamos na última turnê, Ronnie estava sofrendo em silêncio. Ele me disse poucas vezes: “Eu estou tendo um problema com meu estômago. Eu continuo indo ao banheiro e estou tomando estes antiácidos.

Eu falei várias vezes para ele: “Você quer fazer um check-up?”

Ele dizia: “Sim, quando nós terminarmos eu serei obrigado a ir”.

Ele lutou por causa disso. Ele realmente se entregou totalmente até o fim. Ele não estava bem, mas ele ainda fazia os shows, e se apresentava como de costume. Após ele finalmente ter feito o check-up, alguém disse a Ralph Baker (empresário de Tony) o que estava acontecendo e na volta ele me ligou para me dizer que Ronnie tinha câncer no estômago. Foi horrível ouvir isso. Eu liguei para Ronnie e nós ficamos comovidos. Após um tempo as coisas melhoraram. Ele disse: “Eu estou lutando contra isso. Eu estou um pouco melhor”.

Ele estava muito otimista em relação a tudo isso, ele tinha uma grande atitude. Ele foi ao hospital e depois de um tempo eles disseram: “Acho que nós o tiramos”.

As coisas pareciam boas, então nós organizamos outra turnê na Europa, algo como vinte shows do meio de Junho até o meio de Agosto de 2010. Mas então nós recebemos a terrível notícia de que o câncer tinha se espalhado para o fígado de Ronnie. Era isso; uma vez que acontece é muito difícil.

Eu falei com ele um dia: “Eu espero ansioso para fazer esta turnê”. Mas Ronnie disse: “Bem, eu não sei como vai ser. Eu não sei se eu vou fazê-la.

Ele teve uma queda muito rápida. Fico agradecido de Geezer e Glória estarem em Los Angeles. Eles realmente ficaram próximos a Ronnie e sua esposa, Wendy, e eu fui vê-lo no hospital várias vezes. Geezer estava lá até o fim.

Eu realmente não pude me despedir apropriadamente de Ronnie. Eu recebi um telefonema dizendo que ele não teria muito tempo e eu disse a Ralph: “É melhor irmos”. “Vamos agendar um voo”. Mas a próxima ligação dizia: “É tarde demais”.

Isso foi rápido. Eu acho que a última coisa que eu recebi dele foi um texto. Ele se comunicava assim comigo, porque algumas vezes ele não conseguia ligar. Falar o deixava muito cansado, porque ele estava muito doente. Ele foi bravo até o fim.

Alguns dias antes do funeral Maria e eu fomos vê-lo na capela. Ele estava deitado no caixão e quando o vi eu fiquei devastado. Vê-lo daquele jeito era muito difícil. Realmente foi um golpe para mim quando ele partiu.

Quando alguém próximo a você morre, você sempre procura uma razão. Com Ronnie eu acho que foi um pouco de tudo, realmente. Eu acho que ele não fez o exame cedo o suficiente. Ele desconversava e diria: “Oh, eu farei da próxima vez”.

Seus hábitos alimentares não eram muito bons. Ele frequentemente bebia ao invés de comer e em alguns dias ele não comia nada. Eu não sei como ele fazia isso. Ele também comia em horas peculiares, porque ele tinha um estilo de vida realmente diferente de qualquer um na banda. Nós íamos para a cama depois dos shows e Ronnie ficava e tomava algumas doses de bebida por algumas horas e então ele parava em um posto e comia às quatro da manhã ou a qualquer hora que pudesse. Quando comia, ele nunca comia vegetais ou qualquer coisa do tipo; ele não comia qualquer coisa saudável. Como eu o conheço há muito tempo, ele sempre foi muito magro. Quando ele estava doente ele perdeu peso e ele realmente não tinha corpo para perder peso. Mas quando eu o vi pela última vez, ele estava renovado, ele parecia bem. Ele parecia como se estivesse adormecido, mas vê-lo ali, partiu meu coração. Nós íamos ao High Voltage Festival em Londres com Ronnie. É claro que nós cancelamos a turnê inteira, mas as pessoas que organizaram o festival nos disseram que eles gostariam de fazer um show em tributo à Ronnie. Nós pensamos que seria fantástico. Nós pensávamos em fazê-lo de qualquer maneira, então esta foi a oportunidade ideal.

