O MEL DO ROCK

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

BLACK SABBATH: APPICE DIZ QUE ACEITARIA UM POSSÍVEL CONVITE

Recentemente, o Loudwire entrevistou o ex-BLACK SABBATH/Dio/HEAVEN AND HELL e atual baterista do KILL DEVIL HILL, Vinny Appice. Um dos temas que foram discutidos com Appice, foi o recente drama em torno do baterista Bill Ward, que pode abandonar a reunião da banda.

Appice foi perguntado se ele aceitaria substituir Ward como baterista do Black Sabbath  para a reunião, se ele recebesse um convite. "Bem, obviamente, seria difícil não aceitar... diz Appice. Primeiro de tudo não é apenas uma oportunidade. Eu amo Tony e eu amo Geezer. Eu toquei com Geezer em dezembro em um evento beneficente a Dimebag Darrell - nós tocamos 'The Mob Rules'".

Ele continua, "Eles são como uma família e eu conheço Ozzy muito bem - faz anos que não tocamos juntos mas ele faz parte da minha história e parte da minha família também. Seria difícil em dizer 'não'. Eu só não quero afetar minha banda (Kill Devil Hill). Se isso acontecesse eu teria que me comprometer com o Kill Devil Hill também, entende? Fazer com que funcione em ambos os sentidos".

Ele acrescentou: "Eu estou chocado com todas essas notícias. Eu não sei o que está acontecendo. Eu pensei que Bill (Ward) estava dentro. É meio triste ver este problema. Então eu não sei mais o que os outros acham. Eu não sei o que as pessoas realmente estão pensando. Minha preocupação principal é por Tony (Iommi). Quando fiquei sabando do diagnóstico de leucemia, isso me deixou arrasado - perdemos Ronnie James Dio, eu ainda penso nele".

Entretanto, há boatos de que o baterista de Ozzy Osbourne, Tommy Clufetos, pode preencher a vaga de Ward, se ele não voltar.

BLACK SABBATH, BILL WARD: "GO, SABBATH, GO!"

Todo mundo ficou empolgado quando, em 11 de novembro do ano passado, o Black Sabbath anunciou o retorno de sua formação original com Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward para a gravação de um disco produzido por Rick Rubin e uma turnê mundial. Era o sonho de milhões de headbangers ao redor do planeta virando realidade. Mas será, mesmo, que ele se transformou em um pesadelo?
A doença de Iommi, diagnosticado com um câncer no sistema linfático no início de 2012, ligou a luz vermelha não apenas pelo possível cancelamento de tudo que havia sido anunciado, mas, principalmente, pela real possibilidade de o guitarrista, o pai do heavy metal, perder a vida. No entanto, as notícias que chegam dão conta que Iommi está reagindo bem ao tratamento e que, inclusive, já compôs duas músicas inéditas desde que começou a árdua batalha contra o câncer.

Mas daí surgiu a questão Bill Ward. O baterista divulgou um comunicado dizendo que não concordava com os termos do contrato proposto pelos músicos restantes, e que se não houvesse a divisão em partes iguais entre os quatro – ou seja, 25% para cada um dos músicos -, ele sairia fora. Bem, vamos aos fatos. Em primeiro lugar, se o contrato ainda não havia sido assinado, porque diabos a banda divulgou a reunião então? Precipitação? É claro que não. Em uma marca tão forte e gigante quanto o Black Sabbath, não há espaço para o amadorismo. A notícia da reunião só foi anunciada porque as quatro partes estavam de acordo. Se não fosse assim, ela jamais teria sido confirmada. O que acontece é que Ward voltou atrás no que havia concordado, querendo mais do que havia pedido.

Aqui, é preciso fazer um parágrafo a parte. Quem trabalha com música sabe que a carreira solo de Ozzy Osbourne é muito maior, em termos comerciais – ou seja, venda de discos, shows e tudo mais que envolve o Madman -, do que toda a trajetória do Black Sabbath. Ozzy conseguiu extrapolar os limites do heavy metal e se transformou em um ícone da cultura pop, reconhecido tanto pelo mais radical fã de black metal quanto pela menininha de 13 anos que só ouve Lady Gaga. Nos Estados Unidos, Ozzy é uma entidade em todos os aspectos – artística, iconográfica e, principalmente, comercial. Traduzindo: sob o comando de sua esposa Sharon, Ozzy Osbourne é uma das maiores máquinas de fazer dinheiro do mundo da música. Porém, a maioria dos fãs, sempre cega e burra, não consegue entender isso. Mas Tony e Geezer, mais do que entender, sabem muito bem o que Ozzy significa. E, a julgar pelas declarações de Ward, o baterista ou não está bem informado, ou está posando de mártir, com uma postura romântica pra lá de inapropriada.

