O MEL DO ROCK

O MEL DO ROCK

Pesquisar este blog

sábado, 30 de abril de 2011

OZZY OSBOURNE: RELEMBRAR RHOADS FOI O MAIS DIFÍCIL NO FILME

Jack Osbourne conversou com o New York Times sobre o documentário God Bless Ozzy Osbourne. Acompanhe os principais momentos do bate-papo.

Sua família, em especial seu pai, foi muito exposta durante o reality-show The Osbournes. Por que fazer o documentário sobre ele agora?

Queria voltar e, essencialmente, consertar as coisas. Desde o reality-show, ele ficou sóbrio e se tornou uma pessoa totalmente diferente. Vi uma oportunidade para mostrar às pessoas quem ele é. Não se trata de um filme sobre Ozzy, mas sobre John.

Em um momento, Ozzy e Sharon contam seus lados da briga em que ele quase a matou. Você conseguiu se desconectar do fato de serem seus pais falando aquilo?

Procurei ver as coisas do ponto de vista de um produtor. Quando estávamos trabalhando no projeto, cheguei a deixar de chamá-los de pai e mãe. Era Ozzy e Sharon. Me senti quase como um espião. Crescí com esse fato. Eles nunca tentaram esconder de nós. O que achei mais difícil foi repassar a história de Randy Rhoads. Aquilo me sufocou, a filmagem que encontramos é uma das poucas entrevistas dele em frente a uma câmera. Ele era um músico incrível e tão humilde. Seu talento era de outro mundo e ele nos deixou muito cedo. Foi dilacerante relembrar.

Aliás, a parte do filme que aborda esse assunto é, em sua maior parte, com depoimentos de arquivo. Seu pai não conseguiu falar sobre o assunto?

Fiz uma entrevista muito boa com ele sobre isso. Só nos dois e a câmera. Por um daqueles estranhos motivos, essa filmagem se perdeu. Foi algo tão profundo que não conseguiríamos repetir da mesma forma. Foi quando achei aquela filmagem, que foi feita cerca de um ano após o acidente. Tudo ainda está muito fresco aos olhos dele, decidi usar.

O que mais me chocou foi como Ozzy desmerece o álbum "Never Say Die" (último antes de sua saída do Black Sabbath).

Essa foi a única coisa que ele chegou a me pedir para tirar da edição final. Falei “não se preocupe, foi algo dito em 1982”. Ele não odeia Never Say Die. Foi algo do momento, dois anos após sair do Black Sabbath, então ele ainda estava machucado com tudo aquilo. Mas vamos cair na real, acho esse disco melhor que Just Say Ozzy, para ser honesto.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

POPULARIDADE DAS BIOGRAFIAS DO ROCK AJUDA MERCADO DE LIVROS

LOS ANGELES - Autobiografias de ex-artistas do rock, como a história de Keith Richards admitindo ter cheirado as cinzas de seu pai, ou a revelação de Sammy Hagar de que foi abduzido por alienígenas, estão ajudando as vendas no mercado editorial, que passa por uma fase difícil.

"Claramente existe uma demanda", disse Mauro DiPreta, vice-presidente do It Books, que publicou o atual best-seller do New York Times "Red: My Uncensored Life in Rock", de Hagar. O ex-vocalista do Van Halen recebeu cerca de 3 milhões de dólares para contribuir com o livro. Richards teria recebido 7 milhões por seu livro de memórias, "Life".

"O que você tem através de um livro é uma lembrança", acrescentou DiPreta. "Você pode comprar um CD, mas provavelmente você já ouviu as músicas muitas vezes. Você pode comprar um violão de Eric Clapton em leilão. Mas por 25 dólares, você pode ouvir todas as histórias, não apenas aquelas por trás das músicas, mas de como esses caras viveram."

Sarah Lazin, agente do setor de literatura especializada em títulos relacionados à música, afirmou que "editoras estão procurando uma base de fãs automática para que elas possam simplesmente se conectar. No momento, tenho quatro contratos com uma grande agência já com um astro e um escritor. Não há precedentes."

Os livros de memórias do rock são uma esperança para os vendedores de livros que estão com uma dificuldade dupla provocada pela recessão e a transição para os e-books.

ROGER DALTREY RESGATA ÓPERA ROCK DO THE WHO EM NOVA TURNÊ

RIO - O vocalista da banda The Who, Roger Daltrey, anunciou que fará na Grã-Bretanha uma turnê solo do álbum "Tommy". Depois da tentativa frustrada de reunir os ex-integrantes do grupo, Daltrey vai ganhar a estrada sem o compositor e guitarrista, Pete Townshend. Por outro lado, levará o irmão, o guitarrista Simon Townshend. As informações são do jornal britânico "The Guardian".

Pete, que sofre de surdez grave e progressiva, disse estar feliz pelo companheiro de palco e sua nova banda trazerem de volta a ópera rock do The Who.

- Eu estarei lá em espírito e Roger tem o meu total apoio.

O vocalista já conduz há alguns anos a carreira solo e no último ano tem feito turnês com Simon, chamando a nova banda de No Plan B, que já apresentou "Tommy" em março deste ano na Bournemouth's O2 Academy, na Inglaterra.

Os integrantes do "The Who" chegaram a planejar uma turnê do disco "Quadrophenia", de 1973, considerado por muitos admiradores do grupo superior ao "Tommy". Mas o sonho do retorno da banda parece cada vez mais distante. Depois de se apresentarem no Superbowl, no ano passado, em metade do tempo usual, Pete Townshend admitiu que a banda poderia estar chegando ao fim.

- Se a minha audição será um problema, e eu não vejo como contorná-lo, nós não estamos adiando os shows. Nós estamos terminando - declarou, na época, à revista "Rolling Stone".

segunda-feira, 25 de abril de 2011

SHOW IAN ANDERSON DO JETHRO TULL BRASIL 2011 - LOCA E INGRESSOS

No dia 14 de maio no Credicard Hall Ian Anderson e banda irão apresentar os sucessos que fizeram do Jethro Tull uma das bandas de rock progressivo mais conceituadas da história.

Com mais de 40 anos de carreira sólida, Anderson desembarca em São Paulo para uma apresentação que dá uma roupagem acústica ao som do grupo inglês. Os ingressos para clientes Credicard, Citibank e Diners estarão disponíveis entre os dias 19 e 25 de janeiro. O público em geral poderá adquirir seus ingressos a partir de 26 de janeiro. Mais informações serão divulgadas em breve. A realização é da TIME FOR FUN.

Conhecidos pelo estilo eclético, que incorpora elementos da música clássica e celta, assim como do rock alternativo e do folk, e pelo trabalho único na flauta de Ian Anderson, Jethro Tull se apresentou no Brasil pela primeira vez em 1988. Além de Anderson (gaita, violão, guitarra, flauta, mandolin, vocais), a apresentação conta com Florian Opahle (guitarra), Scott Hammond (bateria), John O´Hara (teclado), David Goodier (baixo).