Mas quem iria cantar? Glenn Hughes me veio a mente, porque ele nos conhecia há muito tempo e era amigo de Ronnie. Inclusive houve um memorial privado para os amigos próximos de Ronnie e Glenn cantou “Catch The Rainbow” na capela, uma das canções da velha banda de Ronnie, o Rainbow. Houve um memorial novamente no dia seguinte para os fãs em um grande local, e Glenn cantou lá. Então nós pensamos que seria apropriado tê-lo no show. Nós também convidamos Jorn Lande, que poderia cantar as coisas que nós fizemos com o Dio realmente bem.

Aquele show foi muito emocional. Ir ao palco com duas pessoas diferentes, e com Wendy Dio ao lado do palco chorando, foi difícil para todos nós. Mas nós queríamos fazer isso por ele.

Nós fizemos isso por Ronnie.

IRON MAIDEN: HARRIS EM TURNÊ SOLO E NOVO ÁLBUM DE BRUCE

Steve Harris, conversou com Paul Brannigan, da Classic Rock Magazine, sobre o seu projeto British Lion, que tem lançamento marcado para o dia 24 de setembro. Confira abaixo alguns trechos da conversa.

As pessoas ficaram surpresas ao saber que havia um álbum solo de Steve Harris a caminho.

Sim, e eu acho que isso é uma coisa boa. Foi a única chance que eu tive de manter um pouco de mistério. O álbum foi tomando forma através de um longo período de tempo, mas nós conseguimos manter tudo em segredo, e tem sido bem divertido.

De onde vem a inspiração para British Lion?

A coisa toda começou quando Graham Leslie me entregou uma fita cheia de músicas há muito tempo atrás. Eu gostei das ideias dele, e decidi que iria ajudar a sua banda a fazer algo com aquilo. Acabou que virei o manager do grupo, produzindo e escrevendo material para eles, embora eu mantivesse toda essa atividade em segredo, até o ponto que mesmo algumas pessoas da banda não sabiam disso. Quando o grupo de Leslie implodiu, eu pensei que deveria fazer algo com aquele material, pois as músicas eram muito fortes.

Em 1992 você revelou, em uma entrevista à revista Raw, que era uma espécie de mentor e consultor de uma banda chamada British Lion. É a mesma banda que deu origem ao seu novo projeto?

Sim, foi naquela época que tudo começou. Ao longo dos anos eu mantive contato com Graham e Richard, e eles estavam trabalhando com outro guitarrista chamado David Hawkins, que é muito talentoso, e por isso começaram a escrever material juntos. Então, no disco há seis canções escritas por Richard e David, uma parceria minha com Richard, e as outras são minhas e de Graham com a ajuda de outros músicos que estavam na banda na época.

Algumas pessoas estão confusas sobre sua necessidade de fazer um álbum solo, dado que o Maiden sempre foi a sua banda: Seguramente dentro do Maiden você pode fazer o que quiser?

Bem, no Maiden a realidade não é assim. Sim, nos primeiros álbuns a maioria das músicas são minhas, mas a medida que tivemos épocas diferentes, com pessoas diferentes compondo, houve colaborações, mais e mais. E eu acho que foi importante para o Maiden fazer isso, em vez de me ter ditando tudo. Mas eu tenho sacos cheios de idéias, tantas que eu não poderia gravar todas em minha vida, e eu tentei algumas coisas diferentes, pois eu tenho tido tempo para fazer experiências.

Você fará uma tour de "British Lion" com a banda?

Sim, quero dizer, quais são as minhas alternativas, tocando baixo acústico por conta própria? Nós definitivamente vamos excursionar com ele. Mas não há shows agendados ainda, pois nós ainda não sabemos o que temos. Eu sei que nós vamos tocar em clubes, o que é ótimo, porque eu não tenho tocado em clubes por anos, vamos tocar para 200 pessoas, 400 pessoas, 600? Eu estaria completamente feliz com 200 pessoas por noite, isso seria genial, mas eu simplesmente não sei.