O fato é que bandas gigantescas como o Black Sabbath, o Iron Maiden e o Metallica são, antes de tudo, grandes empresas. Os músicos não são “brothers que tocam juntos”, mas sim sócios de um mesmo empreendimento. Pode doer para você que acredita que o mundo da música é guiado somente por aspirações artísticas, mas é assim que funciona. E mais: isso não anula a validade dos trabalhos destes grupos. Steve Harris, o dono e chefão do Iron Maiden, por exemplo, é um cara pra lá de fechado. Na formação atual do Maiden, o único músico que mantém uma relação próxima com Harris é o guitarrista Janick Gers, além de Rod Smallwood, empresário da banda. Os demais tem uma relação apenas profissional com Harris, conversando sobre tudo o que envolve o Maiden, compondo juntos algumas vezes, mas os caras não são amigos próximos. Com o Metallica é a mesma coisa. Imaginem pessoas que são sócias em uma empresa e querem torná-la cada vez maior, gerando lucros sempre crescentes. É assim que é, por mais chocante que possa parecer.

Com o Black Sabbath as coisas também são dessa maneira. Ozzy e Tony compuseram a maioria das faixas do novo disco. Porém, Bill Ward quer que a banda divida os créditos nas composições, como faziam nos anos setenta. Isso, somado ao fato de que Iommi, segundo o que se fala nos bastidores, está descontente com o trabalho de Ward há anos e não esconde isso de ninguém, azedou de vez as coisas. E o baterista, ao invés de seguir o que já estava acordado – sim, porque ele assinou um contrato aceitando os termos antes do anúncio da reunião, em 11/11 -, resolveu posar de mártir e colocar a boca no trombone. É claro que a reação natural da maioria dos fãs do Black Sabbath em todo o mundo foi, instintivamente, se posicionar a favor de Bill Ward, mesmo sem saber de um décimo do que está rolando nos bastidores.

Eu, particularmente, acho essa martirização de Bill Ward em praça pública pra lá de ridícula. Como já disse, fã cego e burro acredita em tudo, até em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, mas a verdade é que Ward, há décadas, não tem mais saúde para aguentar o tranco que é tocar com o Black Sabbath. Porém, para os fãs é mais fácil romantizar a coisa e colocar a culpa toda em Sharon Osbourne – antipática, porém uma empresária genial – do que enxergar o que realmente está acontecendo. Basta pegar qualquer livro sobre a banda – e eles existem aos montes por aí, é só pesquisar – para perceber que Bill Ward sempre foi um coadjuvante na história do Sabbath. Ele é um ótimo baterista, isso é inegável, mas, artisticamente, quem sempre deu as cartas e fez a diferença foi o trio Ozzy, Tony e Geezer. Todas as ideias para as músicas nasceram da mente dos três. É claro que seria legal ter a formação original junta novamente, mas isso não vai mais rolar e não é, como estão pintando por aí, o fim do mundo e o mico do ano. Eu - e acredito que vocês também - quero ouvir o novo disco da banda, e não vejo a hora disso acontecer. Para mim, pouco importa de Ward vai estar ou não nele. É uma história similar ao ótimo novo álbum do Van Halen: tem fã chato reclamando da ausência de Michael Anthony, mas ela não é sentida no disco, que é espetacular.

As alternativas mais óbvias para substituir Bill Ward são Vinny Appice e Tommy Clufetos. Vinnie, como você bem sabe, assumiu o posto de Ward na turnê de Heaven and Hell (1980) e gravou os clássicos Mob Rules (1981) e Dehumanizer (1992) com a banda, além de The Devil You Know (2009), do Heaven and Hell. Ou seja, tem química e experiência com Iommi e Butler, mas nunca tocou com Ozzy. Já Clufetos é o baterista da atual – e ótima – banda do Madman, e, pelo que vazou, assumirá o posto de Ward em questão de dias. Pessoalmente, acho a escolha de Tommy Clufetos, além de mais fácil, também arrojada e apropriada. O heavy metal atual é muito diferente daquele que o Sabbath tocava na década de 70. Ele é mais agressivo e pesado hoje em dia, além de muito mais rápido. Acredito que Clufetos daria uma renovada no som do Sabbath, tornando moderno sem descaracterizá-lo, afinal os donos da batuta são Ozzy e Iommi.