Para a apresentação no Brasil, rocks clássicos como “Aqualung”, “Locomotive Breath” e “Living In The Past” ganharão arranjos acústicos, assim como outros grandes sucessos dos mais de 20 álbuns já lançados. O grupo também apresentará novas músicas criadas especialmente para essa turnê.

O Credicard Hall fica na Av. das Nações Unidas, 17955 - São Paulo/SP

Ingressos - http://premier.ticketsforfun.com.br/

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ROLLING STONE: 10 MAIORES BAIXISTAS DE TODOS OS TEMPOS

Os leitores da Rolling Stone escolheram os dez maiores baixistas de todos os tempos, e entre os vencedores da votação estão Flea, John Entwistle, Cliff Burton e Victor Wooten.

Veja a lista completa:

10. Victor Wooten
9. Cliff Burton
8. Jack Bruce
7. Jaco Pastorius
6. John Paul Jones
5. Les Claypool
4. Geddy Lee
3. Paul McCartney
2. Flea
1. John Entwistle

CLIQUE AQUI! PARA OS VÍDEOS COM CADA UM DELES

MAX: "GOSTARIA QUE ESTA GUERRA SEPULTURA X MAX ACABASSE"

O ex- frontman do SEPULTURA e atual SOULFLY e CAVALERA CONSPIRANCY, Max Cavalera, recentemente concedeu uma entrevista ao site Bravewords.com e entre outras coisas, falou sobre como foi ficar dez anos sem conversar com seu irmão, Iggor Cavalera (ex-Sepultura, atual Cavalera Conspiracy) e se ele aceitaria uma reunião com sua antiga banda. Abaixo podem ser conferidos alguns trechos da conversa.

Ao longo dos anos, você fez parte de vários projetos musicais incluindo o CAVALERA CONSPIRACY. Só o SOULFY não basta?

Max: "A maior razão pra isso acontecer é que eu me reuni com o Iggor. Nós estávamos tocando e criando música juntos, por isso decidimos montar uma banda. Ele veio e tocou duas canções em um show do SOULFLY e a platéia foi totalmente à loucura e eu soube naquele momento que nós precisávamos criar novas músicas juntos. Nós devemos fazer uma nova banda, nós devemos fazer música nova, devemos ir pro estúdio e sermos criativos como se éramos há 20 anos atrás. Algo dentro de mim estava me dizendo pra fazer isso e que isso não deveria interferir no SOULFLY.

O SOULFLY é algo completamente próprio - é um elemento próprio. O SOULFLY sobrevive, não importa o que aconteça. Eu mudo os membros de tempos em tempos, mas a banda continua. É algo que está sempre lá. Está sempre lá por mim, então eu pensei que eu poderia fazer o Conspiracy com o Iggor e ainda ter o SOULFLY. Eu poderia ter as duas bandas. Vou aceitar o desafio e será divertido fazer metal com meu irmão novamente e voltar um pouco ás vibrações e idéias thrashs que iniciamos nos anos 80, e que nós não continuamos porque a banda se separou, por isso vamos continuar agora. "

Qual o próximo passo do CAVALERA CONSPIRANCY? Você enxerga uma continuação e se vê gravando mais álbuns?

Max: “Oh, sim, nós realmente vamos gravar um terceiro álbum. Amo tocar com o Iggor. É uma parte de mim que estava vazia e realmente me fazia falta...”

Como é tocar com ele?

Max: “É ótimo, cara. Era algo que estava faltando na minha vida. Quando eu fiquei dez anos sem falar com ele foi realmente um ponto baixo na minha vida. Foi um momento baixo na minha vida pessoal. Senti um grande vazio e quando eu tive a oportunidade de ser seu irmão novamente e eu decidi fazer música com ele novamente (que é algo que eu realmente gosto e ele gosta muito).

Eu realmente gosto das coisas que estamos fazendo com o Cavalera. Não é apenas um trabalho ou algo que temos que fazer. É algo que realmente me dá muita alegria. Tocar com Igor novamente, para mim, é algo muito gratificante e sair em turnê com ele, conversar com ele, estar perto dele, me apoiar nele e sermos irmãos de novo é algo que realmente me faz feliz.

Também é legal porque fazemos essas turnês e voltamos para casa e não nos vemos por uns meses, mas quando nos vemos é muito bom. Esse é o segredo e é por isso que dá certo. "

Acho que o METALLICA também descobriu isso. Eles costumavam fazes turnês com duração de 3 anos e todos acabavam se odiando. Agora, eles fazem turnês durante duas semanas e tiram as outras duas de folga....

Max: “Você se esgota se fizer essas turnês gigantes. Essas turnês longas... eles acabam com você. Quando eu criei o CAVALERA eu falei pro Iggor que não faríamos turnês longas. Faremos alguns shows e depois voltaremos pra casa e nos reuniremos. Passaremos um tempo com a família e depois continuamos e isso tem dado certo – assim como tem dado certo pro METALLICA. É um ótimo jeito de ser uma banda e ao mesmo tempo possuir uma vida familiar. Você pode aproveitar as duas partes da sua vida - sua vida profissional e familiar.”

Deve ser legal estar em casa com seus filhos.

Max: “É cara, e eles também precisam de você. Como pai, você precisa estar lá para as obrigações escolares…”

Bem, apenas ser um pai – você precisa estar lá.

Max: “Sim – sair com eles e essas coisas. Meus dois filhos mais novos tem uma banda, então realmente sou muito ligado a eles e sua música. Então, eu os levo pras lojas de guitarras e compramos cordas... como um pai orgulhoso eu digo ‘vamos sair e comprar cordas’, entramos no carro e vamos. Eu faço umas jams com eles porque gostamos do mesmo tipo de música.”

Você já fez as pazes com o Iggor. Você acha que poderia fazer as pazes com o SEPULTURA e, talvez, um show com eles novamente? Ou será que simplesmente não é possível?

Max: “Por mim tudo bem. Eu não tenho nada contra esses caras. Fomos bons amigos por muitos anos. Nós crescemos juntos. Eu adoraria ver isso acontecer... fazer amizade com todo mundo ia ser muito legal. Este tipo de guerra é estúpida, você sabe. Depois de passar dez anos sem falar com o Igor e ver o quão estúpido isso tudo foi. Dez anos sem falar uns com os outros, mas agora estamos de volta. Nós poderíamos ter resolvido isso anos atrás, mas ninguém resolveu. Eu gostaria que esta guerra SEPULTURA x Max acabasse. Eu queria que acabasse e pudésemos ser amigos. Deveríamos estar tocando em bandas diferentes, nos divertindo e fazendo alguns shows juntos de vez em quando. Isso seria ótimo".

terça-feira, 19 de abril de 2011

MOTÖRHEAD ENSURDECE EXÉRCITO DO METAL EM SP

Banda britânica se apresentou neste sábado (16)

O Motörhead é uma das bandas mais autênticas do rock pesado ainda em atividade. Desde o começo, há mais de 30 anos, o cantor e baixista Lemmy Kilmister comanda seu time fazendo heavy metal com atitude punk.