British Lion libera outros integrantes do Maiden para fazer trabalhos solo?

Eu acho que Bruce fará outro: nós estávamos falando sobre o meu álbum outro dia e eu acho que isso o fez pensar que já se passaram 10 anos desde que ele fez o seu último. Então, provavelmente é a hora dele fazer mais um. Talvez isso prove a todos que você pode estar no Iron Maiden e fazer outras coisas também. E definitivamente haverá outro registro do British Lion. Quero fazer mais coisas com o Maiden, obviamente, mas se alguns dos caras decidir no futuro que não querem mais, então eu tenho isso também: essa é a minha válvula de escape, porque o que mais me eu vou fazer? Eu quero tocar na medida do possível antes de chutar o balde.

sábado, 30 de junho de 2012

JOHNNY RAMONE: "NÃO ERA BOM ABRIR O SHOW DO BLACK SABBATH"


A recém-lançada autobiografia do guitarrista dos RAMONES, Johnny Ramone, traz algumas revelações interessantes sobre a carreira dos precursores do Punk Rock. "Commando" se destaca principalmente pelo excesso de franqueza de Johnny, conhecido no Showbiz por sempre falar o que pensa. Confira algumas das citações do músico:
"Eu era uma pessoa horrível." (sobre sua personalidade)

"Se os BEATLES tocavam meia hora, a gente deveria tocar 15 minutos." (em relação à curta duração dos shows)

"BLONDIE era uma banda de abertura, e o TALKING HEADS não era exatamente Rock N' Roll." (sobre a turnê com as duas bandas)

"Gravamos o primeiro disco na ordem em que costumávamos tocar as músicas nos shows." (falando a rapidez com que gravaram o primeiro disco)

"Eu tinha que ser bem escroto mesmo, pois vivia com três disfuncionais." (sobre a dinâmica na banda)

"Basicamente, tiramos tudo o que era blues e deixamos só a parte Rock." (fórmula dos Ramones)

"Johnny Rotten (vocalista do SEX PISTOLS) me perguntou o que achava deles, e disse que achava que eles fediam."

"Não era bom abrir para o BLACK SABBATH. Bom era abrir para o FOREIGNER, Tom Petty, afinal quem liga para esses caras a ponto de atirar coisas no palco (na banda de abertura)?" (sobre terem recebido latas e garrafas na cabeça ao abrirem para o Sabbath).

"Com o produtor Phil Spector fizemos a pior coisa de nossas vidas: 'Baby, I Love You', no 'End of the Century'."

"Sou a favor da pena de morte. Deveria ter um pay per view (das execuções) e o dinheiro iria para as famílias das vítimas."

"2263 shows." (em seus diários registrou todos)

"Joey (Ramone) foi a pessoa mais difícil com quem já lidei na vida."

"Eu escrevi o livro do punk. Eu decido o que é punk. Se estou dirigindo um Cadillac, isso é punk." (ao ser abordado – e questionado - dirigindo um Cadillac)

"A maior banda americana – além dos RAMONES – é THE DOORS."

ROBERT TRUJILLO: "O BLACK SABBATH ME DAVA PESADELOS"


Na imensa edição de 172 páginas da revista inglesa METAL HAMMER, na qual se celebra o BLACK SABBATH, alguns grandes nomes do Metal falam sobre a influência dos pais do Metal – incluindo o METALLICA, SLAYER, ZAKK WYLDE, SLASH, BEHEMOTH e outros.

“Escolher a melhor música do Sabbath é impossível!”, ri o baixista do METALLICA, ROB TRUJILLO. “’Symptom Of The Universe’ porque é tão forte, esmagadora e implacável. ‘Sweet Leaf’ porque era meu segundo show com Ozzy em Las Vegas em 1996. ‘Sweet Leaf’ era a deixa pra eu e Ozzy darmos início a uma sequência do show, parecia que dançávamos a dança do siri!”