Concluindo, acalmem-se e deixem as paixões e, principalmente, o romantismo de lado. A volta do Black Sabbath só será um fracasso se o disco for ruim, e, na boa, não acredito que isso acontecerá. Estamos falando de músicos experientes e talentosos, que sabem exatamente o que estão fazendo. Além disso, o produtor Rick Rubin tem um toque especial e sabe como tornar o som de uma banda atual sem distanciá-lo de suas raízes. O sonho continua vivo, e ele está muito longe de virar pesadelo.

Quanto a Bill Ward, sugiro que fique em casa fazendo ovos mexidos e mamadeiras para os seus netos, sobrevivendo dos royalties que ainda recebe referentes aos álbuns do Sabbath dos quais participou.

As coisas funcionam assim, quer você queira ou não.

BLACK SABBATH: FILHO DE BILL WARD SAI EM SUA DEFESA

Aron, filho de Bill Ward, emitiu um longo manifesto via Facebook sobre a atual situação de seu pai e o Black Sabbath.

A imprensa está veiculando essa tempestade de merda como se meu pai tivesse desistido. Isso não é verdade. Os caras da banda sabem. Por isso ele falou que a porta sempre esteve aberta.

Meu pai não declinou em frente a chance de tocar com o Black Sabbath  nem ameaçou pular fora da reunião. Suas malas estão prontas. Ele definitivamente quer tocar no álbum e excursionar. Ele se comprometeu com o projeto desde o começo até quando decidiram voar para o Reino Unido. Quando o vi nas férias, ele tinha CDs com as ideias e ensaios. Cada um tinha títulos nos quais eles trabalhavam.

Um mês atrás, ele me ligou para avisar que Tony Iommi tinha sido diagnosticado com câncer. Avisou que iriam passar as semanas seguintes na Inglaterra. Ele ensaiou mais do que eu vi em qualquer momento anterior.

Até três semanas atrás, ele trabalhou duro e próximo dos outros três membros da banda. Estava animado por compor com Tony, Geezer e Ozzy novamente. Sei que se consertarem essa situação, vocês não ficarão desapontados.

Sempre fiquei de fora dos negócios de meu pai. Mas infelizmente a coisa chegou ao nível pessoal, com todos esses idiotas o criticando. Meu pai já superou situações assim várias vezes. Se reergueu nessa merda chamada showbiz nos últimos 30 anos. É respeitado por ser verdadeiro e honesto, não apenas por ser um grande baterista. Já tocou com músicos de Metal, Punk Rock, Hardcore, enfim. Foi um dos primeiros dos anos 1970 a chegar ao fundo do poço e se limpar. Deu apoio a muitas pessoas que caíram nesse inferno chamado vício. Se esforça para manter contato com os fãs. Ama a todos.

Não acredito que ele precisasse transformar isso em algo público. Mas muitos idiotas não possuem ideia do que realmente está acontecendo. Calem a boca e mantenham as especulações e mentiras para si. O que meu pai escreveu foi de coração e completamente honesto. Ele quer que todos saibam o que está ocorrendo. Que recebeu um contrato que não pode aceitar. Infelizmente, alguém está querendo argumentar que a banda não tem escolha. Claro que tem!

Não sejam gananciosos. Se ele fosse, provavelmente teria aceitado qualquer contrato oferecido. Ele vive em uma casa modesta no sul da Califórnia. Paga aluguel, como todos nós. Caso ainda estejam cegos, vejam as coisas desse modo. Tristemente, a declaração do Sabbath é dita como se alguém preferisse ver os membros remanescentes em frente a milhares de fãs desapontados, confusos e ressentidos a dar ao meu pai um tratamento digno.

Creio que as vendas serão severamente afetadas por não ser a formação prometida. Tudo graças à inabilidade de respeitá-lo como integrante fundador que é. Isso destruiu as esperanças dos fãs em ver o lineup original. Que maneira de ferrar um legado poderoso, influente e inspirador para o resto dos tempos.

