O baixista Glenn Hughes (Black Country Communion, Black Sabbath, Deep Purple, Trapeze) divulgou em sua página oficial no Facebook a capa do novo e segundo álbum do Black Country Communion, simplesmente denominado "2". Em breve comentário, ele simplesmente diz: "Eis a capa do BCC 2... Rock 'n Roll... GH".
O MEL DO ROCK
Pesquisar este blog
quarta-feira, 30 de março de 2011
WHITESNAKE: CD E DVD AO VIVO DE 1990 SAIRÁ EM JUNHO
Foi anunciado para 3 de junho na Europa e quatro dias mais tarde nos Estados Unidos o lançamento de "Live at Donnington 1990", CD e DVD do Whitesnake registrando a apresentação no tradicional festival inglês Monsters of Rock. Contando com Steve Vai e Adrian Vandenberg nas guitarras, Rudy Sarzo no baixo e Tommy Aldridge na bateria, a banda de David Coverdale divulgava o álbum "Slip of the Tongue". O tracklist é o seguinte:
01. Slip Of The Tongue
02. Slide It In
03. Judgement Day
04. Slow An Easy
05. Kitten's Got Claws
06. Adagio For Strato
07. Flying Dutchman Boogie
08. Is This Love
09. Cheap An' Nasty
10. Crying In The Rain (featuring Tommy Aldridge drum solo)
11. Fool For Your Loving
12. For The Love Of God
13. The Audience Is Listening
14. Here I Go Again
15. Bad Boys
16. Ain't No Love In The Heart Of The City
17. Still Of The Night
O DVD ainda trará entrevistas de bônus, além de um making of de "Slip of the Tongue".
DIO: DVD AO VIVO NA BULGÁRIA SERÁ LANÇADO EM ABRIL
Dia 26 de abril, a IDS/Rock Tapes disponibiliza no mercado Live in Bulgaria. O novo DVD registra Ronnie James Dio e sua banda durante a tour de "Angry Machines", em show filmado por uma emissora de TV local. Completavam a formação Tracy G (guitarra), Larry Dennison (baixo), Vinnie Appice (bateria) e Scott Warren (teclado). O tracklist é o seguinte:
01. Evilution
02. Straight Through The Heart
03. Don‘t Talk To Strangers
4. Holy Diver
05. Drum Solo
06. Heaven And Hell
07. Children Of The Sea
08. I Speed At Night
09. We Rock
10. Neon Knights
11. Stargazer
12. Mistreated
13. Catch The Rainbow
14. The Last In Line
15. Rainbow In The Dark
16. The Mob Rules
17. Man On The Silver Mountain
18. Long Live Rock And Roll
Como bônus, uma entrevista da época.
terça-feira, 29 de março de 2011
"SE ELES QUISEREM, EU VOU", DIZ OZZY SOBRE VOLTA AO BLACK SABBATH
Osbourne chega ao Brasil no fim de março para turnê em cinco estados.
O‘Príncipe das Trevas’ está a caminho do Brasil. Nos Estados Unidos, Ozzy Osbourne falou com exclusividade ao Fantástico.
Ele já comeu um morcego vivo no palco, já amanheceu preso e não lembrava por quê. Na noite anterior, tinha tentado estrangular a mulher. Ele usou todas as substâncias proibidas já inventadas, mas conseguiu chegar aos 62 anos. Quem gosta de rock pira com a lista de musicas do show em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos: War Pigs, Iron Man e Paranoid. Só clássicos do Black Sabbath e do Ozzy Osbourne.
O repórter Álvaro Pereira Junior esteve exatamente no palco onde Ozzy se apresenta. No palco, há garrafas d'água. Se fosse na época do Black Sabbath ou mesmo alguns anos atrás, talvez não fosse água que se encontraria no palco.
Começa o show, perto de Miami, na Flórida. Ozzy parece incrivelmente disposto: pula, berra e dispara jatos de espuma na pobre plateia. No dia seguinte, ele encontra o Fantástico com passinhos curtos e meio encurvado.
Às vezes, nem escuta direito as perguntas, mas mostra a franqueza de sempre. “Estou muito cansado”, ele contou na entrevista que foi dada no final de fevereiro. “Faz muito tempo que estamos na estrada. Agora vou tirar umas semanas de folga e recarregar minhas baterias para América do Sul”, diz.
Aproveitando o papo sobre cansaço para perguntar de aposentadoria: “Eu não posso me aposentar. Isso aqui é mais do que um emprego – é uma paixão. Quero que meu público se divirta”, fulmina Ozzy, e ainda emenda no melhor estilo ‘Príncipe das Trevas’: “Quando eu me aposentar, vai ser quando estiverem pregando a tampa do meu caixão. Vou cantar até morrer”.
Aliás, Ozzy quase morreu várias vezes. Ele se entupiu de bebida, cocaína, calmantes e se envolveu até em um acidente bizarro em que um avião bateu no ônibus onde ele viajava. Foi em 1982. No desastre, morreu o guitarrista dele, o lendário Randy Rhoads.
“Às vezes, eu me belisco para me dar conta de como eu tenho sorte. É uma bênção”, diz Ozzy.
Ozzy foi o vocalista fundador do Black Sabbath, quatro caras pobres, nascidos numa zona industrial, sem perspectivas e que foram salvos pelo rock n’roll.
Ozzy saiu da banda no fim dos anos 1970, mas sempre rolam boatos de que ele pode voltar. Será? “A gente está conversando, mas tem muita coisa envolvida. Tenho falado muito com o Tommy Iommy, o guitarrista”. Quando pedimos detalhes destas conversas, ele fica meio bravo. “Não sei, não quero especular. Agora, se eles quiserem, eu vou”.
Se não quisesse ir, não precisaria. Apesar da pinta de vovozinho detonado, Ozzy é multimilionário. A carreira é comandada pela mulher, Sharon, uma raposa dos negócios. E foi dela o OK final para aquilo que transformou Ozzy de ídolo apenas do metal em uma figura reconhecida mundialmente: o reality show “Os Osbourne”. “Se eu me arrependo? Não. Se eu faria de novo? Também não”, afirma o roqueiro.
“Na TV, eu estava o tempo todo drogado. Meus filhos estavam drogados. Minha mulher teve câncer. E, olha, eu nem gosto de fazer TV. Só uns comerciais de vez em quando, como esse com o Justin Bieber”.
Justin Bieber? Pois é? Tudo começou quando, em um programa de entrevistas, perguntaram para Ozzy sobre o ídolo adolescente e ele mandou: “Quem é esse p**** de Justin Bieber?”.
Mas depois ele acabou fazendo um comercial com Bieber. Será que eles se deram bem? Ozzy zoa o moleque: “Ele foi legal, futuro candidato a um desses programas de TV de celebridades tentando largar as drogas”.
Ozzy está chegando ao Brasil. Ele toca em Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Rio e Belo Horizonte, de 30 de março a 9 de abril. Ele jura que se lembra de quando tocou no Rock in Rio, em 1985. Diz que foi “ótimo, fabuloso”, isso apesar de um fã ter atirado uma galinha no palco, na esperança de que Ozzy a mordesse.
No Rock in Rio, ele não devorou o animal, mas e desta vez? Será que Ozzy apronta alguma? Daqui a alguns dias a gente vai saber.
quarta-feira, 23 de março de 2011
ASIA: O SUPERGRUPO BRITÂNICO EM ÚNICA APRESENTAÇÃO NO BRASIL
A banda britânica Asia volta ao Brasil em maio para uma única apresentação. O show acontece dia 22 de maio em São Paulo no HSBC Brasil.
Conhecida como “supergrupo” por ser formada por músicos de renome mundial que fizeram sucesso em outras bandas, eles vem ao Brasil com sua formação clássica original com Geoff Downes (ex-membro do YES e The Buggles), John Wetton (ex-membro de King Crimson e UK), Steve Howe (YES) e Carl Palmer (ex-membro de Emersom, Lake & Palmer).
O Asia foi formado na década de 80 e ao longo desses mais de 30 anos lançaram 15 álbuns de estúdio e tem varias canções de sucesso que fazem parte da história do rock como "Heat Of the Moment", "Only Time Will Tell", "Wildest Dreams", "Sole Survivor" e "Don't Cry". Alem dos grandes hits do Asia eles costumam apresentar em seus shows algumas músicas de sucesso das bandas em que cada um deles ficou conhecido.
A turnê sul-americana passa pelo Brasil, Chile, Argentina e Colômbia. Os ingressos para o show na capital paulista já estão sendo vendidos.
SERVIÇO
Data : 22 de maio de 2011 (domingo)
Horário: 20h
Abertura da casa: 18h
Local: HSBC Brasil
Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio – São Paulo/SP
www.hsbcbrasil.com.br
Horário da bilheteria: Atendimento de segunda a sábado das 12h às 22h; domingo e feriado das 12h às 20h
PREÇOS
Camarote....................R$ 250,00
Camarote – Meia.......R$ 125,00
Frisas...........................R$ 220,00
Frisas – Meia..............R$ 110,00
Cadeira Alta................R$ 150,00
Cadeira Alta – Meia...R$ 75,00
Vip Premium...............R$ 280,00
Vip Premium – Meia..R$ 140,00
Setor Vip......................R$ 240,00
Setor Vip – Meia.........R$ 120,00
Setor 1..........................R$ 180,00
Setor 1 – Meia.............R$ 90,00
Setor 2 – ......................R$ 140,00
Setor 2 – Meia.............R$ 70,00
Setor 3..........................R$ 80,00
Setor 3 – Meia.............R$ 40,00
INFORMAÇÕES E VENDA
www.hsbcbrasil.com.br
(11) 4003-1212 (Call Center)
Vendas online:
http://www.ingressorapido.com.br
Pontos de venda:
Bilheterias do HSBC e outros postos do Ingresso Rápido e HSBC (veja nos respectivos sites ou ligue Tel:4003-1212)
Capacidade: 1.800 lugares
Duração: até 120 min.
Classificação Etária: 14 anos (menores de 14 anos acompanhados dos pais ou responsável legal)
Estacionamento na porta
Acesso a Deficientes
Mais informações: www.radiocorsario.com.br/asia.html
Conhecida como “supergrupo” por ser formada por músicos de renome mundial que fizeram sucesso em outras bandas, eles vem ao Brasil com sua formação clássica original com Geoff Downes (ex-membro do YES e The Buggles), John Wetton (ex-membro de King Crimson e UK), Steve Howe (YES) e Carl Palmer (ex-membro de Emersom, Lake & Palmer).
O Asia foi formado na década de 80 e ao longo desses mais de 30 anos lançaram 15 álbuns de estúdio e tem varias canções de sucesso que fazem parte da história do rock como "Heat Of the Moment", "Only Time Will Tell", "Wildest Dreams", "Sole Survivor" e "Don't Cry". Alem dos grandes hits do Asia eles costumam apresentar em seus shows algumas músicas de sucesso das bandas em que cada um deles ficou conhecido.
A turnê sul-americana passa pelo Brasil, Chile, Argentina e Colômbia. Os ingressos para o show na capital paulista já estão sendo vendidos.
SERVIÇO
Data : 22 de maio de 2011 (domingo)
Horário: 20h
Abertura da casa: 18h
Local: HSBC Brasil
Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio – São Paulo/SP
www.hsbcbrasil.com.br
Horário da bilheteria: Atendimento de segunda a sábado das 12h às 22h; domingo e feriado das 12h às 20h
PREÇOS
Camarote....................R$ 250,00
Camarote – Meia.......R$ 125,00
Frisas...........................R$ 220,00
Frisas – Meia..............R$ 110,00
Cadeira Alta................R$ 150,00
Cadeira Alta – Meia...R$ 75,00
Vip Premium...............R$ 280,00
Vip Premium – Meia..R$ 140,00
Setor Vip......................R$ 240,00
Setor Vip – Meia.........R$ 120,00
Setor 1..........................R$ 180,00
Setor 1 – Meia.............R$ 90,00
Setor 2 – ......................R$ 140,00
Setor 2 – Meia.............R$ 70,00
Setor 3..........................R$ 80,00
Setor 3 – Meia.............R$ 40,00
INFORMAÇÕES E VENDA
www.hsbcbrasil.com.br
(11) 4003-1212 (Call Center)
Vendas online:
http://www.ingressorapido.com.br
Pontos de venda:
Bilheterias do HSBC e outros postos do Ingresso Rápido e HSBC (veja nos respectivos sites ou ligue Tel:4003-1212)
Capacidade: 1.800 lugares
Duração: até 120 min.
Classificação Etária: 14 anos (menores de 14 anos acompanhados dos pais ou responsável legal)
Estacionamento na porta
Acesso a Deficientes
Mais informações: www.radiocorsario.com.br/asia.html
WHITESNAKE: DOUG ALDRICH FALA DE DIO, KISS E DO NOVO ÁLBUM
O guitarrista Doug Aldrich conversou com o SleazeRoxx.com e falou sobre o novo álbum do WHITESNAKE, “Forevermore”, além de relembrar outras passagens da carreira.
A parceria com David Coverdale: David e eu temos uma grande química. Inicialmente, a idéia era que cada um mandasse as suas idéias, como foi no álbum anterior. Mas nós retomamos de onde tínhamos parado em “Good to Be Bad”. Foi algo bem orgânico e fácil. Mostro algo e ele continua, ou o contrário. Simplesmente acontece assim.
As influências do Whitesnake antigo na composição: Não pensamos muito nisso. Não sentamos e decidimos escrever uma balada que soe de certa forma. Seria uma maneira de podar a inspiração. Algumas faixas soam naturalmente como o Whitesnake clássico. Não fico pensando em fazer uma nova “Still of the Night” ou “Slide it In”. Não conseguiria fazer assim. Aliás, esse seria o conselho que daria para quem quer compor uma música: não se imponha limites, apenas deixe acontecer e veja no que deu.
As referências ao passado em “Forevermore”: Além do próprio Whitesnake, há aspectos de outras bandas que David e eu gostamos. Há uma influência de Rolling Stones em "I Need You (Shine A Light)". Já “Fare Thee Well” conta com uma vibração estilo Faces, assim como “Steal Your Heart Away”. Sou um grande fã de grupos como The Black Crowes, The Allman Brothers Band e um cara novo chamado Jonathan Tyler, que faz um som blueseiro, mas com uma pegada mais Heavy.
A audição com o KISS: Tinha me mudado para Los Angeles e tocava a cada duas semanas em um local chamado Gazzari. Conheci uma garota que dizia ser namorada de Eric Carr. Ela disse que eles procuravam um novo guitarrista e eu poderia me encaixar. Eric apareceu e me viu tocar. Cheguei a fazer jams com a banda três vezes, foi surreal. Tinha um estilo um pouco diferente do deles. Amo o KISS ainda mais agora que na época. Aquilo serviu como motivação para eu me tornar um músico ainda melhor.
Dio: Não estaria no Whitesnake se não fosse por Ronnie, ele me ajudou. Nos divertimos muito preparando o que seria Killing the Dragon. Esse disco serviu como um novo começo para a carreira dele. Depois, ele e Wendy me apresentaram a David. Ele ficou um pouco chateado quando resolvi me juntar integralmente ao Whitesnake, mas sempre me convidou para fazer participações em seus trabalhos. Éramos muito próximos. Estava fora do país quando ele faleceu, mas minha esposa e meu filho foram ao funeral e fizeram a nossa homenagem. Sinto muito sua falta, era um grande cantor e uma pessoa ainda melhor.
A parceria com David Coverdale: David e eu temos uma grande química. Inicialmente, a idéia era que cada um mandasse as suas idéias, como foi no álbum anterior. Mas nós retomamos de onde tínhamos parado em “Good to Be Bad”. Foi algo bem orgânico e fácil. Mostro algo e ele continua, ou o contrário. Simplesmente acontece assim.
As influências do Whitesnake antigo na composição: Não pensamos muito nisso. Não sentamos e decidimos escrever uma balada que soe de certa forma. Seria uma maneira de podar a inspiração. Algumas faixas soam naturalmente como o Whitesnake clássico. Não fico pensando em fazer uma nova “Still of the Night” ou “Slide it In”. Não conseguiria fazer assim. Aliás, esse seria o conselho que daria para quem quer compor uma música: não se imponha limites, apenas deixe acontecer e veja no que deu.
As referências ao passado em “Forevermore”: Além do próprio Whitesnake, há aspectos de outras bandas que David e eu gostamos. Há uma influência de Rolling Stones em "I Need You (Shine A Light)". Já “Fare Thee Well” conta com uma vibração estilo Faces, assim como “Steal Your Heart Away”. Sou um grande fã de grupos como The Black Crowes, The Allman Brothers Band e um cara novo chamado Jonathan Tyler, que faz um som blueseiro, mas com uma pegada mais Heavy.
A audição com o KISS: Tinha me mudado para Los Angeles e tocava a cada duas semanas em um local chamado Gazzari. Conheci uma garota que dizia ser namorada de Eric Carr. Ela disse que eles procuravam um novo guitarrista e eu poderia me encaixar. Eric apareceu e me viu tocar. Cheguei a fazer jams com a banda três vezes, foi surreal. Tinha um estilo um pouco diferente do deles. Amo o KISS ainda mais agora que na época. Aquilo serviu como motivação para eu me tornar um músico ainda melhor.
Dio: Não estaria no Whitesnake se não fosse por Ronnie, ele me ajudou. Nos divertimos muito preparando o que seria Killing the Dragon. Esse disco serviu como um novo começo para a carreira dele. Depois, ele e Wendy me apresentaram a David. Ele ficou um pouco chateado quando resolvi me juntar integralmente ao Whitesnake, mas sempre me convidou para fazer participações em seus trabalhos. Éramos muito próximos. Estava fora do país quando ele faleceu, mas minha esposa e meu filho foram ao funeral e fizeram a nossa homenagem. Sinto muito sua falta, era um grande cantor e uma pessoa ainda melhor.