Por isso mesmo, o público da banda britânica é extremamente variado: rockers, punks, rockabillys, playboys, surfistas, skatistas... tem de tudo um pouco nos shows do trio.

Neste sábado (16), em São Paulo, o grupo arrebatou mais uma vez todos seus fãs brasileiros para conferir a apresentação da turnê do novo CD, The World Is Yours (2010).

Com a casa Via Funchal lotada, Lemmy subiu ao palco - como sempre - todo de preto e deu boa noite aos “motor maníacos”. Logo em seguida, mandou dois clássicos: Iron Fist e Stay Clean. Delírio geral.

Já Get Back In Line, do novo álbum, ainda não é um hit, mas animou os presentes. Afina de contas, a banda é uma das poucas que não mudou seu estilo durante todos esses anos.

O guitarrista Phil Campbell e o baterista Mikkey Dee acompanham o chefão do metal há um bom tempo. Como fieis cães de guarda de Lemmy, atacam seus instrumentos com truculência quando ele puxa um riff no baixo Rickenbacker (uma das marcas preferidas dos Beatles).

Detalhe: o som do instrumento de quatro cordas parece mais uma guitarra de tão alto e distorcido que ecoa das imensas paredes de som no fundo do palco. Diz a lenda que o cantor já perdeu boa parte da audição ali na frente dos seus amplificadores. Alguém duvida?

Apesar do Motörhead fornecer uma discografia recente muito boa, não tem jeito, são sempre os velhos hits que incendeiam qualquer lugar. No caso desta noite, Metropolis, The Chase Is Better Than the Catch, Killed By Death e, claro, Going To Brazil – o hino dos roqueiros brazucas.

No bis, mais duas pedradas de tirar o fôlego (que ainda restava): Ace Of Spades e Overkill.

O Motörhead ainda se apresenta em Curitiba, neste domingo (17); em Florianópolis, nesta quarta (20); e em Brasília, nesta sexta (22).

Depois, eles voltam ao Brasil para um show no Rock in Rio, no Rio de Janeiro, no dia 25 de setembro.

ABRIL PRO ROCK: BANDAS NACIONAIS SE DESTACAM NO EVENTO

Dezenove anos marcam a primeira edição, do hoje tradicional, festival pernambucano "Abril Pro Rock". Mais tradicional ainda talvez seja o dia especial, em meio a várias datas, dedicado as vertentes do rock mais agressivas - como o punk, hardcore e heavy metal, por exemplo.

O dia 15, que inaugura a 19ª edição do evento, já estava marcado no calendário de muitos punks e headbangers que aguardavam, em sua maioria, por grupos como "MISFITS" (EUA) e "D.R.I." (EUA) - ambas atrações internacionais da edição desse ano que ocorreu no "Chevrolet Hall".

Ainda encabeçou o "dia do peso" nomes nacionais como: "TORTURE SQUAD" (SP); "VIOLATOR" (DF); "MUSICA DIABLO" (SP); "FACADA" (CE) e, representando Pernambuco, "CANGAÇO" e "DESALMA". Curiosamente a maioria das bandas nacionais sobressaírem-se realizando excelentes apresentações.

sábado, 16 de abril de 2011

JOEY RAMONE: HÁ 10 ANOS SILENCIAVA A VOZ DO PIONEIRO DO PUNK

Há exatos 10 anos, morria Joey Ramone, vocalista dos Ramones – banda novaiorquina que criou, na metade dos anos 70, um dos estilos mais radicais do rock, o punk. Nascido Jeffrey Hyman, o cantor faleceu na tarde de 15 de abril de 2001, quando dormia, cercado por familiares e amigos. Enquanto no quarto tocava “In a Little While”, do U2, Joey (49 anos) foi finalmente derrotado por um linfoma, tipo de câncer contra o qual lutava desde a metade dos anos 90 e que foi um dos motivos que causaram o fim dos Ramones, em 1996.

Fisicamente esquisito nos seus dois metros de altura, diagnosticado já na adolescência com transtorno obsessivo-compulsivo, usando sempre óculos de lentes do tipo “fundo de garrafa”, Joey era o avesso do que geralmente se espera de um rock star. “Um gentleman, quem diria, por baixo daquela cabeleira toda”, escreveu em 1991 o jornalista André Forastieri em uma reportagem sobre o cantor na finada revista Bizz.

"Era um cara muito simples, bem educado, falava com todo mundo, não demonstrava nenhuma afetação ou ar de superioridade. Tudo que se espera de um verdadeiro punk”, definiu por e-mail o também jornalista André Barcinski que, entre outros encontros, entrevistou o cantor no apartamento dele em Nova York para o livro “Barulho”, lançado no início dos anos 90.


ORIGENS

Fã de grupos clássicos como Beatles, Rolling Stones e The Who e de outras lendas do underground como Stooges e New York Dolls, Joey deu o ponta-pé inicial na sua carreira como vocalista da obscura banda de glam rock Sniper, da qual ele logo foi chutado por ser considerado feio demais.

Já o início da banda que o tornou famoso se deu em 1974, no bairro do Queens, em Nova York. Inicialmente, o grupo era um trio formado por Johnny na guitarra, Dee Dee no baixo e vocal e Joey na bateria. Mas, logo nos primeiros ensaios o empresário da banda Thomas Erdelyi percebeu a falta de aptidão de Joey com as baquetas e convenceu-o a assumir os vocais, enquanto também tentava conseguir um novo baterista para a banda. Como ninguém apareceu, o próprio empresário ficou com o posto: adotou o apelido de Tommy e, como os demais músicos da banda, assumiu o sobrenome Ramone.

Nascia assim a formação clássica dos Ramones e o que veio depois disso todo mundo que se interessa por rock já conhece. Com o álbum de estreia, lançado em 1976 e que trazia apenas o nome da banda e 14 faixas espremidas em apenas 29 minutos, o grupo inaugurou o punk rock e influenciou toda uma cena musical que, mais do que nos Estados Unidos, fez explodir um barril de pólvora na Inglaterra e inspirou o surgimento imediato de grupos como os Sex Pistols, The Clash e Buzzcocks, que imitavam os ídolos novaiorquinos na música e nas roupas.

Na sequência do primeiro disco, em 1977 os Ramones lançaram também os álbuns “Leave Home” e “Rocket to Rússia” (este considerado por muitos a obra-prima da banda). No ano seguinte, já com o baterista Marky, o grupo lançou “Road to Ruin”, disco que encerra a fase áurea do grupo, que depois disso viu seus membros se afundarem cada vez mais em problemas com drogas e álcool, ao mesmo tempo em que o relacionamento entre eles começava a ficar cada vez mais hostil – o que pode ser visto no documentário “End of The Century: the story of the Ramones (direção de Michael Gramaglia e Jim Fields, de 2003).

Mesmo com todos os problemas, o grupo manteve uma produção intensa até o fim da carreira. Foram 14 discos de estúdio, quatro álbuns ao vivo e 2.263 apresentações nos 22 anos que duraram os Ramones.