“A faixa-título ‘Black Sabbath’ foi a primeira deles que eu me lembro de ter ouvido. Eu tinha 11 anos de idade e o irmão maconheiro de um amigo meu disse, ‘Ouve isso e fica olhando pra capa do disco’. Era uma garagem escura com luzes negras e lava lamps. Eu tive pesadelos depois daquilo. Nunca mais fui o mesmo…”

SCORPIONS: BANDA NÃO VAI MAIS ENCERRAR ATIVIDADES?


O SCORPIONS está fazendo uma turnê de despedida, mas, felizmente, não vai acabar.

Os alemães tinham publicado em seu site oficial uma nota que dizia: "nós concordamos que alcançamos o final desta estrada. Nós terminamos nossa carreira com um álbum (se referindo a Sting in The Tail, último registro da banda) que consideramos ser um dos melhores que já gravamos e com uma turnê que começará em nossa casa, na Alemanha e que nos levará pelos cinco diferentes continentes nos próximos anos".

Além dos dois shows em São Paulo, dias 20 e 21 de setembro (cujos ingressos já estão à venda desde 11 de junho), e de uma possível apresentação na abertura da copa de 2014, o público brasileiro e do mundo inteiro poderá ter esperanças de ainda assistir aos shows da banda ou até mesmo de um novo álbum.

A revista Rolling Stone Brasil noticiou que, de acordo com o site AZCentral.com, os roqueiros tinham mudado de idéia sobre o futuro.

Ainda segundo a revista e o site AZCentral, Matthias Jabs teria dito: "A gente deu o nome de turnê de despedida pensando e acreditando que seria a última vez que tocaríamos nos Estados Unidos. Em qualquer lugar onde a gente tocasse, lá seria o último lugar. Mas a turnê continua indo bem, graças aos pedidos do público e de promotores."

Jabs revelou que o grupo vai abrir mão da rotina de "turnês constantes, entra em estúdio, sai do estúdio, volta para a estrada", mas confirmou que “o SCORPIONS não vai acabar. Temos muito material em vídeo. Vamos trabalhar em algo tipo uma antologia, algum tipo de box. E ninguém disse que nunca mais vamos subir ao palco para um show em algum lugar do mundo. Por que não?”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

TESTAMENT: ERIC PETERSON FUMOU ERVA COM O BLACK SABBATH


Por Amit Sharma, traduzido por Carlos Henrique Schmidt

Eric Peterson comentou para a Metal Hammer sobre suas faixas favoritas do Black Sabbath...

"Black Sabbath é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos. É muito difícil escolher uma música favorita... Eu acho que Into The Void é minha favorita porque ela é intensa e tem todas essas mudanças loucas de tempo, é onde os elementos do thrash metal começaram. Eu também adoro Heaven And Hell, porque eles realmente se reinventaram e funcionaram. Você não pode esquecer de Symptom Of The Universe também! Você pode cantar todos os seus riffs, é por isso eles são surpreendentes. Você consegue imaginar um mundo sem Black Sabbath? Ainda seriamos psicodélicos, groovy e distantes! Eles se livraram de todos as pessoas da paz haha.

Tinhámos acabamos de fazer alguns shows com o Iron Maiden na turnê Fear Of The Dark e, em seguida, fomos convidado para fazer alguns shows com o Black Sabbath na turnê do Dehumanizer. Tinhámos aproximadamente 15 shows no Reino Unido, eu nem sabia que você poderia tocar muitos shows no Reino Unido. Os caras do Black Sabbath eram tão legais, na primeira noite andamos nos bastidores e esbarramos em Geezer e Tony. Eles dividiram um baseado com a gente! Eu estava literalmente tremendo... Eu não podia acreditar que estava prestes a fumar a mesma folha doce (Sweet Leaf) com Tony Iommi. Eu acho que cai de joelhos e disse a eles que não era digno! Ainda são caras legais, realmente humildes e pés no chão após todos estes anos."