ENGENHEIROS DO HAWAII - TODA A HISTÓRIA DA BANDA
Entre as bandas de Rock brasileiras, pode-se afirmar que Engenheiros do Hawaii está entre as que possuem mais variedades tonais durante o percurso do grupo. Da música Pop a moda Paralamas do Sucesso até o Rock progressivo, em suas músicas o conteúdo crítico se alia a inspirações de plurais fontes: desde o existencialista Sartre, até o grupo Pink Floyd, passando por Camus e Chico Buarque, por exemplo.
No campo harmônico, as cifras dos Engenheiros do Hawaii trazem, geralmente, acordes simples (formado pelos 1º, 3º e 5º de cada acorde), mas com rápido ritmo e veloz mudança de posição entre um e outro. Desde 1985 (ano de formação), a banda sofreu alterações estilísticas e históricas, passando por diversas fases, chegando a grande popularidade demonstrada pelo número de procuras de cifras da banda pela internet. Por essa razão a seguir é narrada a história da banda, destacando os álbuns e músicas relevantes, e também, fala-se das cifras dos engenheiros do Hawaii mais procuradas na internet, apresentando as características básicas da música.
A banda de Rock Engenheiros do Hawaii nasceu de uma apresentação como critica às paralisações das aulas do curso de Arquitetura em que os quatro membros iniciais estudavam, na cidade de Porto Alegre. A banda é marcante pela troca de seus membros: desde a formação somente o vocalista Humberto Gessinger permaneceu no grupo. No próprio ano de 1985 a banda se apresenta em shows alternativos e grava o primeiro disco (Longe demais das capitais) chegando rapidamente ao sucesso devido à inserção em temas de novelas da Rede Globo de Televisão. Estilisticamente, a primeira fase do grupo é marcada por nuances entre a crítica e o Pop-Rock. A música destaque do primeiro disco se chama Toda Forma de Poder e Longe demais das Capitais. O segundo álbum concede a fama ao grupo; A Revolta dos Dândis, de 1987, inova também a estética do grupo que se embasa na filosofia francesa para composição de suas letras, tornando-se, ao mesmo tempo, em uma banda de Rock and Roll progressivo.
A mudança para o Rio de Janeiro faz com que a banda confeccione um Cd ao vivo, oriunda de uma apresentação no famoso Canecão. Em 1990, a música Era um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e O Rolling Stones torna-se famosa, ela é integrante do álbum O Papa é Pop. Dentro desse álbum, na estética, o grupo insere mais instrumentos sintéticos, como o teclado tocado pelo próprio Humberto, e músicas em formato de balada como Pra Ser Sincero, esta é também a época que o New York Times elogia a estilística da banda. Uma revolução estética ainda acontece durante os anos 90, onde a banda mixa ao seu estilo campos harmônicos da MPB, com notas diminutas nas transições tonais, por exemplo. Isso os leva ao show acústico e a outro com a ornamentação filarmônica. Houve um período de transição dentro da história dos engenheiros do Hawaii, quando Gessinger mudou o nome da banda e trocou a composição básica do grupo, voltando a se chamar Engenheiros do Hawaii quando o nome Gessinger trio não aplacou.
Uma nova era começa no começo do segundo milênio quando há a inserção do grupo no segundo Rock in Rio, a banda novamente muda a estética básica para o Punk e Pop, como nos álbuns ao vivo (10000 destinos e 10001 destinos). Desde 2004 a banda se dedica a shows e gravações acústicas, como as músicas Vida Real e Armas Químicas e Poemas lançados pela MTV em 2004. Quando eles terminaram a turnê em 2008, prometeram retornar em 2011.
A procura pelas cifras e letras dos engenheiros do Hawaii na internet é grande, suas harmonias possuem rápida troca de acordes e são indicadas a pessoas que queiram treinar a sincronia entre a mão esquerda e a direita, no violão e na guitarra, por exemplo. Também são indicadas para apurar o ritmo, uma vez que é fácil perdê-lo na troca de acordes. Indica-se 10000 Destinos, Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, Pra Ser Sincero, Piano Bar, Eu Que Não Amo Você, Até o Fim, uma vez que são as mais procuradas na internet.
Pode-se afirmar que a banda tem um caráter crítico em suas letras, como a conhecida critica a globalização por parte de Humberto, e também abre espaço ao Rock brasileiro em diversas variações (Progressivo, Punk, Pop, MPB, etc...).
No campo harmônico, as cifras dos Engenheiros do Hawaii trazem, geralmente, acordes simples (formado pelos 1º, 3º e 5º de cada acorde), mas com rápido ritmo e veloz mudança de posição entre um e outro. Desde 1985 (ano de formação), a banda sofreu alterações estilísticas e históricas, passando por diversas fases, chegando a grande popularidade demonstrada pelo número de procuras de cifras da banda pela internet. Por essa razão a seguir é narrada a história da banda, destacando os álbuns e músicas relevantes, e também, fala-se das cifras dos engenheiros do Hawaii mais procuradas na internet, apresentando as características básicas da música.
A banda de Rock Engenheiros do Hawaii nasceu de uma apresentação como critica às paralisações das aulas do curso de Arquitetura em que os quatro membros iniciais estudavam, na cidade de Porto Alegre. A banda é marcante pela troca de seus membros: desde a formação somente o vocalista Humberto Gessinger permaneceu no grupo. No próprio ano de 1985 a banda se apresenta em shows alternativos e grava o primeiro disco (Longe demais das capitais) chegando rapidamente ao sucesso devido à inserção em temas de novelas da Rede Globo de Televisão. Estilisticamente, a primeira fase do grupo é marcada por nuances entre a crítica e o Pop-Rock. A música destaque do primeiro disco se chama Toda Forma de Poder e Longe demais das Capitais. O segundo álbum concede a fama ao grupo; A Revolta dos Dândis, de 1987, inova também a estética do grupo que se embasa na filosofia francesa para composição de suas letras, tornando-se, ao mesmo tempo, em uma banda de Rock and Roll progressivo.
A mudança para o Rio de Janeiro faz com que a banda confeccione um Cd ao vivo, oriunda de uma apresentação no famoso Canecão. Em 1990, a música Era um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e O Rolling Stones torna-se famosa, ela é integrante do álbum O Papa é Pop. Dentro desse álbum, na estética, o grupo insere mais instrumentos sintéticos, como o teclado tocado pelo próprio Humberto, e músicas em formato de balada como Pra Ser Sincero, esta é também a época que o New York Times elogia a estilística da banda. Uma revolução estética ainda acontece durante os anos 90, onde a banda mixa ao seu estilo campos harmônicos da MPB, com notas diminutas nas transições tonais, por exemplo. Isso os leva ao show acústico e a outro com a ornamentação filarmônica. Houve um período de transição dentro da história dos engenheiros do Hawaii, quando Gessinger mudou o nome da banda e trocou a composição básica do grupo, voltando a se chamar Engenheiros do Hawaii quando o nome Gessinger trio não aplacou.
Uma nova era começa no começo do segundo milênio quando há a inserção do grupo no segundo Rock in Rio, a banda novamente muda a estética básica para o Punk e Pop, como nos álbuns ao vivo (10000 destinos e 10001 destinos). Desde 2004 a banda se dedica a shows e gravações acústicas, como as músicas Vida Real e Armas Químicas e Poemas lançados pela MTV em 2004. Quando eles terminaram a turnê em 2008, prometeram retornar em 2011.
A procura pelas cifras e letras dos engenheiros do Hawaii na internet é grande, suas harmonias possuem rápida troca de acordes e são indicadas a pessoas que queiram treinar a sincronia entre a mão esquerda e a direita, no violão e na guitarra, por exemplo. Também são indicadas para apurar o ritmo, uma vez que é fácil perdê-lo na troca de acordes. Indica-se 10000 Destinos, Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, Pra Ser Sincero, Piano Bar, Eu Que Não Amo Você, Até o Fim, uma vez que são as mais procuradas na internet.
Pode-se afirmar que a banda tem um caráter crítico em suas letras, como a conhecida critica a globalização por parte de Humberto, e também abre espaço ao Rock brasileiro em diversas variações (Progressivo, Punk, Pop, MPB, etc...).
terça-feira, 22 de março de 2011
SAMMY HAGAR (EX-VAN HALEN) DIZ QUE "ALIENS" SE LIGARAM AO SEU CÉREBRO
Antigo vocalista da banda norte-americana garante, em livro, que esteve em contacto com extraterrestres, por mais de uma vez.
O antigo vocalista dos Van Halen, Sammy Hagar, escreve no seu novo livro, Red: My Uncensored Life in Rock , que já esteve em contacto com extraterrestres.
Uma dessas experiências aconteceu durante o sono. "Estava deitado na cama, à noite, a sonhar. Vejo uma nave e duas criaturas lá dentro. Não conseguia ver as caras deles, mas sabia que eram criaturas inteligentes (...). E estavam ligadas a mim, ligadas ao meu cérebro graças a uma ligação misteriosa sem fios".
Segundo o Guardian, apesar de esta "visão" lhe ter surgido durante um sonho, Sammy Hagar acredita ter visto algo de real. "Aconteceu mesmo. Os aliens ligaram-se a mim, por download ou upload. Ligaram-se ao meu cérebro e o conhecimento passou de um lado para o outro. Era como se fosse uma experiência e eles pensassem: deixa cá ver o que é que este tipo sabe".
Hagar conta ainda que, quando tinha 4 anos, viu aquilo que pensou ser "um carro sem rodas. Vivíamos no campo e vi uma coisa a flutuar e a criar uma grande nuvem de pó. E não sei o que aconteceu a seguir", diz ainda, acrescentando "e isso não foi um sonho. Era de dia".
Sammy Hagar encontra-se a trabalhar no projeto Chickenfoot, com Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith, dos Red Hot Chili Peppers.
O antigo vocalista dos Van Halen, Sammy Hagar, escreve no seu novo livro, Red: My Uncensored Life in Rock , que já esteve em contacto com extraterrestres.
Uma dessas experiências aconteceu durante o sono. "Estava deitado na cama, à noite, a sonhar. Vejo uma nave e duas criaturas lá dentro. Não conseguia ver as caras deles, mas sabia que eram criaturas inteligentes (...). E estavam ligadas a mim, ligadas ao meu cérebro graças a uma ligação misteriosa sem fios".
Segundo o Guardian, apesar de esta "visão" lhe ter surgido durante um sonho, Sammy Hagar acredita ter visto algo de real. "Aconteceu mesmo. Os aliens ligaram-se a mim, por download ou upload. Ligaram-se ao meu cérebro e o conhecimento passou de um lado para o outro. Era como se fosse uma experiência e eles pensassem: deixa cá ver o que é que este tipo sabe".
Hagar conta ainda que, quando tinha 4 anos, viu aquilo que pensou ser "um carro sem rodas. Vivíamos no campo e vi uma coisa a flutuar e a criar uma grande nuvem de pó. E não sei o que aconteceu a seguir", diz ainda, acrescentando "e isso não foi um sonho. Era de dia".
Sammy Hagar encontra-se a trabalhar no projeto Chickenfoot, com Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith, dos Red Hot Chili Peppers.
ROGER WATERS NO PAVILHÃO ATLÂNTICO: O MURO DAS PROVOCAÇÕES
Por João Gonçalves
Lisboa teve o privilégio de ser a primeira cidade a receber o renovado muro de Roger Waters. Os fãs portugueses desprezaram a crise e esgotaram o Pavilhão Atlântico aprovando a versão revista e actualizada de The Wall.
Cerca de 16 mil pessoas em ambiente familiar provaram que The Wall é um dos discos mais transversais a todas as gerações da história do rock. Muito mais do que um simples concerto como se tinha visto em 2006 no Rock in Rio quando Waters apresentou The Dark Side of The Moon, The Wall é um autêntico musical vivido a três dimensões dividido em duas partes de uma hora cada com um intervalo de 25 minutos pelo meio. Uma experiência única que faz muito mais sentido para quem há três décadas viu o filme e ouviu os discos vezes sem conta.
Para os fãs dos Pink Floyd que passaram os anos 80 fascinados com a banda, esta noite terá sido emocionante não só por verem as imagens de marca em grande definição e dimensão como é o caso do exército de martelos, os insufláveis associados ao imaginário dos temas «Mother», «Another Brick In The Wall» ou o famoso porco voador mas também porque as mensagens genéricas à volta deste muro foram adaptadas aos dias de hoje sem grande esforço o que deve impressionar as gerações mais recentes.
É dificil eleger os melhores momentos da noite uma vez que as duas partes estão recheadas de momentos épicos. Musicalmente o destaque tem que ir para «Another Brick In The Wall» um hino que não vamos ouvir muitas mais vezes cantado na voz de Roger Waters, que por cá contou com a ajuda de um coro de 15 miúdos da associação cultural da Cova da Moura. Deliciados, espantaram o gigante professor insuflado.
Surpreendente a versão de «Mother» em que Roger Waters cantou em dueto consigo! Recuperou a sua interpretação de um concerto em Londres dos anos 80 que foi projectada em imagem e voz enquanto juntou a sua voz ao vivo resultando num belo momento.
Também «Goodbye Blue Sky» esteve à altura da grandeza como a maior parte dos temas tocados, diga-se. A excepção ficou para um solo absolutamente assassino que pintou o muro de azeite puro estragando o clássico «Comfortably Numb». A imagem do guitarrista no topo do muro todo erguido a abanar a cabeleira enquanto solava é coisa para alimentar pesadelos durante algumas semanas.
O musical segue a lógica de construção do muro durante a primeira parte que acaba com o clássico «Goodbye Cruel World» com Waters a espreitar antes de ser colocado o último tijolo no muro. O sistema de iluminação e projecção de imagens faz as delícias dos nossos olhos durante a segunda parte onde chega a dar a ilusão que os tijolos estão a cair várias vezes. É inesquecível a projecção de algumas partes do filme que dá nome ao espectáculo naquela tela gigante, chega mesmo a dar a ideia que estamos perante um ecrã cinematográfico.
Em 2011, The Wall continua a fazer sentido. Atira-se ao consumismo expondo mesmo algumas marcas de automóveis ou gasolineiras, lembra que a Big Mother passou a Big Brother e está de olho em nós, e não esquece a geração iPod mostrando palavras derivadas como iKill, iLose, iProfit.
É um excelente trabalho de actualização e uma produção majestosa que marca o regresso de Roger Waters aos palcos. Uma das bandas sonoras das nossas vidas ao vivo e a cores para que possamos dizer que 30 anos depois vimos o avião sobre as nossas cabeças a aterrar contra o muro acabando em chamas. Marcante hoje tal como tinha sido quando nasceu o muro de Waters. Pena é que se passe uma vida e não consigamos ver por cá os Pink Floyd, ou o que resta deles, em versão conjunta. Já tivemos a banda sem Roger Waters, temos Waters sem a banda e até grupos de tributo que enchem salas... Talvez ainda aconteça, sabe-se lá o que está por detrás do muro.
Lisboa teve o privilégio de ser a primeira cidade a receber o renovado muro de Roger Waters. Os fãs portugueses desprezaram a crise e esgotaram o Pavilhão Atlântico aprovando a versão revista e actualizada de The Wall.
Cerca de 16 mil pessoas em ambiente familiar provaram que The Wall é um dos discos mais transversais a todas as gerações da história do rock. Muito mais do que um simples concerto como se tinha visto em 2006 no Rock in Rio quando Waters apresentou The Dark Side of The Moon, The Wall é um autêntico musical vivido a três dimensões dividido em duas partes de uma hora cada com um intervalo de 25 minutos pelo meio. Uma experiência única que faz muito mais sentido para quem há três décadas viu o filme e ouviu os discos vezes sem conta.
Para os fãs dos Pink Floyd que passaram os anos 80 fascinados com a banda, esta noite terá sido emocionante não só por verem as imagens de marca em grande definição e dimensão como é o caso do exército de martelos, os insufláveis associados ao imaginário dos temas «Mother», «Another Brick In The Wall» ou o famoso porco voador mas também porque as mensagens genéricas à volta deste muro foram adaptadas aos dias de hoje sem grande esforço o que deve impressionar as gerações mais recentes.
É dificil eleger os melhores momentos da noite uma vez que as duas partes estão recheadas de momentos épicos. Musicalmente o destaque tem que ir para «Another Brick In The Wall» um hino que não vamos ouvir muitas mais vezes cantado na voz de Roger Waters, que por cá contou com a ajuda de um coro de 15 miúdos da associação cultural da Cova da Moura. Deliciados, espantaram o gigante professor insuflado.
Surpreendente a versão de «Mother» em que Roger Waters cantou em dueto consigo! Recuperou a sua interpretação de um concerto em Londres dos anos 80 que foi projectada em imagem e voz enquanto juntou a sua voz ao vivo resultando num belo momento.
Também «Goodbye Blue Sky» esteve à altura da grandeza como a maior parte dos temas tocados, diga-se. A excepção ficou para um solo absolutamente assassino que pintou o muro de azeite puro estragando o clássico «Comfortably Numb». A imagem do guitarrista no topo do muro todo erguido a abanar a cabeleira enquanto solava é coisa para alimentar pesadelos durante algumas semanas.
O musical segue a lógica de construção do muro durante a primeira parte que acaba com o clássico «Goodbye Cruel World» com Waters a espreitar antes de ser colocado o último tijolo no muro. O sistema de iluminação e projecção de imagens faz as delícias dos nossos olhos durante a segunda parte onde chega a dar a ilusão que os tijolos estão a cair várias vezes. É inesquecível a projecção de algumas partes do filme que dá nome ao espectáculo naquela tela gigante, chega mesmo a dar a ideia que estamos perante um ecrã cinematográfico.