CARREIRA SOLO

Contrariando o que os próprios colegas dos Ramones consideravam um caminho natural, Joey nunca arriscou um vôo solo enquanto a banda existiu. Mas, várias vezes ele esteve perto disso, principalmente no começo da década de 1980, quando o clima dentro do grupo, que já não era bom, azedou de vez.

Joey Ramone e o guitarrista Johnny eram duas personalidades opostas tendo que se aturar diariamente. O cantor, com ideologias políticas esquerdistas; o guitarrista, um defensor extremo da direita e das políticas dos presidentes estadunidenses Richard Nixon, Ronald Reagan e dos Bush pai e filho. Artisticamente, Joey era a favor de algumas mudanças na direção da banda; enquanto Johnny, que comandava com mãos de ferro o grupo, fazia de tudo para que os Ramones repetissem sempre a mesma sonoridade dos primeiros discos.

A rivalidade entre Joey e Johnny se acentuou em 1979, durante as gravações do álbum “End of The Century”. Desde o início do trabalho o guitarrista não escondeu a antipatia pelo famoso produtor Phil Spector, o qual deu especial atenção a Joey, impressionado pelas qualidades vocais do cantor.

Se estivesse à espera de um bom motivo para abandonar o grupo, Joey o teve em 1981, quando Johnny “roubou” e depois se casou com Linda, a então namorada do cantor. O episódio rompeu definitivamente qualquer laço de amizade que ainda existia entre o cantor e o guitarrista, que se conviveram dentro dos Ramones ainda por longos 15 anos. Depois do fim da banda, os dois nunca mais se falaram.

Se optou por permanecer na banda, contudo Joey não se privou de fazer participações especiais em discos de diversas outras bandas. O mais inusitado foi um projeto de 1994, Sibling Rivalry, que o vocalista montou com o irmão Mickey e resultou no lançamento de um EP com três músicas. Em 1999, também produziu o EP “She Talks to Rainbows”, de Ronnie Spector.


DISCO SOLO

Encerrada a carreira dos Ramones, Joey finalmente se dedicou ao primeiro disco solo. As gravações foram complicadas, uma vez que os dias no estúdio eram intercalados com as constantes internações que cantor era submetido para tratar da saúde, já bastante debilitada pela doença que o matou. Joey morreu antes do lançamento de “Don’t Worry About Me”, o disco solo que chegou ao mercado em 2002.

Com 11 faixas, o álbum manteve a pegada ramoníaca, ou seja, as guitarras distorcidas e a economia de acordes. O que chamou a atenção foram algumas letras, que expressavam um lado mais espiritual de Joey, provavelmente reflexo da percepção de que a vida lhe escapava mais e mais a cada dia. É o caso de músicas como “Stop Thinking About It”, “Venting (Is a Different World Today)” e “Searching for Something”, além do cover “What a Wonderful World”, clássico de Louis Armstrong.

Joey também fez questão de transformar em música a sua luta contra o câncer na faixa “I Got Knocked Down (But I’ll Get Up)” «Sentado na cama do hospital / Eu quero a minha vida / Isso é um saco / Frustração passando pela minha cabeça / Desligo a televisão, tomo alguns remédios e então posso esquecer / Eu fui nocauteado / Mas vou me levantar». Logo após o lançamento de “Don’t Worry About Me” começaram a pipocar aqui e ali rumores de que Joey teria deixado gravadas as vozes para canções que poderiam resultar em segundo álbum solo do cantor, o que de fato acabou se confirmando. Porém, dez anos após a morte do cantor, a maioria dessas canções ainda permanece guardada a sete chaves. Entre os fãs e pessoas que eram próximas a Joey, circula a informação de que a demora em lançar esse disco se deve a brigas sobre os direitos das gravações.

Contudo, no início deste ano o irmão de Joey teria anunciado que essas pendengas foram resolvidas e que o disco, ainda sem nome, será lançado em 2011. Ao todo, serão 16 canções e existe ainda a possibilidade do material vir acompanhado de um DVD. O disco está sendo produzido por Ed Stasium, que trabalhou com os Ramones, e conta com diversas participações especiais, entre elas de Richie Ramone, que foi o baterista do grupo entre 1983 e 1987.


HOMENAGENS

Enquanto os fãs aguardam ansiosamente o lançamento do segundo disco do cantor, a fama dos Ramones não para de crescer ao redor do mundo. Praticamente renegados pela indústria musical, pelas rádios e pela MTV enquanto existiram, os Ramones hoje são reconhecidos como uma das mais influentes bandas de rock de todos os tempos. Provas disso são a inclusão em 2002 dos Ramones na Galeria da Fama do Rock and Roll e a homenagem feita à banda no Grammy deste ano. Joey Ramone, em especial, também não é esquecido. Em 2003, o vocalista virou nome de rua em Nova York. O “Joey Ramone Place” fica na East 2nd Street, próximo ao moquifo onde os Ramones realizaram seus primeiros shows, o hoje lendário CGBG. Além disso, desde 2001 é realizado anualmente o Joey Ramone Bash, evento que reúne artistas e amigos que promovem um show em memória do pioneiro do punk rock.

No Brasil, o cantor também é sempre lembrado. No ano passado, o irmão do cantor e o baterista Richie estiveram se apresentando no Brasil, oportunidade em que inauguraram a loja Joey Ramone Place, no Rio de Janeiro.

Em Curitiba, no próximo dia 19 de maio (data em que Joey completaria 60 anos) acontece a segunda edição do Ramones Day. O evento – que foi realizado pela primeira vez em 2009 para marcar os 15 anos da histórica apresentação da banda diante de 30 mil fãs na capital paranaense – terá exposição e venda de memoriabília dos Ramones e shows de tributo.

Uma das bandas a se apresentar é a curitibana Magaivers. Segundo o vocalista Rodrigo Porco, o grupo novaiorquino sempre será lembrado. “Os Ramones foram uma combinação improvável de quatro pessoas muito diferentes e que tinha tudo para dar errado. No entanto, eles transformaram a música”, define. Nos próximos dias a banda Magaivers estará disponibilizando para download gratuito 15 versões de canções dos Ramones, uma seleção do que o grupo apresenta uma vez por mês na noite curitibana, em show tributo aos Ramones.


E SE ESTIVESSE VIVO?

Quando um artista morre de forma precoce, é comum os fãs se perguntarem: se estivesse vivo, o que ele estaria fazendo hoje?

“Ele sempre foi ligado em bandas novas e tinha um gosto musical diversificado. Eu acho que ele estaria experimentando com outros gêneros, quem sabe fazendo algum projeto de country ou cantando baladas. O cara gostava de vários gêneros musicais”, arrisca o jornalista André Barcinski.

Mas isso são só suposições. De certo mesmo só que o próprio Barcinski afirma: “Os Ramones faziam os shows mais divertidos do mundo. Fazem muita falta”.