Para Terry (Geezer, meu padrinho), Ozzy (meu amigo quando era mais novo) e Tony (herói), espero que ouçam os fãs. Eles querem vocês juntos. Como VOCÊS são o Black Sabbath, meu pai também é. Espero que possam resolver as coisas.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

BLACK SABBATH: REUNIÃO PODE SER MICO DO ANO


O dia 11/11/11 foi coberto por um mistério que se revelava com quase 2 ou 3 meses de antecedência. Dedurado pelo filho de Ozzy, Jack, a boa notícia de que o Black Sabbath voltaria a se reunir em estúdio colocou o mundo metal de boca aberta e especialmente ansioso por um momento histórico do rock. No dia 11, o quarteto anunciou ao mundo o retorno de sua formação para turnê e disco novo.

Acho que algumas reuniões são pautas de publicações musicais. Reunião do Sabbath, do Guns, do Van Halen, enfim, na falta de assunto mais pertinente e interessante, reunião é a fuga para alimentar esperanças de fãs de todo o tipo ao redor do planeta.

Particularmente não era a favor desta reunião por conta da história que especialmente esta formação tem. São oito discos clássicos (talvez Never Say Die não) e que de forma emblemática batizaram um estilo, influenciaram gerações e gerações no mundo do rock e reunia quatro grandes figuras do metal, que funcionavam MUITO bem em estúdio e em shows que ficaram na memória de quem teve a oportunidade de assistí-los.

A banda, a meu ver, não precisa provar nada para ninguém. Lançando material inédito, estará sujeita às resenhas maldosas e aguardando (como sempre) um novo Paranoid, um novo Master of Reality. Todos sabemos que é assim que funciona e, se não rolar a famosa química, vão diminuir o trabalho de músicos que possuem outros trabalhos dignos em sua carreira; o próprio Ozzy e Tony Iommi.

Por outro lado, seria AGRADABILÍSSIMO ter a oportunidade que poucos vivenciaram, especialmente no Brasil. Nenhum dos integrantes é mais garoto e as expectativas são sempre reduzidas quando pensamos que a Europa e os Estados Unidos estão à frente do roteiro da turnê do novo disco.

Daí, veio o primeiro baque: o anúncio sobre a doença de Iommi, que, não sejamos ingênuos, é cruel, devastadora e uma foice impecável, especialmente no mundo das estrelas. Com a saúde meia-boca de Ward (da qual pouco foi citada) e agora com Iommi em tratamento, ficávamos com um pé atrás da possibilidade da banda ser INTEGRAL nas suas forças para produção de um novo material e oxalá uma turnê.

… E quando você pensa que tudo está ruim, tudo pode piorar!

A carta de Bill Ward não concordando com os termos do contrato (seja lá que tratativas sejam estas) joga um balde de água fria nos fãs mais ardorosos da banda e arruína o que, em minha opinião, não funciona sob paliativos: a junção da formação original.
Vamos lá, em primeiro lugar: por que fazer um anúncio da grandeza e do porte que ele merece, se nem todos os assuntos estão resolvidos? Lembrem-se que em 2010, Ozzy Osbourne  processou seu “amigo” Tony Iommi pelo uso do nome da banda. Pergunto aos senhores: isso de fato foi resolvido? Se existiam pendências ou posturas com as quais alguns dos membros já não concordavam em se reunir antes (porque esta não fora a primeira tentativa mediante tantos problemas burocráticos de ordem jurídica) por que este assunto não foi posto em dia?

E por isso, volto a dizer: questão financeira é uma pendência relevante? Ok, então que nem tocassem no assunto REUNIÃO. Porque, afinal de contas, todos sabemos que Ozzy é um dos que mais fatura com seus shows, eventos, programas e produtos, Tony sempre manteve uma carreira artística ativa e Geezer quase sempre o acompanhou. Já Ward, justamente pelos problemas de saúde, foi o que menos se manteve ativo. Ora, seria natural que, por circunstâncias que não sabemos mas desconfiamos, que Ward requeresse alguma pepeta como membro da formação original, peça importante no som característico do Sabbath.

O quarteto pode pagar o mico do ano, se já em fevereiro anunciar outro baterista para aquela que seria a reunião da formação original. E pior, levá-lo à estúdio, como se fosse mais um disco do Ozzy ou mesmo das tantas formações do Black Sabbath após a saída do próprio Madman, de Ward, de Dio e etc…

Seria interessante, antes de se pronunciar, que as conversas fossem retomadas nos bastidores e resolvidas, nem que fizesse com que o processo de gravação fosse mais demorado ou mesmo a turnê não se consolidasse.