Em 2011, The Wall continua a fazer sentido. Atira-se ao consumismo expondo mesmo algumas marcas de automóveis ou gasolineiras, lembra que a Big Mother passou a Big Brother e está de olho em nós, e não esquece a geração iPod mostrando palavras derivadas como iKill, iLose, iProfit.
É um excelente trabalho de actualização e uma produção majestosa que marca o regresso de Roger Waters aos palcos. Uma das bandas sonoras das nossas vidas ao vivo e a cores para que possamos dizer que 30 anos depois vimos o avião sobre as nossas cabeças a aterrar contra o muro acabando em chamas. Marcante hoje tal como tinha sido quando nasceu o muro de Waters. Pena é que se passe uma vida e não consigamos ver por cá os Pink Floyd, ou o que resta deles, em versão conjunta. Já tivemos a banda sem Roger Waters, temos Waters sem a banda e até grupos de tributo que enchem salas... Talvez ainda aconteça, sabe-se lá o que está por detrás do muro.
LEGIÃO URBANA
Legião Urbana foi uma banda brasileira de rock surgida em Brasília ativa entre 1982 e 1996. Ao todo, lançaram treze álbuns, somando mais de 20 milhões de discos vendidos. Ainda hoje, é o terceiro grupo musical da gravadora EMI que mais vende discos de catálogo em todo o mundo, com uma média de 250 mil cópias por ano. O fim do grupo foi marcado pelo falecimento de seu líder e vocalista, Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. A banda é uma das recordistas de vendas de discos no Brasil incluído premiações da ABPD com dois Discos de Diamante pelos álbuns Que País É Este de 1987 e Acústico MTV de 1999.
HISTÓRIA
A banda foi formada em agosto de 1982 após uma discussão de Renato Russo com sua banda antiga, o Aborto Elétrico, devido a uma briga com o integrante Fê Lemos (bateria). Com o fim da banda, Fê Lemos e seu irmão, Flavio Lemos (contrabaixo), reunem-se com Dinho Ouro Preto e formam o Capital Inicial. Para compor, Renato Russo se inspirava em bandas como The Beatles, Ramones, The Smiths, The Cure, Talking Heads e Joy Division e no filósofo Jean-Jacques Rousseau (daí a inspiração para o nome artístico).
O COMEÇO
A primeira apresentação da Legião Urbana aconteceu em 5 de setembro de 1982 na cidade mineira de Patos de Minas, durante o festival Rock no Parque, que contou com outras oito atrações, entre elas a Plebe Rude, abrindo o show para a Legião.
Esse foi o único concerto em que a banda apareceu com a sua primeira formação: Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista), hoje conhecido como Kadu Lambach. Após a apresentação, Paulo Paulista e Eduardo Paraná deixaram a Legião. O próximo guitarrista seria Ico Ouro-Preto (irmão de Dinho Ouro-Preto, vocalista do Capital Inicial), mas foi logo substituído por Dado Villa-Lobos, que assumiu a guitarra da Legião em março de 1983.
O SUCESSO
Em 23 de julho de 1983, a Legião faz no Circo Voador, Rio de Janeiro, um concerto que mudaria a história da banda. Após a apresentação, eles são convidados a gravar uma fita demo com a EMI. No ano seguinte, por indicação de Marcelo Bonfá, entra o baixista Renato Rocha e começa então a gravação do primeiro disco.
O primeiro álbum Legião Urbana, lançado em 2 de janeiro de 1985, é extremamente politizado, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira. Paralelo a isso, possui canções de amor que foram marcantes na história da música brasileira, como "Será", "Ainda é cedo" e "Por Enquanto", esta última que é considerada como a melhor faixa de encerramento de um disco, segundo Arthur Dapieve, crítico e amigo de Renato Russo. "Geração Coca-Cola" é outra música famosa deste álbum.
O segundo álbum, Dois, foi lançado em 1986. O disco deveria ser duplo e se chamar Mitologia e Intuição, mas o projeto foi recusado pela gravadora, fazendo com que o disco saísse simples. A primeira música, "Daniel na Cova dos Leões" é iniciada com um pouco da canção "Será" envolto a ruídos de rádio e do hino da Internacional Socialista. É o segundo álbum mais vendido da banda, com mais de 1,2 milhão de cópias, e considerado por muitos o mais romântico. "Tempo Perdido" fez um grande sucesso e se tornou um dos clássicos da Legião. "Eduardo e Mônica", "Índios" e "Quase Sem Querer" também fizeram muito sucesso.
Que País É Este 1978/1987 pode ser considerada a primeira coletânea feita pela banda de Brasília, embora todas as faixas tivessem sido regravadas e produzidas para este álbum em estúdio. A maioria destas músicas foram propositalmente gravadas em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez). Este material foi programado para entrar no antigo projeto Mitologia e Intuição, que foi abortado pela gravadora. Das nove canções do disco, apenas "Eu sei", "Angra dos Reis" e "Mais do Mesmo" não eram do antigo Aborto Elétrico. Esta é a obra mais punk da Legião Urbana e contém em seu encarte uma breve história do grupo. Foi o último trabalho oficial com a participação do então baixista Renato Rocha. Seu título provisório era Mais do Mesmo. As maiores músicas deste álbum foram "Que País É Este", "Faroeste Caboclo" e "Angra dos Reis".
O álbum As Quatro Estações de 1989 é considerado por muitos o melhor e mais inspirado trabalho do grupo, inclusive pelo próprio Renato Russo, além de conter o maior número de hits: são onze canções, das quais pelo menos nove foram tocadas incessantemente nas rádios. É o álbum mais vendido da Legião, com mais de 1,7 milhão de cópias[carece de fontes?], é também considerado o disco mais "religioso". O baixista Renato Rocha tocou com o trio nos três primeiros álbuns e chegou a gravar o baixo de algumas faixas desse álbum, mas deixou o grupo devido a desentendimentos com os outros membros. As linhas de baixo originalmente gravadas por Rocha foram regravadas por Dado e Renato, que se revezaram nos baixos e guitarras. Músicas legendárias como "Pais e Filhos" e "Monte Castelo" fizeram parte deste álbum.
Lançado em Novembro de 1991, V é o disco mais melancólico. Renato estava em um momento complicado de sua vida, com a descoberta de que era soropositivo um ano e meio antes, problemas no relacionamento com o namorado americano, Robert Scott Hickman, e alcoolismo. O álbum é recheado de canções atípicas para os "padrões" da banda. A atmosfera de "Metal Contra as Nuvens", com seus mais de onze minutos de duração, é um dos destaques, assim como a densa "A Montanha Mágica". A crítica social de "O Teatro dos Vampiros" e a melancólica "Vento no Litoral" foram as mais tocadas neste CD.
O álbum O Descobrimento do Brasil de 1993, época em que Renato Russo tinha iniciado o tratamento para livrar-se da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. Ainda assim, as letras oscilam entre tristeza e alegria, encontros e despedidas. É como se, para seguir em frente, fosse necessário deixar muitas coisas para trás, e não se pudesse fazer isso sem uma boa dose de nostalgia. Desta forma, Descobrimento é um álbum com fortes notas de esperança, mas permeado por tristeza e saudosismo. Ainda assim, é considerado por muitos o álbum mais "alegre" e delicado da Legião Urbana. Apesar de boas vendas, o CD não foi muito tocado nas rádios. As faixas de sucesso foram "Giz", "Vinte e Nove" e "Perfeição", música essa que foi na época uma pesada crítica ao Brasil.
FIM DA BANDA
O último concerto da Legião Urbana aconteceu em 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações "Reggae Night" em Santos, litoral do estado de São Paulo. No mesmo ano, todos os discos de estúdio da banda até 1993 foram remasterizados no lendário estúdio britânico Abbey Road Studios, em Londres, famoso por vários discos dos Beatles; e lançados em uma lata, intitulada "Por Enquanto 1984-1995". A lata também incluía um pequeno livro, com um texto escrito pelo antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico Herbert Vianna.
A Tempestade ou O Livro dos Dias, lançado em 20 de setembro de 1996, foi o último da banda. Além disso, o álbum possui densas músicas, alternando o rock clássico de "Natália" e "Dezesseis", ao lirismo de "L'Aventura", "A Via Láctea", "Leila", "1º de Julho" e "O Livro dos Dias" e ao classicismo de "Longe do Meu Lado".
As letras, em geral, abordam temas como solidão, passado, amor, depressão, homossexualidade, AIDS, intolerância e injustiças, sendo um disco "melodramático" e de alma triste.
Algumas canções do disco sugerem uma despedida antecipada, como diz o trecho "e quando eu for embora, não, não chore por mim", da canção "Música Ambiente". As fotos do encarte foram tiradas próximas à época do lançamento, exceto a de Renato, que foi aproveitada da sessão de fotos do seu álbum solo Equilíbrio Distante de 1995, já que o cantor, um pouco debilitado, se recusou a fotografar para o disco. O álbum A Tempestade foi lançado inicialmente na época como um clássico livrinho com capa de papelão e anos depois relançado como álbum comum (caixa de plástico). A foto do guitarrista Dado é diferente entre as duas versões. Com exceção de "A Via Láctea", as demais faixas do álbum possuem apenas a voz guia de Renato, que não quis gravar as vozes definitivas. Também não foram incluídas as frases "Urbana Legio Omnia Vincit" e "Ouça no Volume Máximo", presentes nos discos do grupo. Em seu lugar, uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma República Federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".
O fim oficial da banda aconteceu em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do mentor, líder e fundador da banda. Renato Russo faleceu 21 dias após o lançamento de A Tempestade, no dia 11 de Outubro de 1996.
Uma Outra Estação foi um álbum póstumo. A ideia original era de que A Tempestade fosse um álbum duplo. Como saiu simples, as sobras de estúdio foram compiladas nesse álbum de 1997. Canções como "Clarisse" ficaram de fora do álbum anterior por desejo do próprio Renato, que a considerava com uma temática muito pesada. A letra da canção "Sagrado Coração" consta no encarte porém não possui registro da voz de Renato. O álbum conta com participações especiais como Renato Rocha, baixista dos primeiros discos da Legião, e Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso.
A banda então prossegue fazendo sucesso e vendendo muitos discos[carece de fontes?], e se seguem muitas entrevistas e reportagens com os ex-integrantes, Dado e Bonfá. Muitos começam a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado por alguns até mesmo como um herói, embora sem nenhum feito heroico, mas perpetuado como um portador de uma visão crítica e realista.
COMUNICADO SOBRE A "VOLTA" DA LEGIÃO URBANA
Em 05 de Setembro de 2009, o site oficial da banda divulgou um comunicado, em nome da família Manfredini, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e da gravadora EMI, esclarecendo que a Legião Urbana não voltaria às suas atividades, ao contrário das informações que circulavam através de boatos, uma vez por respeito a Renato Russo que jamais seria substituído. Ainda no intuito de aniquilar falsas informações, deixa claro que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos não pretendem formar uma nova banda juntos para evitarem comparações.
No entanto, como o assunto sobre "a volta" da banda andava em alta, tanto nos jornais de grande circulação, tabloides eletrônicos ou mesmo nos sites de discussão e relacionamento (principalmente por conta do show que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá realizaram no festival Porão do Rock, no dia 20 de setembro de 2009 em Brasília), o comunicado fez questão de reiterar que os integrantes não pretendiam retomar a banda, mas tão somente existiria uma "possibilidade" para que fosse realizada uma única turnê, com cantores convidados, contando ainda com uma banda de apoio, formada por músicos uruguaios. No entanto, nada estaria confirmado.
O comunicado deixa registrado também o intuito do site oficial da banda, que é "estreitar os vínculos entre a obra da banda e seu público", além de se tornar uma fonte de comunicação oficial.
Integrantes
Última formação
Renato Russo (voz, baixo, violão e teclados)
Dado Villa-Lobos (guitarra, violões, e viola de, além de algumas percussões)
Marcelo Bonfá (bateria e percussão)
Integrantes de apoio
Carlos Trilha (teclado e piano)
Bruno Araújo - (baixo)
Tom Capone - (arranjos),etc.
Fred Nascimento (Violões)
Mú Carvalho (teclados)
Ex-integrantes
Renato Rocha (baixo)
Ico Ouro-Preto (guitarra)
Paulo Paulista (teclado)
Eduardo Paraná (guitarra)
Artistas convidados
Gian Fabra - Álbum "Como é que se diz eu te amo" (2001) (contrabaixo elétrico)
Tavinho Fialho - Álbum " V " (1991) (contrabaixo elétrico)
Discografia
Álbuns de estúdio
Legião Urbana (1985)
Dois (1986)
Que País É Este (1987)
As Quatro Estações (1989)
V (1991)
O Descobrimento do Brasil (1993)
A Tempestade (1996)
Uma Outra Estação (1997)
Álbuns ao vivo e Coletâneas
Música para Acampamentos (1992) (coletânea de gravações ao vivo)
Mais do Mesmo (1998) (coletânea)
Acústico MTV Legião Urbana (1999) (gravado ao vivo em 1992)
Como É que Se Diz Eu Te Amo (2001) (gravado ao vivo em 1994 na turnê de "O Descobrimento do Brasil")
As Quatro Estações ao Vivo (2004) (gravado ao vivo em 1990 na turnê de "As Quatro Estações")
Legião Urbana e Paralamas Juntos (2009) (gravado ao vivo em 1988)
Perfil (2011) (coletânea)
CURIOSIDADES
LEMA
Presente em quase todos os encartes de álbum da banda, a frase em latim Urbana Legio omnia vincit (Legião Urbana a tudo vence), adaptação feita por Renato Russo do mote Romana legio omnia vincit (Legião romana a tudo vence), criado pelo ditador Júlio César, tornou-se o lema da banda. Entre os poucos álbuns em que o epíteto não aparece, está A Tempestade, último trabalho da banda lançado com Russo ainda em vida e no qual o vocalista já se encontrava em avançado estágio da AIDS.
A banda gravada por outros intérpretes
As canções da Legião Urbana inspiraram regravações por músicos das mais diversas estéticas e tendências. Entre as releituras mais conhecidas estão a de Cássia Eller, para "Por Enquanto" e "1° de Julho"; Pato Fu, para "Eu Sei"; Paralamas do Sucesso, para "Química" e "Que País é Este?"; Jerry Adriani, para "Monte Castelo"; Zélia Duncan, Reação em cadeia e Maria Gadú, para "Quase Sem Querer" Ira!, para "Teorema"; Lulu Santos, para "Índios", Titãs e ainda a banda portuguesa The Gift, para "Sete Cidades" e "Que País é Este?", Capital Inicial, para "Que País é Este?"; do Barão Vermelho, para "Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto" e do Charlie Brown Jr para "Baader-Meinhof Blues".
HISTÓRIA
A banda foi formada em agosto de 1982 após uma discussão de Renato Russo com sua banda antiga, o Aborto Elétrico, devido a uma briga com o integrante Fê Lemos (bateria). Com o fim da banda, Fê Lemos e seu irmão, Flavio Lemos (contrabaixo), reunem-se com Dinho Ouro Preto e formam o Capital Inicial. Para compor, Renato Russo se inspirava em bandas como The Beatles, Ramones, The Smiths, The Cure, Talking Heads e Joy Division e no filósofo Jean-Jacques Rousseau (daí a inspiração para o nome artístico).
O COMEÇO
A primeira apresentação da Legião Urbana aconteceu em 5 de setembro de 1982 na cidade mineira de Patos de Minas, durante o festival Rock no Parque, que contou com outras oito atrações, entre elas a Plebe Rude, abrindo o show para a Legião.
Esse foi o único concerto em que a banda apareceu com a sua primeira formação: Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista), hoje conhecido como Kadu Lambach. Após a apresentação, Paulo Paulista e Eduardo Paraná deixaram a Legião. O próximo guitarrista seria Ico Ouro-Preto (irmão de Dinho Ouro-Preto, vocalista do Capital Inicial), mas foi logo substituído por Dado Villa-Lobos, que assumiu a guitarra da Legião em março de 1983.
O SUCESSO
Em 23 de julho de 1983, a Legião faz no Circo Voador, Rio de Janeiro, um concerto que mudaria a história da banda. Após a apresentação, eles são convidados a gravar uma fita demo com a EMI. No ano seguinte, por indicação de Marcelo Bonfá, entra o baixista Renato Rocha e começa então a gravação do primeiro disco.
O primeiro álbum Legião Urbana, lançado em 2 de janeiro de 1985, é extremamente politizado, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira. Paralelo a isso, possui canções de amor que foram marcantes na história da música brasileira, como "Será", "Ainda é cedo" e "Por Enquanto", esta última que é considerada como a melhor faixa de encerramento de um disco, segundo Arthur Dapieve, crítico e amigo de Renato Russo. "Geração Coca-Cola" é outra música famosa deste álbum.
O segundo álbum, Dois, foi lançado em 1986. O disco deveria ser duplo e se chamar Mitologia e Intuição, mas o projeto foi recusado pela gravadora, fazendo com que o disco saísse simples. A primeira música, "Daniel na Cova dos Leões" é iniciada com um pouco da canção "Será" envolto a ruídos de rádio e do hino da Internacional Socialista. É o segundo álbum mais vendido da banda, com mais de 1,2 milhão de cópias, e considerado por muitos o mais romântico. "Tempo Perdido" fez um grande sucesso e se tornou um dos clássicos da Legião. "Eduardo e Mônica", "Índios" e "Quase Sem Querer" também fizeram muito sucesso.