Além de Joey, também são falecidos outros dois integrantes da formação original dos Ramones: o baixista Dee Dee, de overdose em 2002; e o guitarrista Johnny, de câncer em 2004.

terça-feira, 12 de abril de 2011

RANDY RHOADS

Randall William Rhoads (Santa Mônica, 6 de dezembro de 1956 — 19 de março de 1982) foi um guitarrista norte-americano famoso pela participação nos álbuns Blizzard of Ozz e Diary of a Madman com Ozzy Osbourne. Grande influência para muitos guitarristas atuais, Randy Rhoads foi (e ainda é) muito importante para o mundo da guitarra, pois uniu praticamente tudo o que sabia sobre Música Erúdita com Rock And Roll, gerando assim seu estilo de tocar guitarra.

Foi um dos grandes pioneiros do heavy metal, o que lhe concedeu, juntamente com a sua habilidade com a guitarra, ser considerado um dos melhores guitarristas que ja passou pela Terra e ser influência para renomados guitarristas.

BIOGRAFIA

Randall William Rhoads nasceu em 6 de dezembro de 1956 em Santa Mônica, Califórnia. Ele era o mais novo em uma família na qual se respirava música. Sua mãe, Delores, tinha uma escola de música de sucesso. Kelle, seu irmão, era baterista e cantor. Kathy, sua irmã, tocava violão. Seu pai, que deixou a família quando Randy tinha apenas dezessete meses de vida, era professor de música em escolas públicas.

O primeiro instrumento de Rhoads foi um antigo violão Gibson, herança de seu avô. Com sete anos de idade ele ganhou sua primeira guitarra: uma Harmony semi-acústica. Mais tarde, seu irmão levou-o a um concerto do Alice Cooper, e logo Randy percebeu o que queria em sua vida: ser guitarrista de rock.

CARREIRA

Aos treze anos ele formou pequenas bandas e, aos quinze, começou a dar aulas na escola de sua mãe, tornando-se um professor muito requisitado. A carreira de Rhoads decolou em 1973, quando ele entrou no Quiet Riot. Seu carisma e talento na guitarra garantiram-lhe uma legião de fãs locais. Nessa época ele começou a usar sua Flying V preta com acabamento de "bolinhas" brancas, construída por Karl Sandoval. Ele também tocava muito sua Gibson Les Paul 1964 cor creme, a qual virou uma de suas marcas registradas.

O guitarrista participou dos dois primeiros álbuns da banda: Quiet Riot I e Quiet Riot II. Ozzy Osbourne começou a realizar testes em Los Angeles para encontrar um guitarrista para sua banda. Ele procurava alguém com estilo único e estava tendo muitas dificuldades para encontrá-lo. Ozzy ouviu diversos músicos e já estava sem esperanças de achar o guitarrista certo quando resolveu dar chance a um último músico. Rhoads estava relutante em fazer o teste, mas mesmo assim dirigiu-se ao quarto do hotel onde Ozzy estava hospedado. Ligou sua guitarra em um amplificador de estudo e iniciou seu aquecimento. Apenas começou a afinar a guitarra e Ozzy Osbourne percebeu na hora que havia encontrado a pessoa certa, com estilo próprio.

Randy gravou os dois primeiros discos de Ozzy, Blizzard of Ozz de 1980 e Diary of a Madman de 1981, e apesar da bem sucedida carreira, tinha idéias de deixar o grupo e dedicar-se à ter aulas de música erudita e a lecionar. Joe Holmes, guitarrista que tocou com Ozzy na turnê do álbum Ozzmosis de 1995 foi um de seus alunos.

Em 19 de março de 1982, Randy Rhoads, guitarrista da banda de Ozzy Osbourne, com passagem pelo Quiet Riot, morre aos 25 anos quando o avião em que viajava chocou-se ainda no solo com um hangar. No dia anterior, a banda de Ozzy tocava no Civic Coliseum em Knoxville, Tennessee (EUA) e dali iriam para Orlando (Florida) tocar no "Rock Super Bowl XIV" com as bandas Foreigner, Bryan Adams e UFO. A caminho de Orlando passaram pela casa do motorista do ônibus, Andrew Aycock, que vivia em Leesbur (Florida) em Flying Baron Estares. O lugar consistia de três casas, um galpão para avião e uma pista de pouso, cujo dono era Jerry Calhoun. Andrew Aycock precisava de umas peças sobressalentes e pensou em parar ali. Andrew Aycock, que tinha dirigido a noite toda, desde Knoxville, e era piloto, talvez para ser gentil, pegou o avião sem permissão e levou o tecladista Don Airey e o empresário Jat Duncan para dar umas voltas. O certificado médico de Andrew tinha expirado, portanto sua licença para voar não era válida.

Perto das 9 horas, Andrew deixou os dois passageiros e convidou Randy Rhoads e Rachel Youngblood (fazia as maquiagens) para dar umas voltas. O avião voava baixo e passava zunindo perto do estacionamento onde estava o ônibus, talvez para brincar com o pessoal. Há pouco tempo o piloto havia passado por um divórcio sórdido. Acredita-se que quando a ex-esposa dele entrou no ônibus, ele vôou na direção do mesmo. Passaram três vezes. Na quarta, a asa esquerda do avião raspou no teto do ônibus, bateu num pinheiro e caiu na garagem de Jerry Calhoun explodindo e destruindo tudo. Ozzy Osbourne, Tommy Aldrige, Rudy Sarzo e Sharon Arden, que tinham acordado com o primeiro impacto, achavam que se tratava de um acidente na estrada. Wanda Aycock e Don Airey, atônitos, tinham testemunhado tudo. Ozzy ainda correu para prestar socorro. Ele entrou na casa, que estava em chamas, e salvou um homem, mas infelizmente Randy estava morto. O show em "Rock Super Bowl XIV" foi cancelado e os promotores devolveram os ingressos.

OZZY OSBOURNE - BLIZZARD OF OZZ (1980)

O título dessa postagem deveria ser Blizzard of Ozz – Blizzard of Ozz [1980].

Quando Ozzy foi chutado do Black Sabbath pela segunda vez, em 1979, a banda ainda tentava fazer o mundo acreditar que Never Say Die era um grande disco (apesar de que eu gosto muito do play, mesmo não sendo a fase mais inspirada dos caras). O estilo já estava saturado e a banda havia se tornado uma paródia de si mesma.

Enquanto Tony Iommi cortejava Ronald Padavona para substituir Ozzy, este último estava completamente perdido. Excesso de drogas e a falta de talento para compor sozinho músicas que pudessem ser consideradas aceitáveis por uma gravadora faziam com que Ozzy tivesse apenas um porto seguro: Sharon. E a mulher mostrou-se ser a responsável por absolutamente todo o sucesso da carreira do Madman, tanto na produção como direção da carreira artística e, por que não dizer, pessoal do maluco.

O golpe de sorte se deu quando Ozzy descobriu Randy Rhoads, um jovem californiano que dava aulas de guitarra e violão na escola de música de sua mãe, Delores, e tocava em uma bandinha de bar na Sunset Strip chamada Quiet Riot. Reza a lenda que, na audição, Rhoads tocou sua Les Paul em um pequeno amplificador Fender Champ e, já nas primeiras notas, teria conquistado o coração de Ozzy. Mas o fato é que ali estava a maior descoberta da história do metal.