No mínimo, patético.

Obs.: Peter Criss já se sujeitou em VÁRIAS situações no Kiss  a ganhar créditos de discos que efetivamente não gravou. Não sei as atuais condições técnicas do músico inglês, mas será que eles iriam propor que apenas o nome de Ward figurasse no disco? Vamos aguardar.

BLACK SABBATH: BILL WARD OFICIALMENTE FORA DA REUNIÃO


A seguinte mensagem foi postada no perfil oficial do Black Sabbath  no Facebook:

"Ficamos tristes de saber ontem, via Facebook, que Bill se recusou publicamente a participar  em nossos planos atuais para o Sabbath... nós não temos escolha a não ser continuar a gravar o álbum sem ele, por mais que nossas portas estarão sempre abertas... ainda estamos reunidos com Tony. Escrevendo e e gravando o novo álbum continuamente. Nos veremos no Download Festival!

- Tony, Ozzy e Geezer"

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

BLACK SABBATH: BILL WARD AMEAÇA ABANDONAR REUNIÃO


O baterista Bill Ward emitiu a seguinte carta pública:

Queridos fãs do Sabbath, amigos músicos e partes interessadas

Adoraria ser possível continuar com o álbum e turnê da banda. No entanto, não posso continuar enquanto um contrato “assinável” não seja estabelecido. Algo que reflita dignidade e respeito que eu mereça como membro original. Ano passado, trabalhei acreditando na boa fé de Tony, Ozzy e Geezer. Em 11 de novembro, mais uma vez confiando, participei da coletiva de imprensa em Los Angeles. Dias atrás, após quase um ano de negociações, outro contrato desrespeitoso me foi oferecido.

Apesar de ter dado um passo atrás, ainda estou de malas prontas para deixar os Estados Unidos e ir para a Inglaterra. Definitivamente quero tocar no disco e excursionar. Desde que a doença de Tony foi descoberta e a notícia da mudança da banda para o Reino Unido, fiquei em estado de alerta para viajar. Tentei descobrir o que estava acontecendo e descobri que estava sendo deixado para trás (não pela primeira vez, devo acrescentar). Tenho a impressão que, se não assinar aquele contrato, não saberei de nada.

Mesmo querendo participar, devo manter uma postura e não assinar algo com o qual não concorde. Se fizer isso, estarei perdendo direitos, dignidade e respeitabilidade como músico. Acredito na liberdade de expressão. Cresci em uma banda de Hard Rock/Metal, que tocava de coração, com honestidade e sinceridade. Me envolvo no espírito da integridade, longe de questões burocráticas. Sou real, honesto, justo e apaixonado pelo que faço.

Se acabar sendo substituído, ao menos poderei continuar vos encarando como fãs dedicados. Espero que não me responsabilizem se a reunião da formação original não acontecer como prometido. Sem nenhuma sensação de culpa, quero assegurar que minha lealdade ao Sabbath segue intacta. Essa é a minha verdade. Estou pronto para ir SE me oferecerem um contrato justo. Não quero desapontar ninguém. Será muito triste se algo não acontecer pelos desejos alheios.

Minha posição não é sustentada pela ganância. Não quero simplesmente mais dinheiro, como se fosse uma chantagem. Apenas quero reconhecimento às minhas contribuições, incluindo a reunião de quatorze anos atrás. Depois daquela turnê jurei a mim mesmo que jamais assinaria um contrato que me prejudicasse. Quero respeito por mim e minha família. Algo que honre o que fiz pelo Sabbath desde o começo.

Essa é a história

Cuidem-se e sejam fortes

Amo todos vocês

–Bill Ward

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

BLACK SABBATH: CAMPANHA PARA O DIA OFICIAL DA BANDA


O conselho municipal de Birmingham está discutindo sobre o fato da cidade declarar um dia oficial do Black Sabbath  em homenagem ao grupo que definiu os pilares do Heavy Metal e que fará uma reunião com a formação clássica no Download Festival, neste ano.

Com isso, a Metal Hammer Britância, uma das principais revistas de Metal no mundo, iniciou uma campanha para fazer com que o Dia Oficial do Black Sabbath se torne uma realidade, e para isso criaram uma página para a Campanha no Facebook. Se você também é favor do Dia Oficial do Sabbath, curta a página e divulgue para seus amigos.