Que País É Este 1978/1987 pode ser considerada a primeira coletânea feita pela banda de Brasília, embora todas as faixas tivessem sido regravadas e produzidas para este álbum em estúdio. A maioria destas músicas foram propositalmente gravadas em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez). Este material foi programado para entrar no antigo projeto Mitologia e Intuição, que foi abortado pela gravadora. Das nove canções do disco, apenas "Eu sei", "Angra dos Reis" e "Mais do Mesmo" não eram do antigo Aborto Elétrico. Esta é a obra mais punk da Legião Urbana e contém em seu encarte uma breve história do grupo. Foi o último trabalho oficial com a participação do então baixista Renato Rocha. Seu título provisório era Mais do Mesmo. As maiores músicas deste álbum foram "Que País É Este", "Faroeste Caboclo" e "Angra dos Reis".
O álbum As Quatro Estações de 1989 é considerado por muitos o melhor e mais inspirado trabalho do grupo, inclusive pelo próprio Renato Russo, além de conter o maior número de hits: são onze canções, das quais pelo menos nove foram tocadas incessantemente nas rádios. É o álbum mais vendido da Legião, com mais de 1,7 milhão de cópias[carece de fontes?], é também considerado o disco mais "religioso". O baixista Renato Rocha tocou com o trio nos três primeiros álbuns e chegou a gravar o baixo de algumas faixas desse álbum, mas deixou o grupo devido a desentendimentos com os outros membros. As linhas de baixo originalmente gravadas por Rocha foram regravadas por Dado e Renato, que se revezaram nos baixos e guitarras. Músicas legendárias como "Pais e Filhos" e "Monte Castelo" fizeram parte deste álbum.
Lançado em Novembro de 1991, V é o disco mais melancólico. Renato estava em um momento complicado de sua vida, com a descoberta de que era soropositivo um ano e meio antes, problemas no relacionamento com o namorado americano, Robert Scott Hickman, e alcoolismo. O álbum é recheado de canções atípicas para os "padrões" da banda. A atmosfera de "Metal Contra as Nuvens", com seus mais de onze minutos de duração, é um dos destaques, assim como a densa "A Montanha Mágica". A crítica social de "O Teatro dos Vampiros" e a melancólica "Vento no Litoral" foram as mais tocadas neste CD.
O álbum O Descobrimento do Brasil de 1993, época em que Renato Russo tinha iniciado o tratamento para livrar-se da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. Ainda assim, as letras oscilam entre tristeza e alegria, encontros e despedidas. É como se, para seguir em frente, fosse necessário deixar muitas coisas para trás, e não se pudesse fazer isso sem uma boa dose de nostalgia. Desta forma, Descobrimento é um álbum com fortes notas de esperança, mas permeado por tristeza e saudosismo. Ainda assim, é considerado por muitos o álbum mais "alegre" e delicado da Legião Urbana. Apesar de boas vendas, o CD não foi muito tocado nas rádios. As faixas de sucesso foram "Giz", "Vinte e Nove" e "Perfeição", música essa que foi na época uma pesada crítica ao Brasil.
FIM DA BANDA
O último concerto da Legião Urbana aconteceu em 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações "Reggae Night" em Santos, litoral do estado de São Paulo. No mesmo ano, todos os discos de estúdio da banda até 1993 foram remasterizados no lendário estúdio britânico Abbey Road Studios, em Londres, famoso por vários discos dos Beatles; e lançados em uma lata, intitulada "Por Enquanto 1984-1995". A lata também incluía um pequeno livro, com um texto escrito pelo antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico Herbert Vianna.
A Tempestade ou O Livro dos Dias, lançado em 20 de setembro de 1996, foi o último da banda. Além disso, o álbum possui densas músicas, alternando o rock clássico de "Natália" e "Dezesseis", ao lirismo de "L'Aventura", "A Via Láctea", "Leila", "1º de Julho" e "O Livro dos Dias" e ao classicismo de "Longe do Meu Lado".
As letras, em geral, abordam temas como solidão, passado, amor, depressão, homossexualidade, AIDS, intolerância e injustiças, sendo um disco "melodramático" e de alma triste.
Algumas canções do disco sugerem uma despedida antecipada, como diz o trecho "e quando eu for embora, não, não chore por mim", da canção "Música Ambiente". As fotos do encarte foram tiradas próximas à época do lançamento, exceto a de Renato, que foi aproveitada da sessão de fotos do seu álbum solo Equilíbrio Distante de 1995, já que o cantor, um pouco debilitado, se recusou a fotografar para o disco. O álbum A Tempestade foi lançado inicialmente na época como um clássico livrinho com capa de papelão e anos depois relançado como álbum comum (caixa de plástico). A foto do guitarrista Dado é diferente entre as duas versões. Com exceção de "A Via Láctea", as demais faixas do álbum possuem apenas a voz guia de Renato, que não quis gravar as vozes definitivas. Também não foram incluídas as frases "Urbana Legio Omnia Vincit" e "Ouça no Volume Máximo", presentes nos discos do grupo. Em seu lugar, uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma República Federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".
O fim oficial da banda aconteceu em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do mentor, líder e fundador da banda. Renato Russo faleceu 21 dias após o lançamento de A Tempestade, no dia 11 de Outubro de 1996.
Uma Outra Estação foi um álbum póstumo. A ideia original era de que A Tempestade fosse um álbum duplo. Como saiu simples, as sobras de estúdio foram compiladas nesse álbum de 1997. Canções como "Clarisse" ficaram de fora do álbum anterior por desejo do próprio Renato, que a considerava com uma temática muito pesada. A letra da canção "Sagrado Coração" consta no encarte porém não possui registro da voz de Renato. O álbum conta com participações especiais como Renato Rocha, baixista dos primeiros discos da Legião, e Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso.
A banda então prossegue fazendo sucesso e vendendo muitos discos[carece de fontes?], e se seguem muitas entrevistas e reportagens com os ex-integrantes, Dado e Bonfá. Muitos começam a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado por alguns até mesmo como um herói, embora sem nenhum feito heroico, mas perpetuado como um portador de uma visão crítica e realista.
COMUNICADO SOBRE A "VOLTA" DA LEGIÃO URBANA
Em 05 de Setembro de 2009, o site oficial da banda divulgou um comunicado, em nome da família Manfredini, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e da gravadora EMI, esclarecendo que a Legião Urbana não voltaria às suas atividades, ao contrário das informações que circulavam através de boatos, uma vez por respeito a Renato Russo que jamais seria substituído. Ainda no intuito de aniquilar falsas informações, deixa claro que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos não pretendem formar uma nova banda juntos para evitarem comparações.
No entanto, como o assunto sobre "a volta" da banda andava em alta, tanto nos jornais de grande circulação, tabloides eletrônicos ou mesmo nos sites de discussão e relacionamento (principalmente por conta do show que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá realizaram no festival Porão do Rock, no dia 20 de setembro de 2009 em Brasília), o comunicado fez questão de reiterar que os integrantes não pretendiam retomar a banda, mas tão somente existiria uma "possibilidade" para que fosse realizada uma única turnê, com cantores convidados, contando ainda com uma banda de apoio, formada por músicos uruguaios. No entanto, nada estaria confirmado.
O comunicado deixa registrado também o intuito do site oficial da banda, que é "estreitar os vínculos entre a obra da banda e seu público", além de se tornar uma fonte de comunicação oficial.
Integrantes
Última formação
Renato Russo (voz, baixo, violão e teclados)
Dado Villa-Lobos (guitarra, violões, e viola de, além de algumas percussões)
Marcelo Bonfá (bateria e percussão)
Integrantes de apoio
Carlos Trilha (teclado e piano)
Bruno Araújo - (baixo)
Tom Capone - (arranjos),etc.
Fred Nascimento (Violões)
Mú Carvalho (teclados)
Ex-integrantes
Renato Rocha (baixo)
Ico Ouro-Preto (guitarra)
Paulo Paulista (teclado)
Eduardo Paraná (guitarra)
Artistas convidados
Gian Fabra - Álbum "Como é que se diz eu te amo" (2001) (contrabaixo elétrico)
Tavinho Fialho - Álbum " V " (1991) (contrabaixo elétrico)
Discografia
Álbuns de estúdio
Legião Urbana (1985)
Dois (1986)
Que País É Este (1987)
As Quatro Estações (1989)
V (1991)
O Descobrimento do Brasil (1993)
A Tempestade (1996)
Uma Outra Estação (1997)
Álbuns ao vivo e Coletâneas
Música para Acampamentos (1992) (coletânea de gravações ao vivo)
Mais do Mesmo (1998) (coletânea)
Acústico MTV Legião Urbana (1999) (gravado ao vivo em 1992)
Como É que Se Diz Eu Te Amo (2001) (gravado ao vivo em 1994 na turnê de "O Descobrimento do Brasil")
As Quatro Estações ao Vivo (2004) (gravado ao vivo em 1990 na turnê de "As Quatro Estações")
Legião Urbana e Paralamas Juntos (2009) (gravado ao vivo em 1988)
Perfil (2011) (coletânea)
CURIOSIDADES
LEMA
Presente em quase todos os encartes de álbum da banda, a frase em latim Urbana Legio omnia vincit (Legião Urbana a tudo vence), adaptação feita por Renato Russo do mote Romana legio omnia vincit (Legião romana a tudo vence), criado pelo ditador Júlio César, tornou-se o lema da banda. Entre os poucos álbuns em que o epíteto não aparece, está A Tempestade, último trabalho da banda lançado com Russo ainda em vida e no qual o vocalista já se encontrava em avançado estágio da AIDS.
A banda gravada por outros intérpretes
As canções da Legião Urbana inspiraram regravações por músicos das mais diversas estéticas e tendências. Entre as releituras mais conhecidas estão a de Cássia Eller, para "Por Enquanto" e "1° de Julho"; Pato Fu, para "Eu Sei"; Paralamas do Sucesso, para "Química" e "Que País é Este?"; Jerry Adriani, para "Monte Castelo"; Zélia Duncan, Reação em cadeia e Maria Gadú, para "Quase Sem Querer" Ira!, para "Teorema"; Lulu Santos, para "Índios", Titãs e ainda a banda portuguesa The Gift, para "Sete Cidades" e "Que País é Este?", Capital Inicial, para "Que País é Este?"; do Barão Vermelho, para "Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto" e do Charlie Brown Jr para "Baader-Meinhof Blues".
POUCA VOGAL
Pouca Vogal é um projeto paralelo de rock brasileiro criado pelos cantores gaúchos Duca Leindecker (líder e guitarrista da banda Cidadão Quem) e Humberto Gessinger (líder e baixista do grupo Engenheiros do Hawaii).
INICIO
INICIO
Amigos desde o fim dos anos 80, Humberto Gessinger e Duca Leindecker são band-leaders de duas das maiores bandas do rock gaúcho, os Engenheiros do Hawaii e a Cidadão Quem.
No ano de 2008, ambas as bandas encerraram as turnês dos seus respectivos discos (Novos Horizontes, álbum acústico lançado pelos Engenheiros em 2007; e 7, álbum de estúdio do Cidadão Quem, lançado em 2006), interrompendo as atividades das bandas e viabilizando a realização do projeto, há bastante tempo idealizado pelos cantores.
A dupla gravou oito canções em arranjos eletro-acústicos, que foram lançados no website oficial do grupo e deram origem ao álbum Pouca Vogal - Gessinger+Leindecker. Posteriormente à gravação das mesmas, a dupla vem fazendo shows por várias cidades do país.
Em março de 2009, o duo gravou o CD, DVD e Blu-ray Pouca Vogal Ao Vivo Em Porto Alegre, no teatro do CIEE, na capital gaúcha. O show reúne músicas dos Engenheiros e da Cidadão Quem, além das músicas que a dupla compôs durante o ano de 2008. Além das canções, o DVD tem as participações da orquestra gaúcha PoA Pops, sob regência do maestro Fernando Cordella, com os arranjos de Tiago Kreutzer; e do baixista Luciano Leindecker (irmão de Duca e baixista do Cidadão Quem), tocando o contrabaixo e um instrumento criado por ele, chamado quince.
Gravado de maneira independente, houve um intervalo de nove meses entre sua gravação e seu lançamento, através da gravadora carioca Som Livre (ligada às Organizações Globo).
Segundo Gessinger em 2011 os Engenheiros podem voltar, (lembrando que isto já foi especulado no início de 2010). Duca interrompeu os trabalhos da Cidadão Quem devido ao tratamento do irmão e baixista Luciano, que se recupera de um câncer.
FORMAÇÃO
No ano de 2008, ambas as bandas encerraram as turnês dos seus respectivos discos (Novos Horizontes, álbum acústico lançado pelos Engenheiros em 2007; e 7, álbum de estúdio do Cidadão Quem, lançado em 2006), interrompendo as atividades das bandas e viabilizando a realização do projeto, há bastante tempo idealizado pelos cantores.
A dupla gravou oito canções em arranjos eletro-acústicos, que foram lançados no website oficial do grupo e deram origem ao álbum Pouca Vogal - Gessinger+Leindecker. Posteriormente à gravação das mesmas, a dupla vem fazendo shows por várias cidades do país.
Em março de 2009, o duo gravou o CD, DVD e Blu-ray Pouca Vogal Ao Vivo Em Porto Alegre, no teatro do CIEE, na capital gaúcha. O show reúne músicas dos Engenheiros e da Cidadão Quem, além das músicas que a dupla compôs durante o ano de 2008. Além das canções, o DVD tem as participações da orquestra gaúcha PoA Pops, sob regência do maestro Fernando Cordella, com os arranjos de Tiago Kreutzer; e do baixista Luciano Leindecker (irmão de Duca e baixista do Cidadão Quem), tocando o contrabaixo e um instrumento criado por ele, chamado quince.
Gravado de maneira independente, houve um intervalo de nove meses entre sua gravação e seu lançamento, através da gravadora carioca Som Livre (ligada às Organizações Globo).
Segundo Gessinger em 2011 os Engenheiros podem voltar, (lembrando que isto já foi especulado no início de 2010). Duca interrompeu os trabalhos da Cidadão Quem devido ao tratamento do irmão e baixista Luciano, que se recupera de um câncer.
FORMAÇÃO
Humberto Gessinger - voz, violão, viola caipira, harmônica, piano, percussão eletrônica, midi pedalboard e dobro
Duca Leindecker - voz, guitarra, violão, pandeirola e bumbo
Duca Leindecker - voz, guitarra, violão, pandeirola e bumbo
CONVIDADOS
Carlos Maltz - percussão e voz
Luciano Leindecker - baixo
Renato Borghetti - sanfona
Luciano Leindecker - baixo
Renato Borghetti - sanfona
DISCOGRAFIA
Pouca Vogal - Gessinger+Leindecker - 2008
Ao Vivo Em Porto Alegre - 2009
Ao Vivo Em Porto Alegre - 2009
ALICE COOPER: CONFIRMADOS SHOWS NO BRASIL EM MAIO E JUNHO
Acabou de ser publicado no site oficial de Alice Cooper: o lendário cantor fará três shows no Brasil no final de maio e começo de junho. As apresentações acontecerão em Porto Alegre (dia 31/05, no Pepsi On Stage), em São Paulo (02/06, Credicard Hall) e em Curitiba (03/06, Master Hall).
Os shows prometem ser históricos porque, além da parafernália teatral característica de Alice Cooper, marcam o retorno do guitarrista Steve Hunter, que tocou nos álbuns "Billion Dollar Babies" (1973), "Muscle of Love" (1973), "Welcome to My Nightmare" (1975) e "Alice Cooper Goes to Hell" (1976). Os concertos fazem parte da turnê No More Mr Nice Guy – The Original Evil Returns.
Os shows prometem ser históricos porque, além da parafernália teatral característica de Alice Cooper, marcam o retorno do guitarrista Steve Hunter, que tocou nos álbuns "Billion Dollar Babies" (1973), "Muscle of Love" (1973), "Welcome to My Nightmare" (1975) e "Alice Cooper Goes to Hell" (1976). Os concertos fazem parte da turnê No More Mr Nice Guy – The Original Evil Returns.
segunda-feira, 21 de março de 2011
TONY MARTIN: NOME DE PROJETO COM ROSÉN E LA ROCQUE
O vocalista Tony Martin (BLACK SABBATH), o baxista Magnus Rosén (HAMMERFALL), o guitarrista Andy La Rocque (KING DIAMOND) e o baterista Danny "Danté" Needham (VENOM, TONY MARTIN) uniram forças em um novo “supergrupo” que está no momento adotando BLACK como nome de banda. De acordo com Martin, a primeira música que foi composta durante as sessões iniciais do projeto é chamada "Deathless Soul" e ela "tem um som bem sombrio". Contudo, o vocalista é rápido ao destacar "Eu não espero que tenha completamente essa veia".
O BLACK está atualmente trabalhando no Sonic Train Studios de La Rocque em Varberg, Suécia, bem como na Inglaterra.
Martin fez parte de dois workshops na Suécia no mês passado – na sexta-feira, 25 de fevereiro no Gothenburg's Musikstationen (que é de propriedade de Magnus Rosén e Nikolas Gialtrinos) e no sábado, 26 de fevereiro, no Falköping's Musikskolan.
La Rocque e Rosén anteriormente colaboraram no projeto X-WORLD/5, que lançou seu álbum de estréia, "New Universal Order", na América do Norte em novembro de 2008 pela Locomotive Records. O grupo também incluía o vocalista do PAGAN'S MIND, Nils K. Rue. La Rocque e Rosén também estiveram envolvidos no POWERHOUSE, o supergrupo sueco que incluía Anders Johansson (HAMMERFALL, ex-YNGWIE MALMSTEEN) na bateria, Mats Olausson (ex-YNGWIE MALMSTEEN) no teclado e Mikael Ågren (ex-NOSTRADAMEUS) no vocal e guitarra.
O último álbum solo de Martin, "Scream", foi relançado em 25 de novembro pela MTM Music. O CD trazia o lendário baterista Cozy Powell (BLACK SABBATH, RAINBOW, WHITESNAKE) na faixa "Raising Hell" bem como contribuições nas composições de outro membro do SABBATH, Geoff Nicholls.