Rhoads era de outra praia, sendo fã de ícones como David Bowie, Eddie Van Halen e Marc Bolan. Black Sabbath nunca esteve em seu repertório. Aliás, em entrevista à Guitar World, Rudy Sarzo comentou que ele sequer gostava do estilo de som criado por Iommi. Mas a chance de realizar algo grande e o enorme senso de profissionalismo fizeram com que o rapaz encarasse a empreitada. E como ninguém mais teria talento para encarar.

Para o baixo recrutaram Bob Daisley, que já havia trabalhado no Rainbow. Um australiano talentoso ao extremo que, além de compor boas músicas, era um letrista de primeira (tudo o que faltava). Ozzy o convidou para integrar a nova banda que estava formando, e que se chamaria Blizzard of Ozz. Disse que tinha um jovem talento para as guitarras e Daisley topou no mesmo momento. Reza a lenda que, depois de trabalhar com Blackmore, o cidadão topa qualquer coisa e acha bom.

O trio então chamou Lee Kerslake (Uriah Heep) para a bateria e backing vocais e Don Airey (que havia trabalhado nas gravações de Never Say Die) para os teclados. A banda estava formada mas, por questão de contrato ou, segundo Daisley, traição pura, o disco foi lançado como um primeiro álbum solo de Ozzy Osbourne.

Composições não creditadas, relançamento com baixo e bateria substituídos por outros músicos, a obra prima do metal, enfim, Blizzard of Ozz é um álbum polêmico que está sendo relançado em um box cheio de fru frus com o atrativo de trazer, depois de muitos anos... as gravações com os músicos originais. Definitivamente, dinheiro não é tudo mas é 100%, como já diz o Falcão.

Quando saiu, todos esperavam algo sombrio como o velho Sabbath, pois esse era o tipo de música no qual a voz de Ozzy aparentemente melhor se encaixava. Mas a banda apareceu como um furacão, tocando uma nova modalidade de metal, mais speed, com solos inspirados nos licks de Eddie Van Halen e no estilo neoclássico de Blackmore. Letras polêmicas, como Suicide Solution (feita em homenagem a Bon Scott) e Mr. Crowley (feita em homenagem ao próprio Besta 666) coroavam o play. Era um som diferente, incomparável, novo!

Aqui está tudo o que Ozzy fez de melhor em sua vida. Crazy Train tem o melhor riff de guitarra da história. Nem Iommi conseguiu fazer algo assim. Mr. Crowley tem o melhor solo de guitarra da história. Dee é uma gravação de Rhoads solo ao violão, em uma composição em homenagem à sua mãe, Delores. I Don’t Know é a somente a base de todo tipo de speed metal que surgiu a partir dos anos 80. Clássico absoluto (e minhas próprias opiniões, obviamente).

Track List

1. I Don't Know

2. Crazy Train

3. Goodbye to Romance

4. Dee

5. Suicide Solution

6. Mr. Crowley

7. No Bone Movies

8. Revelation (Mother Earth)

9. Steal Away (The Night)

10. You Looking At Me Looking At You


Ozzy Osbourne (vocais)

Randy Rhoads (guitarras)

Bob Daisley (baixo)

Lee Kerslake (bateria)

Don Airey (teclados)


Regravação

Robert Trujillo (baixo)

Mike Bordin (bateria)

Conheça o Álbum

segunda-feira, 11 de abril de 2011

PAUL MCCARTNEY - UP AND COMING TOUR

Dia 22/05 - Dom

Horário: às 21h30

Preço: de R$150,00 a R$700,00

Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão)

Rua Henrique Scheid - 425

Engenho de Dentro

Após ter se apresentado duas vezes em São Paulo e uma em Porto Alegre, o músico retorna ao País para divulgar sua Up and Coming Tour. Com mais de 50 anos de carreira, Paul McCartney é dono de algumas das composições mais aclamadas da história da música pop.

McCartney retorna ao Rio 19 anos depois de dois lendários shows no Maracanã. Na época, o músico tocou para 184 mil pessoas, maior público pagante em um concerto de rock em estádio da história. No palco, Sir Paul é acompanhado por Rusty Anderson (guitarra), Brian Ray (guitarra e baixo), Abe Laboriel Jr. (bateria) e Paul 'Wix' Wickens (teclados e guitarra), que estão há mais de 10 anos ao seu lado.

Além de canções consagradas dos Beatles como All My Loving e Hey Jude, McCartney também toca sucessos do Wings e de sua carreira solo, inclusive faixas de seu projeto experimental The Fireman. O cantor ainda promete algumas surpresas no setlist.

COMEÇA O ABRIL PRO ROCK 2011

Bandas se apresentam durante o mês de Abril no Chevrollet Hall e no APR Club.

Mesmo com chuva, o público compareceu em bom número, nesta sexta-feira (8), para ver o show de abertura do Abril Pro Rock 2011. No APR Club (antigo Casarão), que fica na Rua do Apolo, bairro do Recife, as bandas Sacal (PB) e Zé Cafofinho & Suas Correntes (PE) fizeram a festa dos fãs que foram prestigiar o evento.

A primeira banda a subir ao palco foi Sacal. Logo depois, veio a atração principal da noite, a banda Zé Cafofinho & Suas Correntes, comandada por Tiago Andrade, que abriu o show tocando a música "Pra eles e pra elas". Sucessos dos dois CDs da banda, como "Mucica", "Meio de transporte" e "Torcida" foram cantadas durante o show, que foi finalizado com a música "Xirlei", o grande sucesso do segundo CD da banda,"Dança da noite".

Quem também esteve presente nesse primeiro dia de Abril Pro Rock foi o percussionista da banda Eddie, Alexandre Barreto, o Urêa , que vai se apresentar no próximo dia 17, no Chevrolet Hall, mesmo dia da principal atração do evento este ano, a banda jamaicana "Skatalites", uma das criadoras do SKA mundial. Ele falou da expectativa para o show. "É outra coisa que eu acho importante no Abril pro Rock, trazer a Skatalites para nossa cidade. Eu vou ter o prazer de tocar no mesmo dia dessa banda que eu gosto e sou fã", disse Urêa.

EM SP, SLASH DÁ AULA DE ROCK PARA CASA DE SHOWS LOTADA

Ex-guitarrista do Guns N´Roses se apresentou na cidade nesta quinta-feira (7)

Eram 21h30 em ponto, horário marcado para o início da apresentação, quando as luzes se apagaram e uma gravação do Hino Nacional começou a rolar pelo HSBC Brasil, em São Paulo.

A música, tão solene para um show de rock, pegou de surpresa os fãs que lotavam a casa de shows. O espetáculo já ia começar? Assim, tão pontualmente?

Foi nesse clima de respeito ao público e ao país em que se estava se apresentando que a banda do guitarrista Slash subiu ao palco da capital paulista.

O cumprimento à platéia veio em português e foi feito pelo vocalista do grupo, Myles Kennedy.

- Boa noite, São Paulo. Vocês estão preparados para rock ‘n roll?

