O MEL DO ROCK

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ROCK INGLÊS VERSUS ROCK AMERICANO

Fonte: Blog do Kid

Será que os britânicos vão reagir contra a enxurrada de bandas americanas que dominaram em 2008? Será que o rock rural dos ianques vai dominar novamente em 2009? Nada contra os Bon Iver, Drive-By Truckers e My Morning Jacket da vida, eu até adoro isso, mas a verdade é que os ingleses perderam campo pra essas tendências americanas.

Por outro lado o Brooklyn lá em NY virou a Manchester das novas propostas, só no ano passado tivemos dentre outros, Cause Co-Motion, High Places, Telepathe, Chairlift, A Place to Bury Strangers e o trio de garotas Vivian Girls, que abrem meu segundo podcast. Cassie Ramone é o nome da guitarrista e vocalista, eu acho que se Joey Ramone estivesse vivo ele seria o maior fã das meninas, pois elas conseguem numa mesma música colocar elementos de Shangri-la´s, Shop Assistants, Vaselines e Lush. O álbum de estréia das Vivian Girls é um daqueles itens obrigatórios pra quem se amarra em bandas femininas.



Além das tendências “synth pop” e “new wave” o punk rock também continua sendo a maior referencia da nova geração americana. No ano passado o trio californiano Cheap Time que já teve na sua formação dois integrantes do Be Your Own Pet, lançou seu cd de estréia. Uma mistura de influências de power pop, New York Dolls e Germs. A segunda música do podcast faz parte desse álbum de estréia do Cheap Time.

Os ingleses também perderam terreno pros canadenses e não é de hoje, vide Arcade Fire e os mais recentes Crystal Castles e o Fucked Up. Esse último é a coisa mais retardada em termos de hardcore. Imagine uma banda que tem um gordão seboso com as cuecas à mostra como vocalista e suas músicas começam com flautinhas e depois e enlouquecem num punk/hardcore que me dá saudades de Dead Boys, Husker Du e Minor Threat. Foi essa fórmula que chamou a atenção da gravadora Matador Records, que lançou um dos melhores álbuns do ano passado “The Chemestry Of Common Life”. Dá uma ouvida na demência que é essa música que abre o cd do Fucked Up. Em seguida da Califórnia um trio fora dos padrões convencionais, o Deerhoof. A banda tem uma japonesinha chamada Satomi fazendo baixo e vocal e sua música tem influencias desde hard rock dos anos 70 até Sonic Youth. A música “The Tears And Music Of Love” que abre esse novo cd “Offend Maggie” tem um riff de abertura bem parecido com o de “All Right Now” do Free, confira!



Como defensor do rock britânico não posso dizer que os ingleses estão em baixa, tem muita coisa legal acontecendo, mas infelizmente o “hype” não bateu na porta de certas bandas como os escoceses do We Are The Physics. Glasgow na Escócia continua revelando boas bandas, e esses “devóides” (fãs de Devo) são uma prova de competência. Fizeram um disco de estréia maravilhoso no ano passado, mas poucos perceberam isso, ouçam e comprovem o bom humor e o estilão new wave dos garotos.

De Austin, no Texas veio o White Denim, um trio ligado nas raízes de Detroit como MC5 e Stooges, mas com uma pegada hard rock setentista de Grand Funk Railroad e Cactus. Outro grande disco do ano passado que muitos ignoraram.

Quem sabe as duas últimas bandas desse podcast façam algum barulho esse ano, O Dinosaur Pile-Up é um trio inglês que tem muito de Queens Of The Stone Age, Weezer e Nirvana. Esse primeiro single “My Rock And Roll” promete.

De New Jersey vem a banda que encerra o podcast Titus Andronicus, um crítico italiano os descreveu como Shane MacGowan (Pogues) cantando no Arcade Fire com Kurt Cobain na guitarra, é bem isso!

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