O BLACK está atualmente trabalhando no Sonic Train Studios de La Rocque em Varberg, Suécia, bem como na Inglaterra.
Martin fez parte de dois workshops na Suécia no mês passado – na sexta-feira, 25 de fevereiro no Gothenburg's Musikstationen (que é de propriedade de Magnus Rosén e Nikolas Gialtrinos) e no sábado, 26 de fevereiro, no Falköping's Musikskolan.
La Rocque e Rosén anteriormente colaboraram no projeto X-WORLD/5, que lançou seu álbum de estréia, "New Universal Order", na América do Norte em novembro de 2008 pela Locomotive Records. O grupo também incluía o vocalista do PAGAN'S MIND, Nils K. Rue. La Rocque e Rosén também estiveram envolvidos no POWERHOUSE, o supergrupo sueco que incluía Anders Johansson (HAMMERFALL, ex-YNGWIE MALMSTEEN) na bateria, Mats Olausson (ex-YNGWIE MALMSTEEN) no teclado e Mikael Ågren (ex-NOSTRADAMEUS) no vocal e guitarra.
O último álbum solo de Martin, "Scream", foi relançado em 25 de novembro pela MTM Music. O CD trazia o lendário baterista Cozy Powell (BLACK SABBATH, RAINBOW, WHITESNAKE) na faixa "Raising Hell" bem como contribuições nas composições de outro membro do SABBATH, Geoff Nicholls.
sexta-feira, 18 de março de 2011
WHITESNAKE: MAIS DETALHES SOBRE O "FOREVERMORE"
O novo álbum do WHITESNAKE, "Forevermore", que sairá na América do Norte em 29 de março pela Frontiers Records, está agendado para lançamento em quatro diferentes configurações.
"Forevermore" estará disponível como:
* CD single
* combo de CD+DVD: o DVD traz o vídeo da "Love Will Set You Free", o making of "Love Will Set You Free", bem como um documentário com bastidores das gravações do "Forevermore"; o CD inclui três faixas bônus: "Love Will Set You Free" (mixada), "My Evil Ways" (mixada com solo de
bateria) e "Forevermore" (versão acústica)
* edição em vinil com LP duplo
* uma edição especial com Box Set que inclui o CD, o DVD, os LPs bem como uma capa em litografia, um pôster e um adesivo.
O álbum digital já está disponível para pré-venda no site Whitesnake.com e inclui um download instantâneo da faixa "Love Will Set You Free". A pré-venda do álbum está disponível também em todas lojas digitais, sendo que as lojas Amazon estão ofertando a My Evil Ways" (mixada com solo de
bateria) como faixa bônus; enquanto a edição LP da iTunes traz a "Love Will Set You Free" (mixada) e "Forevermore" (versão acústica) como faixas bônus.
O primeiro single do "Forevermore", "Love Will Set You Free", tem esquentado as rádios sendo tocada repetidamente em rádios como WDHA/Nova Jérsei, KGGO/Des Moines, KDKB/Phoenix, WWHG/Madison, WONE/Akron, WLUP/Chicago, KSHE/St. Louis, WAXQ/Nova Iorque e mais.
"Forevermore" vê o fundador/vocalista/compositor David Coverdale e companhia voltando a suas raízes sem barreiras, cheias de blues e sexy. O CD foi gravado, produzido e mixado pelos Los Bros Brutalos (Coverdale, o guitarrista Doug Aldrich e Michael McIntyre).
"Forevermore" será especialmente lançado em uma edição "Snake Pack" pelas três primeiras semanas somente na Inglaterra. Esse lançamento muito especial – promovido em conjunto com a Future Publishing e com a revista Classic Rock – virá como uma edição de colecionador deluxe da revista com 132 páginas mais um pôster e um pin de metal e vai trazer uma capa com arte exclusiva e duas faixas bônus ao vivo, "Slide It In" e "Cheap An' Nasty", que servirão como aperitivo para o CD e DVD ao vivo, "Live At Donington 1990", que será lançado no verão de 2011.
"Forevermore" track listing:
01. Steal Your Heart Away
02. All Out Of Luck
03. Love Will Set You Free
04. Easier Said Than Done
05. Tell Me How
06. I Need You (Shine A Light)
07. One Of These Days
08. Love And Treat Me Right
09. Dogs In The Street
10. Fare Thee Well
11. Whipping Boy Blues
12. My Evil Ways
13. Forevermore
"Forevermore" estará disponível como:
* CD single
* combo de CD+DVD: o DVD traz o vídeo da "Love Will Set You Free", o making of "Love Will Set You Free", bem como um documentário com bastidores das gravações do "Forevermore"; o CD inclui três faixas bônus: "Love Will Set You Free" (mixada), "My Evil Ways" (mixada com solo de
bateria) e "Forevermore" (versão acústica)
* edição em vinil com LP duplo
* uma edição especial com Box Set que inclui o CD, o DVD, os LPs bem como uma capa em litografia, um pôster e um adesivo.
O álbum digital já está disponível para pré-venda no site Whitesnake.com e inclui um download instantâneo da faixa "Love Will Set You Free". A pré-venda do álbum está disponível também em todas lojas digitais, sendo que as lojas Amazon estão ofertando a My Evil Ways" (mixada com solo de
bateria) como faixa bônus; enquanto a edição LP da iTunes traz a "Love Will Set You Free" (mixada) e "Forevermore" (versão acústica) como faixas bônus.
O primeiro single do "Forevermore", "Love Will Set You Free", tem esquentado as rádios sendo tocada repetidamente em rádios como WDHA/Nova Jérsei, KGGO/Des Moines, KDKB/Phoenix, WWHG/Madison, WONE/Akron, WLUP/Chicago, KSHE/St. Louis, WAXQ/Nova Iorque e mais.
"Forevermore" vê o fundador/vocalista/compositor David Coverdale e companhia voltando a suas raízes sem barreiras, cheias de blues e sexy. O CD foi gravado, produzido e mixado pelos Los Bros Brutalos (Coverdale, o guitarrista Doug Aldrich e Michael McIntyre).
"Forevermore" será especialmente lançado em uma edição "Snake Pack" pelas três primeiras semanas somente na Inglaterra. Esse lançamento muito especial – promovido em conjunto com a Future Publishing e com a revista Classic Rock – virá como uma edição de colecionador deluxe da revista com 132 páginas mais um pôster e um pin de metal e vai trazer uma capa com arte exclusiva e duas faixas bônus ao vivo, "Slide It In" e "Cheap An' Nasty", que servirão como aperitivo para o CD e DVD ao vivo, "Live At Donington 1990", que será lançado no verão de 2011.
"Forevermore" track listing:
01. Steal Your Heart Away
02. All Out Of Luck
03. Love Will Set You Free
04. Easier Said Than Done
05. Tell Me How
06. I Need You (Shine A Light)
07. One Of These Days
08. Love And Treat Me Right
09. Dogs In The Street
10. Fare Thee Well
11. Whipping Boy Blues
12. My Evil Ways
13. Forevermore
quarta-feira, 16 de março de 2011
MP3, NÃO!: BON JOVI CRITICA STEVE JOBS
Navegar por uma loja virtual e encontrar as bandas que você curte, conhecer outros sons relacionados e baixar apenas o que você quer ouvir, sem precisar pagar mais para levar junto lados B e outras faixas fadadas ao esquecimento. Parece um bom acordo, certo? Não para Jon Bon Jovi. O rock star americano acusa o cofundador da Apple, Steve Jobs, de destruir o negócio da música ao acabar com a experiência dos álbuns.
Em entrevista a revista Sunday Times, ele disse que o iTunes tornou a aquisição de música muito fácil, tirando dos jovens o prazer de ir a uma loja de discos descobrir novos sons.
"As crianças de hoje perderam a experiência de colocar os fones de ouvido, aumentar o volume até 10 segurando a capa do disco, fechar os olhos e ficar perdido em um álbum. A beleza de levar sua mesada e fazer uma compra baseada na capa, não sabendo como será o som daquele disco, olhando para algumas fotos e apenas imaginando", disse Bon Jovi, provavelmente esquecendo todas as escolhas erradas que fez na vida.
"Deus, era um momento mágico. Odeio soar como um velho, mas eu estou (velho), e aviso o seguinte: daqui a uma geração as pessoas vão perguntar ′O que aconteceu?`. Steve Jobs é pessoalmente responsável por matar o negócio da música", conclui o rock star.
Bon Jovi, no entanto, se esquece também que a digitalização e o mp3 são anteriores ao iTunes e que, antes da loja virtual da Apple, a única forma de se conseguir música pela internet era através de sites de compartilhamento de arquivos que não rendem um tostão para os artistas. Não seja ingrato, Jon.
Em entrevista a revista Sunday Times, ele disse que o iTunes tornou a aquisição de música muito fácil, tirando dos jovens o prazer de ir a uma loja de discos descobrir novos sons.
"As crianças de hoje perderam a experiência de colocar os fones de ouvido, aumentar o volume até 10 segurando a capa do disco, fechar os olhos e ficar perdido em um álbum. A beleza de levar sua mesada e fazer uma compra baseada na capa, não sabendo como será o som daquele disco, olhando para algumas fotos e apenas imaginando", disse Bon Jovi, provavelmente esquecendo todas as escolhas erradas que fez na vida.
"Deus, era um momento mágico. Odeio soar como um velho, mas eu estou (velho), e aviso o seguinte: daqui a uma geração as pessoas vão perguntar ′O que aconteceu?`. Steve Jobs é pessoalmente responsável por matar o negócio da música", conclui o rock star.
Bon Jovi, no entanto, se esquece também que a digitalização e o mp3 são anteriores ao iTunes e que, antes da loja virtual da Apple, a única forma de se conseguir música pela internet era através de sites de compartilhamento de arquivos que não rendem um tostão para os artistas. Não seja ingrato, Jon.
KISS: "REUNIÃO NUNCA MAIS!", DIZ PAUL STANLEY
De acordo com o site PressTelegram.com, o vocalista e guitarrista Paul Stanley, do KISS, disse à CNN que não há possibilidade de uma reunião dos quatro membros originais do Kiss. "A palavra que vem à tona é 'encerramento'. Tivemos bons momentos que se deterioraram ao longo do tempo. Quando fizemos a turnê de despedida eu percebi que eu não queria dizer adeus ao KISS, eu queria dizer adeus a dois dos membros".
O KISS já anunciou planos para entrar no estúdio em março para começar a gravar seu novo álbum a ser lançado ainda no final de 2011. Paul Stanley fará a produção novamente, após as coisas correram de forma tranquila em 2009, com "Sonic Boom". "Paul sabe mais do que qualquer um como um disco do KISS deve soar, para ser honesto com você, então ele vai tomar as rédeas e produzi-lo novamente, e estamos todos muito animados com isso", falou Tommy Thayer, guitarrista da banda.
"Sonic Boom" vendeu 108.000 cópias nos Estados Unidos em sua primeira semana de lançamento ficou em 2ª posição no Top 200 da Billboard. Esta foi a melhor marca já alcançada pela banda.
O KISS já anunciou planos para entrar no estúdio em março para começar a gravar seu novo álbum a ser lançado ainda no final de 2011. Paul Stanley fará a produção novamente, após as coisas correram de forma tranquila em 2009, com "Sonic Boom". "Paul sabe mais do que qualquer um como um disco do KISS deve soar, para ser honesto com você, então ele vai tomar as rédeas e produzi-lo novamente, e estamos todos muito animados com isso", falou Tommy Thayer, guitarrista da banda.
"Sonic Boom" vendeu 108.000 cópias nos Estados Unidos em sua primeira semana de lançamento ficou em 2ª posição no Top 200 da Billboard. Esta foi a melhor marca já alcançada pela banda.
IRON MAIDEN: DETALHES DA COLETÂNEA "FROM FEAR TO ETERNITY"
O IRON MAIDEN anunciou através de seu site oficial o lançamento da coletânea "From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010", que traz 23 músicas do período entre os álbuns "No Prayer for the Dying" (1990) e "The Final Frontier" (2010).
"From Fear to Eternity" será lançado em CD duplo, mas, segundo nota do manager da banda, Rod Smallwood, será vendido pelo preço de um CD simples. O novo título é a sequência de "Somewhere Back in Time: The Best of 1980-1989", lançada em junho de 2008. A compilação também terá uma edição limitada em Picture Vinil triplo!
"From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010" chega às lojas no próximo dia 23 de maio. Confira abaixo o tracklist:
CD1:
1. The Wicker Man 4.36
2. Holy Smoke 3.49
3. El Dorado 6:49
4. Paschendale 8.28
5. Different World 4.19
6. Man on the Edge (Live) 4.40
7. The Reincarnation of Benjamin Breeg 7.22
8. Blood Brothers 7.14
9. Rainmaker 3.49
10. Sign of the Cross (Live) 10.49
11. Brave New World 6.19
12. Fear of the Dark (Live) 7.41
CD2:
1. Be Quick or Be Dead 3.24
2. Tailgunner 4.15
3. No More Lies 7.22
4. Coming Home 5.52
5. The Clansman (Live) 9.06
6. For the Greater Good of God 9.25
7. These Colours Don't Run 6.52
8. Bring Your Daughter ... To the Slaughter 4.44
9. Afraid to Shoot Strangers 6.57
10. Dance of Death 8.36
11. When the Wild Wind Blows 11.02
"From Fear to Eternity" será lançado em CD duplo, mas, segundo nota do manager da banda, Rod Smallwood, será vendido pelo preço de um CD simples. O novo título é a sequência de "Somewhere Back in Time: The Best of 1980-1989", lançada em junho de 2008. A compilação também terá uma edição limitada em Picture Vinil triplo!
"From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010" chega às lojas no próximo dia 23 de maio. Confira abaixo o tracklist:
CD1:
1. The Wicker Man 4.36
2. Holy Smoke 3.49
3. El Dorado 6:49
4. Paschendale 8.28
5. Different World 4.19
6. Man on the Edge (Live) 4.40
7. The Reincarnation of Benjamin Breeg 7.22
8. Blood Brothers 7.14
9. Rainmaker 3.49
10. Sign of the Cross (Live) 10.49
11. Brave New World 6.19
12. Fear of the Dark (Live) 7.41
CD2:
1. Be Quick or Be Dead 3.24
2. Tailgunner 4.15
3. No More Lies 7.22
4. Coming Home 5.52
5. The Clansman (Live) 9.06
6. For the Greater Good of God 9.25
7. These Colours Don't Run 6.52
8. Bring Your Daughter ... To the Slaughter 4.44
9. Afraid to Shoot Strangers 6.57
10. Dance of Death 8.36
11. When the Wild Wind Blows 11.02
KING DIAMOND: ATUALIZAÇÃO SOBRE ESTADO DE SAÚDE
A esposa da lenda do metal KING DIAMOND, Livia, publicou uma nota sobre a saúde do marido, que passou por uma cirurgia no coração em novembro do ano passado.
"Olá a todos,
Alguns de vocês perguntaram sobre a saúde de King, então escreverei sobre o que está acontecendo.
King terminou seu programa de reabilitação cardíaca na última sexta. Obrigado a todas as ótimas pessoas do centro de reabilitação, os exercícios o ajudaram a ganhar músculos e aumentaram sua resistência. Começaremos exercícios regulares para aumentar ainda mais essa resistência. Os exames mostraram que sua saúde está melhorando muito, e é esperado que ele demonstre estar 15 anos mais novo do que ele é.
Estou muito orgulhosa de seu progresso em 3 meses: parou de fumar, mudou sua dieta alimentar e está fazendo exercícios regularmente, entre outros. Não sei quando ele voltará a trabalhar no KING DIAMOND, mas mas ele está olhando para trás para finalizar os DVDs e não está parando de fazer música.
Espero que a informação tenha sido útil, posso dizer honestamente que seu progresso está sendo fantástico. É a pessoa mais forte que conheço. Ele também gostaria de extender essa gratidão a todos vocês, pelo apoio. Significou muito a ele.
Saúde e permaneçam Heavy,
Livia"
"Olá a todos,
Alguns de vocês perguntaram sobre a saúde de King, então escreverei sobre o que está acontecendo.
King terminou seu programa de reabilitação cardíaca na última sexta. Obrigado a todas as ótimas pessoas do centro de reabilitação, os exercícios o ajudaram a ganhar músculos e aumentaram sua resistência. Começaremos exercícios regulares para aumentar ainda mais essa resistência. Os exames mostraram que sua saúde está melhorando muito, e é esperado que ele demonstre estar 15 anos mais novo do que ele é.
Estou muito orgulhosa de seu progresso em 3 meses: parou de fumar, mudou sua dieta alimentar e está fazendo exercícios regularmente, entre outros. Não sei quando ele voltará a trabalhar no KING DIAMOND, mas mas ele está olhando para trás para finalizar os DVDs e não está parando de fazer música.
Espero que a informação tenha sido útil, posso dizer honestamente que seu progresso está sendo fantástico. É a pessoa mais forte que conheço. Ele também gostaria de extender essa gratidão a todos vocês, pelo apoio. Significou muito a ele.
Saúde e permaneçam Heavy,
Livia"
terça-feira, 15 de março de 2011
IRON MAIDEN: STEVE HARRIS FALA SOBRE TERREMOTO NO JAPÃO
Na sequência do cancelamento do show de sábado, 12 de março, o Iron Maiden também cancelou o segundo show agendado em Tóquio, no Saitama Super Arena, domingo, 13 de março, devido às preocupações óbvias com a segurança para o público, músicos e local, causadas pelo terremoto de sexta-feira 11 de março.
A banda estava sobrevoando Tóquio vindos de Seoul, Coréia do Sul. Ao se aproximar do Aeroporto de Narita em Tóquio, o Boeing Ed Force One foi aconselhado a redirecionar sua rota para Nagoya pois um terremoto/tsunami tinha acabado de acontecer. A banda passou a noite em Nagoya e após o anúncio do cancelamento agora se prepara para deixar o Japão.