E era bom que todos estivessem, porque a banda daria uma aula sobre o tema dali para frente.

O show, que faz parte da turnê We’re All Gonna Die e divulga o primeiro álbum solo do famoso guitarrista, começou com o mesmo set list apresentado no Rio de Janeiro.

A música de abertura foi Ghost, sucesso de Slash neste seu novo álbum.

Na sequência vieram Mean Bone (da banda Slash’s Snakepit, que foi liderada por Slash antes de seu trabalho solo, mas que está fora de atividade) e Sucker Train Blues (do Velvet Revolver, grupo que está parado, mas que conta com o guitarrista entre seus integrantes).

Só por essas três primeiras músicas já foi possível notar em quantos trabalhos o astro da noite, cujo nome verdadeiro é Saul Hudson, colocou as mãos desde que saiu do Guns ‘n Roses.

E mesmo após tanto tempo de estrada, no palco Slash mostrou que ainda faz rock de verdade, com prazer ao tocar cada nota.

Sua banda, formada por integrantes cujos nomes não são clássicos do mundo da música, alimenta ainda mais esse frescor em cena.

Frescor de rock jovem, livre.

A produção para o espetáculo é pequena.

O palco conta apenas com um cenário onde se vê estampado a capa do CD de Slash.

A casa de shows – que é não é muito grande – ajuda a conferir ao espetáculo um ar ainda mais iniciante. Com paixão de começo de namoro. Empolgante para o público.

Clássicos do Guns ‘n Roses permearam toda a apresentação.

A quarta música do show foi logo Night Train, que levou o público ao delírio.

Rocket Queen e Civil War surgiram em seguida, para deleite dos fãs de Slash em seus velhos tempos.

Mas, sem dúvidas, o ponto alto da festa foi quando o guitarrista fez seu célebre solo do tema do filme O Poderoso Chefão (The Godfather Theme).

Logo nas primeiras notas a plateia se manifestou em uma onda de gritos e a impressão que se teve era de que aquele seria um momento histórico, privilégio para os fãs do astro.

Muitas críticas são feitas a Myles, o vocalista da banda de Slash. No entanto, há que se dizer que seu desempenho foi incrível na noite desta quinta-feira (7).

O cantor recebeu a difícil tarefa de cantar clássicos dos velhos tempos do Guns, imortalizados pela voz aguda e marcante de Axl, e fez bonito diante do público.

Não desapontou nem mesmo quando interpretou as canções Sweet Child ‘o Mine e Paradise City.

Aliás, as comparações desta apresentação de Slash e sua banda com o show que o novo Guns ‘n Roses, ainda liderado por Axl, fez no ano passado aqui no Brasil são inevitáveis.

A performance do Guns em São Paulo aconteceu no estádio Palestra Itália (SP), teve superprodução, público imenso... e foi fria. Montada.

Pois bem. Axl pode ter ficado com a voz, o velho nome da banda e o glamour dos grandes concertos.

A alma do Guns ‘n Roses só foi vista mesmo no show de Slash e seu novo grupo.


Confira o set list do show:


Ghost

Wean Bone

Sucker Train Blues

Night Train

Rocket Queen

Civil War

Starlight

Nothing to Say

Beautiful Dangerous

We’re All Gonna Die

Jizz da Pit

Just Like Anything

My Michelle

The Godfather Theme

Sweet Child of Mine

Slither

By the Sword

Mr. Brownstone

Paradise City

terça-feira, 5 de abril de 2011

IRON MAIDEN (CENTRO DE CONVENÇÕES, RECIPE, 03/04/11

Por Pedro Ivo Bernardes Em 04/04/11


Oito horas da noite. Com pontualidade britânica, os telões do palco montado na área externa do Centro de Convenções de Pernambuco, localizado entre as cidades de Recife e Olinda, começaram a exibir o vídeo de abertura do segundo show do IRON MAIDEN no Estado (o primeiro foi em 2009). Os acordes de "Satellite 5..." prenunciaram uma apresentação impecável do sexteto, para um público de aproximadamente 14 mil pessoas.

A Donzela de Ferro seguiu alternando novas músicas e antigos sucessos, com BRUCE DICKINSON levando o público ao delírio cada vez que provocava os gritos do público: "scream for me Recife." Não foram poucas as vezes que os fãs cantaram junto com os ídolos do heavy metal. Como não podia deixar de ser, os pontos altos do show foram as execuções de "The trooper", que levou o público ao delírio; "Fear of the dark", cantada desde os primeiros acordes; e "Iron Maiden" – momento em que o mascote da banda, EDDIE, entrou no palco para duelar com os músicos.

STEVE HARRIS, BRUCE DICKINSON, DAVE MURRAY, ADRIAN SMITH, JANICK GERS e NICKO MCBRAIN encheram os olhos de fãs de todas as idades, dos marmajos ao público infanto-juvenil – que acompanhados dos pais mostraram que a admiração pelo IRON passa de geração para geração.

A apresentação teve também seu momento de reflexão. Um pouco antes de "Blood brothers", BRUCE – que conversou bastante com o público – lembrou da tragédia ocorrida no Japão, onde o grupo pousou o Ed Force One um pouco depois dos tremores. A música foi dedicada às vítimas do terremoto seguido de tsunami. O vocalista do IRON também destacou o quanto o brasileiro é sortudo em viver num país como este.

Por ter sido a única apresentação da banda no Nordeste, o show atraiu também pessoas de vários Estados - que vieram em caravanas de vários cantos da região.

A banda se despediu do público, em sua penúltima apresentação no País, com "Running Free", antecedida por "Hallowed be thy name" e "The number of the beast". Aos fãs, restou o gosto de quero mais e a esperança de que a banda volte em breve.

Set list:

Satellite 15... The Final Frontier

El Dorado

Two Minutes to Midnight

The talisman Coming Home

Dance of death

The trooper

The wicker man

Blood Brothers

When the Wild Wind Blows

The evil that men do

Fear of the dark


Iron Maiden Bis:

The number of the beast

Hallowed be thy name

Running Free

OZZY OSBOURNE (ANHEMBI, SÃO PAULO, 02/04/11

Por Jorge A. Silva Júnior



Uma apresentação surpreendente e arrasadora. Assim foi a passagem de OZZY OSBOURNE por São Paulo, na noite deste sábado (2), na Arena Anhembi. O 'Principe das Trevas', mesmo com 62 anos, esbanjou vitalidade e carisma durante uma hora e meia de show. Clássicos da sua ex-banda, o BLACK SABBATH, foram os pontos altos da noite, que levaram ao delírio quase 30 mil pessoas que em diversos momentos enfrentaram uma chuva torrencial.


