Agora não tem mais volta. A contagem regressiva começou. Faltam “X” dias para o Metal Open Air 2012. “Chova ou faça sol”. Mas fica a dúvida: as expectativas dos fãs serão, na medida do possível, atendidas?
Quais bandas constituirão o cast do festival? Em quais dias e horários estas bandas se apresentarão? Aliás, a composição do cast atenderá o gosto do público? Das bandas que virão para tocar, que tipo de show será apresentado? Teremos a garantia, por exemplo, que se o Manowar for uma das atrações principais, fará um show especial tocando apenas os clássicos da década de oitenta, ou corremos o risco do Odin aparecer em sonho para o Joey DeMaio e aconselhá-lo a fazer uma superapresentação tocando na íntegra o álbum “Gods Of War”? A estrutura do festival (palcos, praça de alimentação, camping, banheiros etc) será pensada de forma a oferecer um certo conforto e comodidade ao público que irá prestigiá-lo? Peguemos como exemplo o Rock In Rio. Eu não consegui encontrar uma única pessoa que fale bem da estrutura do festival. É isso que os promotores querem para o Metal Open Air ou trabalharão de forma a torná-lo parte do calendário anual de festivais no Brasil? Apesar de ainda faltar seis meses para sua realização, os promotores, se ainda não estiverem pensando a respeito, já devem procurar responder a essas questões.
Os jornais Folha e Estado de São Paulo fizeram um balanço dos festivais Rock In Rio e S.W.U., apontando os acertos e chamando a atenção para os pontos deficitários. Estas matérias devem ser lidas e relidas pelos promotores do Metal Open Air para que se aproveite o que funcionou e seja descartado – ou melhorado – o que deu errado. Aproveitem o site do festival e coloquem um formulário para os fãs votarem nas dez bandas que gostariam de ver, e também nas cinco que não gostariam. Não que estas bandas precisam ser necessariamente contratadas, mas apenas para se ter uma ideia do gosto do público. Não vai adiantar nada ter treze bandas por dia, se em cada um destes dias haver três delas que a maioria do público esteja disposta a assistir e dez que ninguém quer ver. Depois, se não der uma média de 40 mil pessoas em cada dia, não adianta virem reclamar que o heavy metal morreu no Brasil, que os fãs não prestigiaram, que perderam a oportunidade de terem um festival anual em nosso país, enfim, de nos mandarem “chupar pau”.
Outro ponto que deverá ser visto com cuidado é como se chegar ao Metal Open Air. Quem mora nos grandes centros e quiser ver um único dia do festival é relativamente fácil, basta pegar um avião de sua cidade até São Luis (haverá ônibus que sairão diretamente do aeroporto da cidade para o festival e vice-versa?). E quem mora distante dos grandes centros, será que os aeroportos destas regiões disponibilizarão voos para Maranhão? E os hotéis e pensões de São Luis, estarão preparados para receber o público? Lembrando, também, que para quem mora em outros Estados, mesmo para participar de um único dia do festival, terá que dispor de uma quantia razoável de dinheiro, para ingresso, passagem de ônibus/avião, estadia, alimentação e, claro, pelo menos uma camiseta do evento.
Em um primeiro momento, muitas destas questões podem parecer tolas, no entanto, no final das contas, farão diferença para o sucesso ou fracasso do festival. E é lógico que nós, os headbangers brasileiros, independente de irmos ou não ao Metal Open Air, estaremos torcendo por seu sucesso, que será alcançado se os promotores fizerem direito sua parte. Por isso, quanto antes tudo estiver definido, mais provável será a participação de um grande número de pessoas, que precisam desde já começar a se programar para ir em massa ao festival.
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