O baixista Steve Harris se pronunciou em nome da banda e divulgou uma mensagem para os fãs no Japão e todos que foram afetados por esta terrível catástrofe:
"Nós estamos extremamente tristes com os eventos calamitosos do último dia que levaram ao cancelamento dos nossos dois shows em Tóquio. Nossas mais sinceras condolências a todos os afetados por este desastre. - Nossos fãs no Japão, o povo do Japão e todos aqueles em muitos outros lugares que sofrem com o Tsunami. Também estamos cientes de que muitos fãs voaram até Tóquio vindos de várias partes do mundo para ver o show do Maiden e esperamos que vocês estejam sãos e salvos. Temos uma relação de longa data com este país maravilhoso e sempre fomos muito bem-vindos. - essa teria sido a nossa 16° tour aqui. Nossas mais sinceras condolências a todos aqueles que estão sofrendo e para as famílias e amigos daqueles que perderam tragicamente a vida".
Todos aqueles que compraram ingressos para uma das duas apresentações serão devidamente reembolsados, devendo procurar a empresa Creativeman (Promotora dos Shows) a partir de segunda-feira, dia 14 de Março.
A banda estava sobrevoando Tóquio vindos de Seoul, Coréia do Sul. Ao se aproximar do Aeroporto de Narita em Tóquio, o Boeing Ed Force One foi aconselhado a redirecionar sua rota para Nagoya pois um terremoto/tsunami tinha acabado de acontecer. A banda passou a noite em Nagoya e após o anúncio do cancelamento agora se prepara para deixar o Japão.
O baixista Steve Harris se pronunciou em nome da banda e divulgou uma mensagem para os fãs no Japão e todos que foram afetados por esta terrível catástrofe:
"Nós estamos extremamente tristes com os eventos calamitosos do último dia que levaram ao cancelamento dos nossos dois shows em Tóquio. Nossas mais sinceras condolências a todos os afetados por este desastre. - Nossos fãs no Japão, o povo do Japão e todos aqueles em muitos outros lugares que sofrem com o Tsunami. Também estamos cientes de que muitos fãs voaram até Tóquio vindos de várias partes do mundo para ver o show do Maiden e esperamos que vocês estejam sãos e salvos. Temos uma relação de longa data com este país maravilhoso e sempre fomos muito bem-vindos. - essa teria sido a nossa 16° tour aqui. Nossas mais sinceras condolências a todos aqueles que estão sofrendo e para as famílias e amigos daqueles que perderam tragicamente a vida".
Todos aqueles que compraram ingressos para uma das duas apresentações serão devidamente reembolsados, devendo procurar a empresa Creativeman (Promotora dos Shows) a partir de segunda-feira, dia 14 de Março.
sábado, 12 de março de 2011
TARJA TURUNEN: PARTICIPAÇÃO EM SHOW DO ANGRA NO ROCK IN RIO
A ex-vocalista do NIGHTWISH, TARJA TURUNEN, se apresentará juntamente com o ANGRA no dia 25 de setembro no Rock in Rio.
A cantora fez o seguinte comentário: "O Rock in Rio é um dos maiores acontecimentos nos dias de hoje, e isso tem sido incrível, ainda mais sendo uma da lista de grandes artistas que irão participar deste evento".
"Estou muito satisfeita e feliz com o convite que recebi do Angra para participar de sua apresentação. É uma honra pra mim, e será muito divertido. Tenho certeza que os fãs ficarão muito animados, tal qual estamos.
"Eu conheço os caras do Angra há alguns anos e trabalho com o guitarrista Kiko Loureiro, por isso isso será muito legal. Como este não será meu próprio show, iremos discutir quais músicas ficarão interessantes, e isso será um desafio para nós. E com certeza esperem por algumas surpresas. Estamos juntos para nos divertir com muito rock, no RIO. Mal posso esperar".
Outras bandas de peso já estão confirmadas no Rock in Rio como METALLICA, MOTORHEAD, SEPULTURA, SLIPKNOT e COHEED AND CAMBRIA.
A cantora fez o seguinte comentário: "O Rock in Rio é um dos maiores acontecimentos nos dias de hoje, e isso tem sido incrível, ainda mais sendo uma da lista de grandes artistas que irão participar deste evento".
"Estou muito satisfeita e feliz com o convite que recebi do Angra para participar de sua apresentação. É uma honra pra mim, e será muito divertido. Tenho certeza que os fãs ficarão muito animados, tal qual estamos.
"Eu conheço os caras do Angra há alguns anos e trabalho com o guitarrista Kiko Loureiro, por isso isso será muito legal. Como este não será meu próprio show, iremos discutir quais músicas ficarão interessantes, e isso será um desafio para nós. E com certeza esperem por algumas surpresas. Estamos juntos para nos divertir com muito rock, no RIO. Mal posso esperar".
Outras bandas de peso já estão confirmadas no Rock in Rio como METALLICA, MOTORHEAD, SEPULTURA, SLIPKNOT e COHEED AND CAMBRIA.
PAUL DI 'ANNO: VOCALISTA VAI PARA A PRISÃO NA INGLATERRA
Paul Di'Anno, ex-vocalista do IRON MAIDEN, foi preso nesta sexta na Inglaterra, após ter recebido benefícios do governo por supostamente estar impossibilitado de trabalhar.
Paul teria usurpado o equivalente a 72 mil dólares entre 2002 e 2008. Ele foi denunciado anonimamente e, após investigação feita pela polícia, foram encontrados vídeos e fotos no YouTube e outros meios sociais mostrando Paul cantando energicamente.
Já não é a primeira vez que Paul vai para a cadeia, pois em 1991 ele esteve preso por crimes ligado a drogas e porte ilegal de armas.
Aparentemente Paul ficará detido por quatro meses e meio e, após isto, terá direito à condicional, podendo cumprir prisão domiciliar por outros quatro meses e meio.
Paul teria usurpado o equivalente a 72 mil dólares entre 2002 e 2008. Ele foi denunciado anonimamente e, após investigação feita pela polícia, foram encontrados vídeos e fotos no YouTube e outros meios sociais mostrando Paul cantando energicamente.
Já não é a primeira vez que Paul vai para a cadeia, pois em 1991 ele esteve preso por crimes ligado a drogas e porte ilegal de armas.
Aparentemente Paul ficará detido por quatro meses e meio e, após isto, terá direito à condicional, podendo cumprir prisão domiciliar por outros quatro meses e meio.
sexta-feira, 11 de março de 2011
IRON MAIDEN: SHOW CANCELADO NO JAPÃO POR CAUSA DE TERREMOTO
Um forte terremoto de magnitude 8,9 atingiu nesta sexta-feira (11) a costa nordeste do Japão, matando aproximadamente 300 pessoas no país e gerando um tsunami (onda gigante com potencial destrutivo) que ameaça países da costa do Oceano Pacífico.
O tremor foi o 7º pior da história. Imagens de TVs locais mostram carros e barcos sendo arrastados na cidade japonesa de Sendai durante a chegada da tsunami à costa.
O Iron Maiden havia deixado Seoul em direção a Tóquio e estava próximo à capital japonesa no momento do terremoto. O Boeing Ed Force One foi desviado para Nagoya e todos da equipe, incluindo os músicos, estão seguros. No Twitter, Colin Price, técnico de guitarra de Dave Murray, informou que o Iron Maiden deveria ter pousado em Tóquio apenas 10 minutos antes do terremoto. Mas que estão todos bem agora.
Logo após o tremor, um alerta para ondas de até seis metros de altura foi emitido no país. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico e Agência Americana, também emitiram alertas para vários países. Vários governos também emitiram alertas e alguns ordenaram a retirada de moradores de áreas costeiras.
O Iron Maiden faria duas apresentações no Saitama Super Arena em Tóquio neste final de semana, a data do sábado 12 de Março foi cancelada e o local do show passará por uma avaliação antes que a data do domingo (13) seja confirmada ou cancelada.
O tremor foi o 7º pior da história. Imagens de TVs locais mostram carros e barcos sendo arrastados na cidade japonesa de Sendai durante a chegada da tsunami à costa.
O Iron Maiden havia deixado Seoul em direção a Tóquio e estava próximo à capital japonesa no momento do terremoto. O Boeing Ed Force One foi desviado para Nagoya e todos da equipe, incluindo os músicos, estão seguros. No Twitter, Colin Price, técnico de guitarra de Dave Murray, informou que o Iron Maiden deveria ter pousado em Tóquio apenas 10 minutos antes do terremoto. Mas que estão todos bem agora.
Logo após o tremor, um alerta para ondas de até seis metros de altura foi emitido no país. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico e Agência Americana, também emitiram alertas para vários países. Vários governos também emitiram alertas e alguns ordenaram a retirada de moradores de áreas costeiras.
O Iron Maiden faria duas apresentações no Saitama Super Arena em Tóquio neste final de semana, a data do sábado 12 de Março foi cancelada e o local do show passará por uma avaliação antes que a data do domingo (13) seja confirmada ou cancelada.
SEPULTURA: IGGOR DESCARTA VOLTA DA FORMAÇÃO CLÁSSICA
Iggor Cavalera revelou ao Globo Online que não há nenhuma possibilidade dele e de seu irmão Max Cavalera voltarem ao SEPULTURA. Sobre isso, o baterista disse: "Não existe a menor chance de reformarmos o Sepultura. É tudo balela o que você lê por aí. Já estou tocando novamente com o meu irmão, nos shows lembramos as músicas que fizemos quando éramos moleques (como "Troops of doom" e "Refuse/resist", ambas do Sepultura), não preciso de mais uma banda, já faço coisas demais".
O baterista revelou que seu sonho é fazer uma turnê do CAVALERA CONSPIRACY completa no Brasil e disse que é "um absurdo não termos tocado ainda no Rio".
O baterista revelou que seu sonho é fazer uma turnê do CAVALERA CONSPIRACY completa no Brasil e disse que é "um absurdo não termos tocado ainda no Rio".
IRON MAIDEN: MUDANÇA DE LOCAL DO SHOW EM RECIFE?
O show do Iron Maiden no Recife, dia 3 de abril, poderá acontecer em outro local que não o Jockey Club. O motivo da mudança é a busca por um lugar que dê mais conforto, facilidade de transporte, acesso e proteção à chuva.
Segundo a imprensa pernambucana, para fazer o anúncio, a produtora Raio Lazer depende apenas de um "ok" por parte da banda.
Nos bastidores comenta-se que a apresentação poderá ir ao Estádio da Ilha do Retiro. Há poucos dias, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, anunciou que abrirá o estádio para grandes shows. Uma outra corrente de informações ainda não confirmadas, dá conta de que a apresentação deve ocorrer na Área Externa do Centro de Convenções de Recife.
Segundo a imprensa pernambucana, para fazer o anúncio, a produtora Raio Lazer depende apenas de um "ok" por parte da banda.
Nos bastidores comenta-se que a apresentação poderá ir ao Estádio da Ilha do Retiro. Há poucos dias, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, anunciou que abrirá o estádio para grandes shows. Uma outra corrente de informações ainda não confirmadas, dá conta de que a apresentação deve ocorrer na Área Externa do Centro de Convenções de Recife.
quinta-feira, 3 de março de 2011
MORIBUNDOS: A NOVA SAFRA DO ROCK PERNAMBUCANO
Sempre fico feliz quando tenho a oportunidade de escutar um som novo. Em 2009, dia dos pais (domingo), durante o programa Sopa de Auditório, de Roger de Renoir, ao vivo na Torre Malakof, transmitida pela TV Universitária, tive contato com uma pérola do rock local, coisa que há muito tempo não tenho escutado. Estou me referindo de cinco caras que se juntaram e formaram a banda mais underground que se possa imaginar, os Moribundos. Fundada em 2003, na Bomba do Hemetério, periferia do Recife, a banda nasceu com a intenção de fazer o puro rock'n roll. Influenciado por bandas como: Mutantes, Ave Sangria, Rolling Stones, Ten year after e muito blues, retratam em suas letras a sua vertente punk, seu modo de enxergar a realidade do dia-a-dia.
Oriunda de uma cidade que também inspira rock'n roll, os MORIBUNDOS fazem parte de uma nova safra de bandas de rock. Formada por Gilson Gerrard (guitarrista), João Paulo (baterista), Marcelo Gomes (vocalista), Demétrio Ferreira (baixista) e Luciano Gomes (guitarrista), amigos que têm em comum a música, a força e a coragem de fazer um som cru e direto. Fazendo um circuito de bares e eventos alternativos, começam a criar um público fiel que já acompanha a banda onde ela se apresenta (eu sou um deles).
Com a gravação do seu primeira demo, em abril de 2009, os MORIBUNDOS esperam mostrar seu trabalho e conquistar novos adeptos ultrapassando fronteiras.
Para escutar o som dos meninos e provar o que estou falando, acessa:
Oriunda de uma cidade que também inspira rock'n roll, os MORIBUNDOS fazem parte de uma nova safra de bandas de rock. Formada por Gilson Gerrard (guitarrista), João Paulo (baterista), Marcelo Gomes (vocalista), Demétrio Ferreira (baixista) e Luciano Gomes (guitarrista), amigos que têm em comum a música, a força e a coragem de fazer um som cru e direto. Fazendo um circuito de bares e eventos alternativos, começam a criar um público fiel que já acompanha a banda onde ela se apresenta (eu sou um deles).
Com a gravação do seu primeira demo, em abril de 2009, os MORIBUNDOS esperam mostrar seu trabalho e conquistar novos adeptos ultrapassando fronteiras.
Para escutar o som dos meninos e provar o que estou falando, acessa:
NO CORAÇÃO DA PSICODELIA NORDESTINA
O músico e cartunista Lailson é uma das legendas do rock pernambucano dos anos setenta. Junto com Lula Côrtes, gravou 'Satwa', clássico e precursor da cena psicodélica, que desembocou na invasão nordestina, na segunda metade da década. Ele também participou da gravação da maioria dos discos daquela época, incluindo raridades como 'Paebirú', de Lula Côrtes & Zé Ramalho. Com seu grupo Phetus, ao lado de Paulo Raphael, Zé da Flauta e Bira Total, dividiu os palcos de Recife com outras bandas como Tamarineira Village, depois rebatizada de Ave Sangria. Atualmente um cartunista de renome internacional, Lailson segue fiel ao rock and roll, tocando com sua banda Lailson Blues Band. Em entrevista a Senhor F, ele conta um pouco da história da época e também dos seus planos presentes.
Senhor F - No início dos anos setenta, Recife sediou um dos movimentos musicais e culturais mais interessantes e importantes daquele momento. Como surgiu, quem eram os principais artistas ou grupos que faziam parte? É procedente a definição de "pós-tropicalismo" que via de regra é utilizado para definir a orientação do grupo? Como era existir fora do "centro"?
Lailson - Não acredito que o termo ‘pós-tropicalismo’ seja adequado. Na verdade, o simples fato de existir fora do eixo principal RJ/SP/MG levou as pessoas aqui a criar uma alternativa sonora que buscava mais uma forma de expressão independente e individual através de uma experimentação constante. No princípio e até o final dos anos 60, aqui no Recife como no Rio e São Paulo, a maior parte das bandas faziam covers tanto das bandas estrangeiras quanto dos sucessos populares. Os Bambinos e Os Moderatos, por exemplo ( Robertinho do Recife tocou em ambos), tocavam Steppenwolf, Beatles, Rolling Stones, mas não tinham, que eu lembre, composições próprias. Já o Silver Jets (onde participavam Fernando Filizola - depois fundador do Quinteto Violado - e Reginaldo Rossi - dispensa apresentações) tinha suas próprias músicas, mas tocava muita coisa dos outros em bailes. O que diferencia todo o movimento que aconteceu entre 1972/75 é que praticamente todos os artistas ou grupos envolvidos queriam apresentar um material próprio, pouco se importando em tocar em bailes ou fazer um som popularesco. Era a música pela música, a expressão criativa pelo prazer de criar e apresentar uma proposta original. Podemos considerar que a primeira manifestação coletiva do movimento foi a Feira Experimental de Música de Nova Jerusalém, que foi o nosso ‘Woodstock’ local, com dois dias de música com entrada franca na cidade - teatro de Nova Jerusalém (onde anualmente é realizado o mega-espetáculo da Paixão de Cristo), promovido pelo DCE e da qual eu fui o coordenador musical. Nessa época minha banda era composta por mim no baixo, Ivinho na guitarrra, Almir no violão (ambos posteriormente fundadores do Tamarineira Village/Ave Sangria) e Bira Total na bateria. Marco Polo voltou do Rio também pra Feira e formou o Tamarineira Village a partir daí. E foi aí também onde conheci Lula Côrtes. Apresentaram-se outras bandas, inclusive o Nuvem 33.
Senhor F - Quais eram as suas influências musicais e em particular, e deste grupo em geral, além do tropicalismo e da música regional? Beatles & toda a turma da invasão inglesa? A psicodelia pós-Jimi Hendrix e os primórdios do rock progessivo? O blues clássico americano?
Lailson - Eu havia acabado de voltar dos EUA, onde passara a maior parte do ano em Pine Bluff, Arkansas (terra do Luther Allison) e estava fortemente influenciado pelo Cream e pelo Jethro Tull, além de Frank Zappa, Traffic, The Who e Emerson Lake & Palmer. Antes, minhas influências eram mais dos Beatles, Rolling Stones, Creedence Clearwater Revival, Blind Faith, Mutantes e Jimi Hendrix. Mas o Cream e o fato de estar no Sul dos Estados Unidos, ouvindo no rádio tanto o Blues quanto o Gospel e o Country, fizeram - me despertar para estes ritmos, também. A música regional, principalmente Luiz Gonzaga, faz parte do meu atavismo, é uma coisa natural. Lula tinha uma forte influência tanto da música regional quanto da percussão da Umbanda e do Maracatu. O pessoal do Village era mais voltado para o chorinho, o samba e a MPB, misturado com o rock brasileiro.