Final da tarde de sábado, horas antes do show de OZZY OSBOURNE em São Paulo. Tudo indicava que a cidade faria jus ao apelido de 'terra da garoa'. Enquanto o público adentrava ao Anhembi, os poucos pingos que caiam do céu não chegavam a incomodar os muitos fãs que aguardavam ansiosamente pela apresentação do Madman. E se a temperatura começava a cair no ínicio da noite, nada melhor do que um bom 'esquenta'. Foi aí que, às 20h, entrou em cena a banda de abertura (e que abertura!): SEPULTURA do Brasil. Okay, muitos podem dizer que eles não são mais os mesmos (óbvio, não?) sem os irmãos Cavalera e blá bla blá, mas uma coisa não há como deixar de admitir: os caras são ótimos ao vivo. Com um repertório certeiro, recheado de canções antigas, os fãs do Ozzy foram presenteados com um espetáculo de alto nível, que contou com petardos que foram de "Troops Of Doom", música de 1986, do álbum 'Morbid Visions', até o hino "Roots Bloody Roots", que teve uma grande resposta do público. Sobre seus integrantes: Derrick Green, vocalista muito competente, soube cativar boa parte do público, sobretudo pelas piadas e palavrões que aprendeu em português; Andreas Kisser, usando meiões do São Paulo Futebol Clube, tocou com o peso e feeling de sempre; Paulo Jr., mesmo não sendo o baixista mais técnico do mundo, há 26 anos segura bem a bronca no seu cantinho cativo; Jean Dolabella, cada vez mais versátil, não deixou a desejar em nenhum momento. Após uma hora de show, com 13 músicas tocadas, o SEPULTURA serviu como aquecimento de luxo para a chegada do 'Principe das Trevas'.


Com a tradicional pontualidade britânica, às 21h30, enfim, chegou o momento esperado por todos. O senhor OZZY OSBOURNE deu às caras com nada menos do que "Bark At The Moon", do álbum homônimo, o terceiro de sua carreira solo. Pulando, correndo de um lado para o outro e até jogando beijos para a galera, o velhinho surpreendeu a todos com tamanha vitalidade. A resposta do público foi imediata. Tanto que na segunda música, "Let Me Hear You Scream", uma bandeira do Brasil foi jogada no palco e, após alguns segundos nas costas de Ozzy, ficou na beira da bateria durante todo o tempo. Aliás, bateria que deve destacada pelo ótimo Tommy Clufetos. Afinal, não podemos esperar pouca coisa de alguém que já tocou com gente do calibre de TED NUGENT e ALICE COOPER. O peso que este rapaz coloca nas baquetas é impressionante, fato comprovado durante a instrumental "Rat Salad", canção gravada originalmente pelo BLACK SABBATH no longínquo ano de 1970. Voltando ao mestre Osbourne, durante a introdução fúnebre do órgão em "Mr. Crowley", com luzes roxas no palco, o clima sinistro chegou a arrepiar até o mais incrédulo (pode usar como exemplo o redator que vos escreve). Antes de "I Don't Know", Ozzy se divertiu jogando espuma na Pista Premium com uma daquelas mangueiras de bombeiro, artefato muito usado nos grandes festivais de rock para refrescar o público, só que com água. Outro ponto positivo da apresentação foi a sequência praticamente imediata entre as músicas, sem as cansativas pausas na qual os vocalistas adoram fazer média e discursar sobre assuntos irrelevantes. Até nisso o grande Osbourne mostrou-se diferente, inclusive no meio do temporal que caía, quando se aventurou na beira do palco e acabou tão molhado quanto quem o assistia. Mesmo quando desafinou bisonhamente no final de "Faires Wear Boots", ninguém se importou. A lenda do metal ainda brindou os felizardos com os clássicos do Sabbath: "War Pigs" e "Iron Man", ambas tocadas com maestria pelo excelente guitarrista Gus G. Para quem não conhece este jovem que tem a árdua tarefa de substituir o genial Zakk Wylde, trata-se de um grego que há 12 anos deixou seu país natal para estudar música nos Estados Unidos. No que diz respeito a técnica, o guitarrista é fora de série. Um dos momentos marcantes foi quando ele se aventurou a tocar o famoso choro "Brasileirinho" e, em seguida, "Eruption", do VAN HALEN. Rob "Blasko" Nicholson também não fica atrás, com linhas de baixo pesadíssimas com influência direta dos tempos em que tocava com ROB ZOMBIE. Mais uma vez voltando ao Madman, o mais emocionante ficou guardado para o final. "I Don't Want To Change The World" e "Crazy Train" foram, sem dúvida, as músicas que mais agitaram a galera, ainda mais pelo fato daquele senhor de 62 continuar pulando e correndo (mesmo corcunda) com quase uma hora e meia de apresentação. O justo 'descanso' de Ozzy veio com a linda "Mama I'm Coming Home", cantada em verso e prosa por quase 30 mil pessoas.


Para fechar a arrasadora noite na companhia do 'Principe das Trevas', a mais clássica canção do BLACK SABBATH: "Paranoid". Foi uma hora e meia de um show arrasador, que debaixo de muita chuva, serviu para literalmente lavar a alma de quem teve a sorte de presenciar um verdadeiro culto do Rock Pesado.


Obrigado, Mr. Osbourne!


OZZY OSBOURNE em São Paulo

Local: Arena Anhembi

Data: 02 de abril de 2011

Abertura: SEPULTURA

Duração: 1h

Vocal: Derrick Green

Guitarra: Andreas Kisser

Baixo: Paulo Jr.

Bateria: Jean Dolabella


1. Arise

2. Refuse/Resist

3. Dead Embryonic Cells

4. Convicted In Life

5. Choke

6. Seethe (música nova)

7. Troops Of Doom

8. Septic Schizo

9. Escape To The Void

10. Meaningless Movements

11. Territory

12. Inner Self

13. Roots Bloody Roots


OZZY OSBOURNE

Duração: 1h30

Turnê: Scream

Guitarra: Gus G.

Baixo: Rob "Blasko" Nicholson

Bateria: Tommy Clufetos

Teclado: Adam Wakeman


1. Back At The Moon

2. Let Me Hear You Scream

3. Mr. Crowley

4. I Don't Know

5. Faires Wear Boots (BLACK SABBATH)

6. Suicide Solution

7. Road To Nowhere

8. War Pigs (BLACK SABBATH)

9. Shot In The Dark

10. Rat Salad (BLACK SABBATH)

11. Iron Man (BLACK SABBATH)

12. I Don't Want To Change The World

13. Crazy Train

14. Mama I'm Coming Home

15. Paranoid (BLACK SABBATH)

BRUCE DICKINSON: "FOI NO RIO QUE ME SENTI ESTRELA DO ROCK"

O vocalista do IRON MAIDEN, Bruce Dickinson, revelou em entrevista ao site Terra que foi no Rio de Janeiro que ele se sentiu uma estrela do rock pela primeira vez na vida, durante a apresentação da banda no Rock in Rio (1985), quando o Iron tocou para mais de 120 mil pessoas. Isso ajuda a explicar o motivo do grupo se apresentar tantas vezes por aqui. O show do IRON MAIDEN no próximo domingo será o oitavo do grupo em terras cariocas. "O Brasil é um dos meus lugares favoritos no Mundo. Não é só bom para tocar, mas também para visitar. Amo os Brasileiros. Eles têm uma das melhores atitudes do mundo diante da vida", afirmou o cantor, falando de todo seu amor pelo país.