Senhor F - No campo da música, você e Lula Côrtes foram os primeiros a gravar um disco, instrumental e batizado de Lula Côrtes & Lailson. Em que ano foi isso? Como foi a gravação deste disco? Qual ou quais instrumentos você tocava? Além de vocês, quem mais toca nele?
Lailson - O disco chama-se ‘Satwa’, que é um dos preceitos hindus, como o Dharma e é de janeiro de 1973. Quando aconteceu a Feira Experimental de Música de Nova Jerusalém em novembro de 1972, eu conheci Lula Côrtes e nos tornamos amigos imediatamente, muito pelo fato de sermos ambos músicos e artistas plásticos. Lula tinha acabado de voltar do Marrocos e trouxera uma cítara popular marroquina, um tricórdio. Começamos a tocar juntos, criando temas e improvisando sobre eles e fomos gravando tudo num gravador de rolo, eu na viola de 12 cordas e ele no tricórdio. Num determinado momento, chegamos à conclusão de que poderíamos gravar um disco de verdade, ao invés de ficarmos fazendo só gravações domésticas. A Rozemblit - gravadora pioneira, que além de gravar os principais compositores pernambucanos, também lançou coleções de artistas estrangeiros, que incluía, por exemplo, Ray Charles - estava já entrando num período de dificuldades e fomos lá pra saber quanto custaria alugar o estúdio e prensar um LP. Juntamos a grana que tínhamos e fomos trabalhar. Não tínhamos a mínima idéia de que estávamos fazendo algo pioneiro, para nós era uma coisa absolutamente natural! Em pouco mais de duas semanas tínhamos gravado as músicas, pois varávamos as madrugadas tocando no estúdio, voltávamos de dia pra lá pra escolher as músicas, foi um processo rápido, mas muito produtivo. No disco eu toco viola de 12 cordas, violão e faço uns "vocalizes" meio viajados, porque havíamos decidido que não colocaríamos letras nas músicas (três delas tinham letras, originalmente), mas para colocarmos letras teríamos que submetê-las à Censura Federal e isso a gente não estava a fim, mesmo! Mas os títulos das músicas falavam por si mesmos: ‘Valsa dos Cogumelos’, ‘Can I Be Satwa?’, ‘Allegro Piradíssimo’, ‘Blues do Cachorro Muito Louco’, ‘Apacidonata’, etc. Robertinho do Recife foi convidado pra colocar uma guitarra no ‘Blues do Cachorro Muito Louco’, é o único convidado do disco.
Senhor F - Outros discos também foram gravados naquele período: ‘Paebirú’, com Lula Côrtes & Zé Ramalho; ‘No Sub Reino dos Metazoários’, com Marconi Notaro; ‘Flaviola e o Bando do Sol’, com os próprios; e, ainda, ‘Ave Sangria’, com o grupo. Em quais deles você teve participação? E em qual ordem cronológica eles foram gravados?
Lailson - Depois que fizemos ‘Satwa’, eu e Lula partimos para trabalhos separados, ele estava mais voltado para a carreira de artista plástico e eu fundei, junto com Paulo Rafael - que tocara comigo nas bandas de rock da adolescência - e Zé da Flauta - que estudava comigo no Conservatório Pernambucano de Música - a banda Phetus, que fazia um som experimental, misturando várias propostas, sendo, no entanto, a mais aparente, uma fusão de ritmos com o Rock Progressivo (tínhamos um rock com letra em tupi-guarani e fizemos a primeira fusão bem sucedida entre o baião e o hard rock, uma música chamada ‘Alagoas’). Em ‘Satwa’ eu e Lula já havíamos experimentado fundir a música oriental com a música nordestina. Zé da Flauta tinha desde então uma fascinação com o som das bandas de pífano e Paulo Rafael é oriundo de Caruaru e traz a música nordestina no sangue. Era uma banda que tinha uma preocupação muito grande em criar uma atmosfera no palco, utiliz'zvamos uma maquiagem meio gótica, só tocávamos a partir da meia-noite, antes do show começar tinha toda uma produção com trilha sonora gravada e projeção de slides, essas coisas. Por essa época, (maio/junho de 73) Marconi Notaro pediu para Lula e Kátia Mesel - casada com Lula naquela época e que também havia participado da produção de ‘Satwa’ - para produzir o ‘Sub Reino dos Metazoários’. Depois foi a vez de Flaviola, também produzido por Lula e, se não me engano, por Marconi Notaro que já estava trabalhando na Rozemblit, como produtor. ‘Paêbiru’ foi o último trabalho gravado dentro da Rozemblit, mas aí já não era como trabalho independente. Creio que desde os ‘Metazoários’, que a Rozemblit já entendera que havia novidade no ar e passou a bancar as gravações. ‘Paêbiru’ reúne praticamente todas as pessoas da cena musical daquela época. Além de ‘Stawa’, é o único outro disco onde participo, na faixa ‘Maracas de Fogo’, onde faço o vocal junto com Alceu Valença, Zé Ramalho e Marconi Notaro, sobre um tema instrumental onde pontifica a guitarra de Ivinho. Por essa época, a Continental interessou-se pelo que acontecia aqui e procurou as bandas que estavam produzindo. Mas eu já tinha desfeito o Phetus e o Tamarineira foi contratado, porém tinha que mudar o nome, pois a gravadora considerava que o nome original era muito regional, então mudaram para Ave Sangria, mesmo nome do disco que foi gravado no Rio de Janeiro, em uma semana.
Senhor F – Os discos, então, em sua maioria, foram gravados pela Rozemblit, um gravadora com sede em Recife. Como eram as condições de gravar? Não havia possibilidade gravar no centro do país? Como você viam essa relação artistas/selo local, que na verdade ainda hoje encontra dificuldade de afirmar-se?
Lailson - Todos, exceto o do Ave Sangria. Na Rozemblit, quando gravamos ‘Satwa’, as condições eram bastante precárias. O disco tem um ‘fake stereo’, na verdade a faixa mono é reproduzida nos dois canais. As dificuldades técnicas eram do tipo que, se fôssemos fazer um playback, não podíamos ficar muito longe da mesa de som, senão dava delay! Por outro lado, tínhamos um estúdio enorme só pra nós e podíamos experimentar à vontade. E também tinha todo um parque gráfico e de prensagem dos discos. Já para ‘Paêbiru’, a gravadora já havia investido em equipamentos melhores. Mas logo depois da gravação teve a grande cheia de 75 que submergiu a gravadora - levando 800 dos 1000 'Paêbiru's' existentes! - a aí foi o final da história.
Senhor F - Apesar de qualidade, da importância musical e da curiosidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo inteiro, os discos referidos permanecem todos, sem exceção, inéditos. O que você acha disso? Existe alguma idéia de relançar alguns deles, pelo menos, em cd?
Lailson - Não creio que relançar estes discos em CD seja a melhor das idéias... Eles tem um valor histórico muito grande principalmente pela maneira underground e independente como foram feitos. Seria muito difícil remixar para chegar a uma qualidade sonora compatível com o material que hoje é produzido. É como ouvir as gravações originais de Blind Lemon Jefferson; tem que ser um fã ardoroso de Blues pra gostar! Prefiro ouví-los em vinil, apesar de ter transposto alguns deles para CD e o resultado seja bom. No entanto, creio que uma releitura desse material todo seria muito melhor. Uma versão de ‘Satwa’ para orquestra e banda de rock, com inclusão de instrumentos regionais, por exemplo, daria bem a idéia do tipo de som que tocava nas nossas cabeças naquela época. E seria um som compreensível pelo público de hoje.
Senhor F - Existem muitas músicas inéditas daquela época, que não foram registradas em vinil? Existe a possibilidade de regrá-las atualmente? Algum projeto está em andamento em relação a isso?
Lailson - Já isso eu acho uma ótima idéia, pois muita coisa não ficou registrada. Minha banda Phetus, por exemplo, foi gravada ao vivo no Teatro Santa Isabel e no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães e também num especial em vídeo para a TV Universitária. Todas as três gravações se perderam! Não temos nenhum registro sonoro dela, da época. E era uma banda que contava com dois músicos excepcionais, Zé da Flauta e Paulo Rafael que foram depois tocar com Alceu Valença e formataram em definitivo a linha de fusão entre a música nordestina e o rock progressivo que delineamos no Phetus. O Tamarineira tinha ótimas canções como ‘Fora da Paisagem’ - de Almir Oliveira - e ‘Marginal’ - de Marco Polo - que permaneceram inéditas. Então, agora, o produtor Flávio Domingues está produzindo a partir de uma idéia do vocalista Humberto, do Ave Sangria Cover, um disco chamado ‘A Turma do Becco do Barato’ que reúne uma boa parte do material daquela época. O Becco do Barato era o ‘point’ onde tudo rolava, era uma casa de shows/bar onde todos nós nos apresentávamos e onde a cena musical daquela época aconteceu - como aconteceria nos anos 90 com a Soparia e o Movimento Mangue - e que todo mundo que fazia alguma coisa naqueles tempos freqüentava. Conseguimos reunir o Phetus outra vez agora, gravei duas músicas minhas (‘Anjos de Bronze’ e ‘Vacas Roxas’) utilizando os músicos da minha banda atual, a Lailson Blues Band (Riva Le Boss nas violas, Misael Barros na bateria e Jean Elton no baixo) para a base e Paulo Rafael veio do Rio pra colocar as guitarrras e Zé da Flauta - que também é o produtor musical do disco - colocou as flautas. De todo o pessoal, é a única banda que estará completa, pois do Ave participam apenas Almir, Marco Polo e Ivinho. Lula canta acompanhado da banda que toca com ele hoje, a Má Companhia.
Senhor F - Além de músico, você era, digamos, o principal responsável pelos aspectos gráficos dos trabalhos. O famoso e pouco conhecido projeto gráfico do disco ‘Paebirú’ é de sua autoria? Você poderia falar sobre ele? E o que ocorreu com a capa do disco do Ave Sangria, que era de sua autoria, mas acabou saindo uma ‘cópia’ adaptada?
Lailson - Em ‘Satwa’, o projeto gráfico foi realizado conjuntamente por Kátia Mesel, Lula Côrtes e eu, tem um pouco de cada um na capa. Dois desenhos meus estão na contracapa e o demônio alienígena do selo também é um desenho meu, além de todo o texto da contracapa. O logotipo da Feira Experimental de Música foi desenvolvido a partir de uma idéia minha, também. Os cartazes do Phetus, programas com as letras, também eram de minha autoria. Quando o Tamarineira virou Ave Sangria, eles me pediram para fazer a capa e eu fiz um desenho em guache com uma mulher metamorfoseada em ave num cenário de um Nordeste visto com olhos ‘ácido-psicodélicos’. Mas a Continental não quis me pagar pelo trabalho e então mandaram um artista da empresa fazer um pastiche da arte original, onde ele transformou a minha mulher ave em um papagaio drag queen! Colocaram meu nome como autor do layout, mas nunca pagaram nem devolveram meu original. Para o Ave eu fiz ainda o cartaz e a programação visual - além dos textos e a direção de cena - do show ‘Perfume & Baratchos’, realizado no Teatro Santa Isabel, em 75.
Senhor F - Esse talento veio antes do musical, ou desenvolveu-se conjuntamente? O que o fez optar, se é que isso ocorreu, pela carreira de artista gráfico/plástico? Sua carreira desenvolveu-se a partir de Recife, mas com uma inserção até mesmo internacional? Como se deu esse processo?
Lailson - Eu sempre desenhei, desde criança. Aos 14 anos é que comecei a tocar violão e guitarra. Nos EUA, em 1971, ganhei meu primeiro prêmio, o Best Original Artwork concedido pela Arkansas High School Press Association, por uma charge que fiz para o jornal The Pine Cone. Lá eu também tinha uma banda de rock. Quer dizer, as coisas sempre caminharam juntas. Mas comecei a trabalhar profissionalmente com desenho desde os 16 anos, fazendo material audiovisual para um curso de inglês que havia aqui. Mas quando desfiz o Phetus, Zé foi tocar numa banda de Robertinho, a Ala Delí e Paulo foi chamado para compor o Ave Sangria. Então, sem os outros caras da banda, resolvi trabalhar numa agência de publicidade para ganhar algum dinheiro e daí para a imprensa, foi uma questão de tempo, pois fui premiado no IV Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o que me abriu o caminho para me tornar o chargista diário do Diário de Pernambuco, onde estou desde 1977. Fiz antes um ‘comeback’ em 75, com uma banda onde participavam Marco Polo, Almir Oliveira, Sinay Pessoa (irmão de Ivinho) e Robertinho do Recife, mas aí a cena já estava no seu final e a idéia não vingou, então me dediquei à minha carreira de cartunista e ilustrador. Como fui premiado em outros salões nacionais e internacionais e passei a organizar eventos nacionais - atualmente internacionais, como é o caso do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco - de humor gráfico aqui no Recife desde o princípio dos anos 80, fui estabelecendo vínculos com profissionais de diversos países e hoje faço parte de vários eventos internacionais, principalmente na Espanha.
Senhor F - Atualmente, você é um artista gráfico consagrado, mas ainda mantém o lado musical em atividade. Você lidera uma banda de blues, é isso? Como se chama, qual o repertório básico? Faz shows com regularidade?
Lailson - Voltei para a música meio de brincadeira em 91, com uma banda chamada Blusbróders, mas aí começamos a nos apresentar regularmente pela noite e a atrair um público. A Blusbróders mudou para D´Bróders Company e depois formei A Garagem - com a qual comecei a gravar um CD, que não ficou concluído, só quatro músicas foram finalizadas. Em 96, criei a Lailson Blues Band que, além de Pernambuco, já se apresentou em Natal. Aqui no Recife, tocamos em praticamente todas as casas que tinham espaço para o blues. Atualmente existem poucos espaços que aceitem este tipo de música aqui, infelizmente. O repertório é uma releitura de clássicos do Blues com uma abordagem rock’n’roll (o que eu chamo de Heavy Blues), e inclui também várias das minhas composições originais. Em 2002, devido a eu estar muito envolvido com meus projetos de humor e quadrinhos, nos apresentamos pouco. A última apresentação para um público grande foi no Festival de Inverno de Garanhuns, dividindo o palco (nós antes, eles depois) com o Blues Etílicos.
Senhor F - Nos últimos anos, quais artistas brasileiros chamaram a tua atenção? E estrangeiros, alguém em particular te agradou? O que achaste do Manguebit, especialmente de Chico Science?
Lailson - Eu tenho um gosto musical muito datado. Continuo gostando do rock progressivo e do blues clássico, com uma predilação por B.B. King e Eric Clapton. Da cena brasileira, acompanho o Celso Blues Boy, o Blues Etílicos, o Big Joe Manfra, a Clara Ghimmel. Gosto muito do Lenine, do Leo Gandelman, do Lula Queiroga, Paulo Moska. O Manguebeat foi uma coisa muito nova dentro do marasmo em que estava a cena musical do final dos anos 80 em Pernambuco. Eles realmente tinham uma consciência de manifesto, de movimento cultural. Chico era um cara ótimo, tínhamos pouca aproximação mas vários amigos em comum, principalmente Herr Doktor Mabuse. Acho que Chico não percebia exatamente a dimensão que ele adquiriu dentro de todo o processo. Como ele viajou cedo, nunca vamos saber com certeza do que mais ele seria capaz.
Senhor F - Quais teus dez discos preferidos de toda a história do rock, ou da música em geral, se preferir?
Lailson - Aqualung (Jethro Tull); Beggars Banquet (Rolling Stones); I´m Your Man (Leonard Cohen); In The Court of The Crimson King (King Crimson); ELP (primeiro álbum); Selling England By The Pound (Genesis); From The Craddle ( Eric Clapton); Robert Johnson (The Recordings) Blind Faith (Blind Faith) e Premonition (John Fogerty). Tem mais uns trezentos, mas esses dez eu sempre escuto!
Senhor F - No início dos anos setenta, Recife sediou um dos movimentos musicais e culturais mais interessantes e importantes daquele momento. Como surgiu, quem eram os principais artistas ou grupos que faziam parte? É procedente a definição de "pós-tropicalismo" que via de regra é utilizado para definir a orientação do grupo? Como era existir fora do "centro"?
Lailson - Não acredito que o termo ‘pós-tropicalismo’ seja adequado. Na verdade, o simples fato de existir fora do eixo principal RJ/SP/MG levou as pessoas aqui a criar uma alternativa sonora que buscava mais uma forma de expressão independente e individual através de uma experimentação constante. No princípio e até o final dos anos 60, aqui no Recife como no Rio e São Paulo, a maior parte das bandas faziam covers tanto das bandas estrangeiras quanto dos sucessos populares. Os Bambinos e Os Moderatos, por exemplo ( Robertinho do Recife tocou em ambos), tocavam Steppenwolf, Beatles, Rolling Stones, mas não tinham, que eu lembre, composições próprias. Já o Silver Jets (onde participavam Fernando Filizola - depois fundador do Quinteto Violado - e Reginaldo Rossi - dispensa apresentações) tinha suas próprias músicas, mas tocava muita coisa dos outros em bailes. O que diferencia todo o movimento que aconteceu entre 1972/75 é que praticamente todos os artistas ou grupos envolvidos queriam apresentar um material próprio, pouco se importando em tocar em bailes ou fazer um som popularesco. Era a música pela música, a expressão criativa pelo prazer de criar e apresentar uma proposta original. Podemos considerar que a primeira manifestação coletiva do movimento foi a Feira Experimental de Música de Nova Jerusalém, que foi o nosso ‘Woodstock’ local, com dois dias de música com entrada franca na cidade - teatro de Nova Jerusalém (onde anualmente é realizado o mega-espetáculo da Paixão de Cristo), promovido pelo DCE e da qual eu fui o coordenador musical. Nessa época minha banda era composta por mim no baixo, Ivinho na guitarrra, Almir no violão (ambos posteriormente fundadores do Tamarineira Village/Ave Sangria) e Bira Total na bateria. Marco Polo voltou do Rio também pra Feira e formou o Tamarineira Village a partir daí. E foi aí também onde conheci Lula Côrtes. Apresentaram-se outras bandas, inclusive o Nuvem 33.
Senhor F - Quais eram as suas influências musicais e em particular, e deste grupo em geral, além do tropicalismo e da música regional? Beatles & toda a turma da invasão inglesa? A psicodelia pós-Jimi Hendrix e os primórdios do rock progessivo? O blues clássico americano?
Lailson - Eu havia acabado de voltar dos EUA, onde passara a maior parte do ano em Pine Bluff, Arkansas (terra do Luther Allison) e estava fortemente influenciado pelo Cream e pelo Jethro Tull, além de Frank Zappa, Traffic, The Who e Emerson Lake & Palmer. Antes, minhas influências eram mais dos Beatles, Rolling Stones, Creedence Clearwater Revival, Blind Faith, Mutantes e Jimi Hendrix. Mas o Cream e o fato de estar no Sul dos Estados Unidos, ouvindo no rádio tanto o Blues quanto o Gospel e o Country, fizeram - me despertar para estes ritmos, também. A música regional, principalmente Luiz Gonzaga, faz parte do meu atavismo, é uma coisa natural. Lula tinha uma forte influência tanto da música regional quanto da percussão da Umbanda e do Maracatu. O pessoal do Village era mais voltado para o chorinho, o samba e a MPB, misturado com o rock brasileiro.
Senhor F - No campo da música, você e Lula Côrtes foram os primeiros a gravar um disco, instrumental e batizado de Lula Côrtes & Lailson. Em que ano foi isso? Como foi a gravação deste disco? Qual ou quais instrumentos você tocava? Além de vocês, quem mais toca nele?
Lailson - O disco chama-se ‘Satwa’, que é um dos preceitos hindus, como o Dharma e é de janeiro de 1973. Quando aconteceu a Feira Experimental de Música de Nova Jerusalém em novembro de 1972, eu conheci Lula Côrtes e nos tornamos amigos imediatamente, muito pelo fato de sermos ambos músicos e artistas plásticos. Lula tinha acabado de voltar do Marrocos e trouxera uma cítara popular marroquina, um tricórdio. Começamos a tocar juntos, criando temas e improvisando sobre eles e fomos gravando tudo num gravador de rolo, eu na viola de 12 cordas e ele no tricórdio. Num determinado momento, chegamos à conclusão de que poderíamos gravar um disco de verdade, ao invés de ficarmos fazendo só gravações domésticas. A Rozemblit - gravadora pioneira, que além de gravar os principais compositores pernambucanos, também lançou coleções de artistas estrangeiros, que incluía, por exemplo, Ray Charles - estava já entrando num período de dificuldades e fomos lá pra saber quanto custaria alugar o estúdio e prensar um LP. Juntamos a grana que tínhamos e fomos trabalhar. Não tínhamos a mínima idéia de que estávamos fazendo algo pioneiro, para nós era uma coisa absolutamente natural! Em pouco mais de duas semanas tínhamos gravado as músicas, pois varávamos as madrugadas tocando no estúdio, voltávamos de dia pra lá pra escolher as músicas, foi um processo rápido, mas muito produtivo. No disco eu toco viola de 12 cordas, violão e faço uns "vocalizes" meio viajados, porque havíamos decidido que não colocaríamos letras nas músicas (três delas tinham letras, originalmente), mas para colocarmos letras teríamos que submetê-las à Censura Federal e isso a gente não estava a fim, mesmo! Mas os títulos das músicas falavam por si mesmos: ‘Valsa dos Cogumelos’, ‘Can I Be Satwa?’, ‘Allegro Piradíssimo’, ‘Blues do Cachorro Muito Louco’, ‘Apacidonata’, etc. Robertinho do Recife foi convidado pra colocar uma guitarra no ‘Blues do Cachorro Muito Louco’, é o único convidado do disco.
Senhor F - Outros discos também foram gravados naquele período: ‘Paebirú’, com Lula Côrtes & Zé Ramalho; ‘No Sub Reino dos Metazoários’, com Marconi Notaro; ‘Flaviola e o Bando do Sol’, com os próprios; e, ainda, ‘Ave Sangria’, com o grupo. Em quais deles você teve participação? E em qual ordem cronológica eles foram gravados?
Lailson - Depois que fizemos ‘Satwa’, eu e Lula partimos para trabalhos separados, ele estava mais voltado para a carreira de artista plástico e eu fundei, junto com Paulo Rafael - que tocara comigo nas bandas de rock da adolescência - e Zé da Flauta - que estudava comigo no Conservatório Pernambucano de Música - a banda Phetus, que fazia um som experimental, misturando várias propostas, sendo, no entanto, a mais aparente, uma fusão de ritmos com o Rock Progressivo (tínhamos um rock com letra em tupi-guarani e fizemos a primeira fusão bem sucedida entre o baião e o hard rock, uma música chamada ‘Alagoas’). Em ‘Satwa’ eu e Lula já havíamos experimentado fundir a música oriental com a música nordestina. Zé da Flauta tinha desde então uma fascinação com o som das bandas de pífano e Paulo Rafael é oriundo de Caruaru e traz a música nordestina no sangue. Era uma banda que tinha uma preocupação muito grande em criar uma atmosfera no palco, utiliz'zvamos uma maquiagem meio gótica, só tocávamos a partir da meia-noite, antes do show começar tinha toda uma produção com trilha sonora gravada e projeção de slides, essas coisas. Por essa época, (maio/junho de 73) Marconi Notaro pediu para Lula e Kátia Mesel - casada com Lula naquela época e que também havia participado da produção de ‘Satwa’ - para produzir o ‘Sub Reino dos Metazoários’. Depois foi a vez de Flaviola, também produzido por Lula e, se não me engano, por Marconi Notaro que já estava trabalhando na Rozemblit, como produtor. ‘Paêbiru’ foi o último trabalho gravado dentro da Rozemblit, mas aí já não era como trabalho independente. Creio que desde os ‘Metazoários’, que a Rozemblit já entendera que havia novidade no ar e passou a bancar as gravações. ‘Paêbiru’ reúne praticamente todas as pessoas da cena musical daquela época. Além de ‘Stawa’, é o único outro disco onde participo, na faixa ‘Maracas de Fogo’, onde faço o vocal junto com Alceu Valença, Zé Ramalho e Marconi Notaro, sobre um tema instrumental onde pontifica a guitarra de Ivinho. Por essa época, a Continental interessou-se pelo que acontecia aqui e procurou as bandas que estavam produzindo. Mas eu já tinha desfeito o Phetus e o Tamarineira foi contratado, porém tinha que mudar o nome, pois a gravadora considerava que o nome original era muito regional, então mudaram para Ave Sangria, mesmo nome do disco que foi gravado no Rio de Janeiro, em uma semana.
Senhor F – Os discos, então, em sua maioria, foram gravados pela Rozemblit, um gravadora com sede em Recife. Como eram as condições de gravar? Não havia possibilidade gravar no centro do país? Como você viam essa relação artistas/selo local, que na verdade ainda hoje encontra dificuldade de afirmar-se?
Lailson - Todos, exceto o do Ave Sangria. Na Rozemblit, quando gravamos ‘Satwa’, as condições eram bastante precárias. O disco tem um ‘fake stereo’, na verdade a faixa mono é reproduzida nos dois canais. As dificuldades técnicas eram do tipo que, se fôssemos fazer um playback, não podíamos ficar muito longe da mesa de som, senão dava delay! Por outro lado, tínhamos um estúdio enorme só pra nós e podíamos experimentar à vontade. E também tinha todo um parque gráfico e de prensagem dos discos. Já para ‘Paêbiru’, a gravadora já havia investido em equipamentos melhores. Mas logo depois da gravação teve a grande cheia de 75 que submergiu a gravadora - levando 800 dos 1000 'Paêbiru's' existentes! - a aí foi o final da história.
Senhor F - Apesar de qualidade, da importância musical e da curiosidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo inteiro, os discos referidos permanecem todos, sem exceção, inéditos. O que você acha disso? Existe alguma idéia de relançar alguns deles, pelo menos, em cd?
Lailson - Não creio que relançar estes discos em CD seja a melhor das idéias... Eles tem um valor histórico muito grande principalmente pela maneira underground e independente como foram feitos. Seria muito difícil remixar para chegar a uma qualidade sonora compatível com o material que hoje é produzido. É como ouvir as gravações originais de Blind Lemon Jefferson; tem que ser um fã ardoroso de Blues pra gostar! Prefiro ouví-los em vinil, apesar de ter transposto alguns deles para CD e o resultado seja bom. No entanto, creio que uma releitura desse material todo seria muito melhor. Uma versão de ‘Satwa’ para orquestra e banda de rock, com inclusão de instrumentos regionais, por exemplo, daria bem a idéia do tipo de som que tocava nas nossas cabeças naquela época. E seria um som compreensível pelo público de hoje.
Senhor F - Existem muitas músicas inéditas daquela época, que não foram registradas em vinil? Existe a possibilidade de regrá-las atualmente? Algum projeto está em andamento em relação a isso?
Lailson - Já isso eu acho uma ótima idéia, pois muita coisa não ficou registrada. Minha banda Phetus, por exemplo, foi gravada ao vivo no Teatro Santa Isabel e no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães e também num especial em vídeo para a TV Universitária. Todas as três gravações se perderam! Não temos nenhum registro sonoro dela, da época. E era uma banda que contava com dois músicos excepcionais, Zé da Flauta e Paulo Rafael que foram depois tocar com Alceu Valença e formataram em definitivo a linha de fusão entre a música nordestina e o rock progressivo que delineamos no Phetus. O Tamarineira tinha ótimas canções como ‘Fora da Paisagem’ - de Almir Oliveira - e ‘Marginal’ - de Marco Polo - que permaneceram inéditas. Então, agora, o produtor Flávio Domingues está produzindo a partir de uma idéia do vocalista Humberto, do Ave Sangria Cover, um disco chamado ‘A Turma do Becco do Barato’ que reúne uma boa parte do material daquela época. O Becco do Barato era o ‘point’ onde tudo rolava, era uma casa de shows/bar onde todos nós nos apresentávamos e onde a cena musical daquela época aconteceu - como aconteceria nos anos 90 com a Soparia e o Movimento Mangue - e que todo mundo que fazia alguma coisa naqueles tempos freqüentava. Conseguimos reunir o Phetus outra vez agora, gravei duas músicas minhas (‘Anjos de Bronze’ e ‘Vacas Roxas’) utilizando os músicos da minha banda atual, a Lailson Blues Band (Riva Le Boss nas violas, Misael Barros na bateria e Jean Elton no baixo) para a base e Paulo Rafael veio do Rio pra colocar as guitarrras e Zé da Flauta - que também é o produtor musical do disco - colocou as flautas. De todo o pessoal, é a única banda que estará completa, pois do Ave participam apenas Almir, Marco Polo e Ivinho. Lula canta acompanhado da banda que toca com ele hoje, a Má Companhia.
Senhor F - Além de músico, você era, digamos, o principal responsável pelos aspectos gráficos dos trabalhos. O famoso e pouco conhecido projeto gráfico do disco ‘Paebirú’ é de sua autoria? Você poderia falar sobre ele? E o que ocorreu com a capa do disco do Ave Sangria, que era de sua autoria, mas acabou saindo uma ‘cópia’ adaptada?
Lailson - Em ‘Satwa’, o projeto gráfico foi realizado conjuntamente por Kátia Mesel, Lula Côrtes e eu, tem um pouco de cada um na capa. Dois desenhos meus estão na contracapa e o demônio alienígena do selo também é um desenho meu, além de todo o texto da contracapa. O logotipo da Feira Experimental de Música foi desenvolvido a partir de uma idéia minha, também. Os cartazes do Phetus, programas com as letras, também eram de minha autoria. Quando o Tamarineira virou Ave Sangria, eles me pediram para fazer a capa e eu fiz um desenho em guache com uma mulher metamorfoseada em ave num cenário de um Nordeste visto com olhos ‘ácido-psicodélicos’. Mas a Continental não quis me pagar pelo trabalho e então mandaram um artista da empresa fazer um pastiche da arte original, onde ele transformou a minha mulher ave em um papagaio drag queen! Colocaram meu nome como autor do layout, mas nunca pagaram nem devolveram meu original. Para o Ave eu fiz ainda o cartaz e a programação visual - além dos textos e a direção de cena - do show ‘Perfume & Baratchos’, realizado no Teatro Santa Isabel, em 75.
Senhor F - Esse talento veio antes do musical, ou desenvolveu-se conjuntamente? O que o fez optar, se é que isso ocorreu, pela carreira de artista gráfico/plástico? Sua carreira desenvolveu-se a partir de Recife, mas com uma inserção até mesmo internacional? Como se deu esse processo?
Lailson - Eu sempre desenhei, desde criança. Aos 14 anos é que comecei a tocar violão e guitarra. Nos EUA, em 1971, ganhei meu primeiro prêmio, o Best Original Artwork concedido pela Arkansas High School Press Association, por uma charge que fiz para o jornal The Pine Cone. Lá eu também tinha uma banda de rock. Quer dizer, as coisas sempre caminharam juntas. Mas comecei a trabalhar profissionalmente com desenho desde os 16 anos, fazendo material audiovisual para um curso de inglês que havia aqui. Mas quando desfiz o Phetus, Zé foi tocar numa banda de Robertinho, a Ala Delí e Paulo foi chamado para compor o Ave Sangria. Então, sem os outros caras da banda, resolvi trabalhar numa agência de publicidade para ganhar algum dinheiro e daí para a imprensa, foi uma questão de tempo, pois fui premiado no IV Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o que me abriu o caminho para me tornar o chargista diário do Diário de Pernambuco, onde estou desde 1977. Fiz antes um ‘comeback’ em 75, com uma banda onde participavam Marco Polo, Almir Oliveira, Sinay Pessoa (irmão de Ivinho) e Robertinho do Recife, mas aí a cena já estava no seu final e a idéia não vingou, então me dediquei à minha carreira de cartunista e ilustrador. Como fui premiado em outros salões nacionais e internacionais e passei a organizar eventos nacionais - atualmente internacionais, como é o caso do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco - de humor gráfico aqui no Recife desde o princípio dos anos 80, fui estabelecendo vínculos com profissionais de diversos países e hoje faço parte de vários eventos internacionais, principalmente na Espanha.
Senhor F - Atualmente, você é um artista gráfico consagrado, mas ainda mantém o lado musical em atividade. Você lidera uma banda de blues, é isso? Como se chama, qual o repertório básico? Faz shows com regularidade?
Lailson - Voltei para a música meio de brincadeira em 91, com uma banda chamada Blusbróders, mas aí começamos a nos apresentar regularmente pela noite e a atrair um público. A Blusbróders mudou para D´Bróders Company e depois formei A Garagem - com a qual comecei a gravar um CD, que não ficou concluído, só quatro músicas foram finalizadas. Em 96, criei a Lailson Blues Band que, além de Pernambuco, já se apresentou em Natal. Aqui no Recife, tocamos em praticamente todas as casas que tinham espaço para o blues. Atualmente existem poucos espaços que aceitem este tipo de música aqui, infelizmente. O repertório é uma releitura de clássicos do Blues com uma abordagem rock’n’roll (o que eu chamo de Heavy Blues), e inclui também várias das minhas composições originais. Em 2002, devido a eu estar muito envolvido com meus projetos de humor e quadrinhos, nos apresentamos pouco. A última apresentação para um público grande foi no Festival de Inverno de Garanhuns, dividindo o palco (nós antes, eles depois) com o Blues Etílicos.
Senhor F - Nos últimos anos, quais artistas brasileiros chamaram a tua atenção? E estrangeiros, alguém em particular te agradou? O que achaste do Manguebit, especialmente de Chico Science?
Lailson - Eu tenho um gosto musical muito datado. Continuo gostando do rock progressivo e do blues clássico, com uma predilação por B.B. King e Eric Clapton. Da cena brasileira, acompanho o Celso Blues Boy, o Blues Etílicos, o Big Joe Manfra, a Clara Ghimmel. Gosto muito do Lenine, do Leo Gandelman, do Lula Queiroga, Paulo Moska. O Manguebeat foi uma coisa muito nova dentro do marasmo em que estava a cena musical do final dos anos 80 em Pernambuco. Eles realmente tinham uma consciência de manifesto, de movimento cultural. Chico era um cara ótimo, tínhamos pouca aproximação mas vários amigos em comum, principalmente Herr Doktor Mabuse. Acho que Chico não percebia exatamente a dimensão que ele adquiriu dentro de todo o processo. Como ele viajou cedo, nunca vamos saber com certeza do que mais ele seria capaz.
Senhor F - Quais teus dez discos preferidos de toda a história do rock, ou da música em geral, se preferir?
Lailson - Aqualung (Jethro Tull); Beggars Banquet (Rolling Stones); I´m Your Man (Leonard Cohen); In The Court of The Crimson King (King Crimson); ELP (primeiro álbum); Selling England By The Pound (Genesis); From The Craddle ( Eric Clapton); Robert Johnson (The Recordings) Blind Faith (Blind Faith) e Premonition (John Fogerty). Tem mais uns trezentos, mas esses dez eu sempre escuto!
Assinar:
Postagens (Atom)