Long Live to Sabbath!

COMEBLACK - SCORPIONS


Se você não se ausentou desse planeta nos últimos dois anos, com certeza sabe que a lendária banda de rock alemã Scorpions anunciou que irá encerrar suas atividades após a gigantesca turnê de seu suposto último álbum de inéditas, Sting in The Tail (2010). Independente do fato deste anúncio ser ou não uma grande jogada de marketing, é fato que a banda de Hannover formada atualmente por Klaus Meine (vocais), Rudolph Schenker e Mattias Jabs (guitarras), Pawel Maciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) está aproveitando todas as oportunidades que tem para se “de$pedir” de seu público. Já foi anunciada a parte final de sua turnê mundial de despedida, intitulada Final Sting Tour 2012, e no final de 2011 lançaram Comeblack, seu 18º disco de estúdio. O disco nada mais é do que uma coletânea com regravações dos maiores sucessos dos alemães nos anos 80, e também interpretações de canções obscuras de algumas de suas influências, como T.Rex, Small Faces, The Kinks, Gloria Jones e, inevitavelmente, Beatles e Rolling Stones.
O repertório regravado da banda, de tão batido chega a ser completamente previsível, apesar de tentarem inserir mais peso e modernidade em músicas como “The Zoo”, “Rock You Like a Hurricane”, “Blackout” e “Rhythm of Love”. Porém, as versões aqui soam absolutamente idênticas às canções originais, logo estas não acrescentam em nada à carreira da banda. Se a intenção deles era resgatar clássicos da sua discografia, falharam miseravelmente em seu objetivo, onde obteriam maior êxito se reinterpretassem canções perdidas dos anos ’70, época na qual passaram dois dos músicos mais competentes da história da banda: Uli Jon Roth e Michael Schenker. Versões renovadas de pérolas como “Robot Man”, “Pictured Life”, “Speedy’s Coming” ou “Can’t Get Enough”, de um tempo onde a banda era tão perigosa quanto seu nome sugere, seriam muito bem vindas aqui com uma roupagem mais moderna e, por que não, com os guitarristas originais, uma vez que volta e meia os mesmos fazem participações especiais em shows desta turnê de encerramento da carreira da banda.
Entretanto, nada é tão ruim que não possa piorar, e a coisa chega ao estado de calamidade ao incluírem duas das canções mais “coxinhas” da história da música universal: as pavorosas “Wind Of Change” e “Still Loving You”. Sejamos francos: há de ser MUITO FÃ (sim, em caixa alta mesmo) pra aturar mais uma versão destas músicas, que de tão piegas beiram a vergonha alheia. Essas músicas soam como uma piada de absoluto mau gosto à capacidade da banda de produzir repertório de qualidade, o que eles definitivamente já comprovaram que sabem fazer.

A coletânea ameaça melhorar, e muito, com a inclusão dos covers de alguns artistas que influenciaram a trajetória dos escorpiões, e já começa com aquela que é, sem dúvida alguma, a melhor canção de Comeblack. A versão de “Tainted Love”, (originalmente gravada por Gloria Jones em 1965, e que alcançou fama mundial em 1981, com o Soft Cell) foi aqui rearranjada com peso e uma interpretação surpreendente da banda, com destaque para o excelente baterista James Kottak. Porém, a esperança de boa músicas cai por terra com a audição do restante do repertório de covers, e eles retornam com a mesmice e a falta de criatividade das canções anteriores, pois a banda aqui se omite completamente de arriscar a injetar personalidade em músicas como “Across The Universe” dos Beatles, “Tin Soldier”, do Small Faces e “All Day And All Night”, do Kinks.

A balada “Ruby Tuesday”, dos Stones, encerra de forma melancólica um repertório que só agradará mesmo aos fãs mais fervorosos da banda, ou aqueles que desconhecem a discografia da banda e acham que eles surgiram com “Animal Magnetism” (1980). Uma pena esquecerem de que o filé mignon da carreira da banda foi lançado um pouco antes disso...

Tracklist:

01 - Rhythm of Love - 3:39
02 - No One Like You - 4:06
03 - The Zoo - 5:38
04 - Rock You Like a Hurricane - 4:15
05 - Blackout - 3:48
06 - Wind of Change - 5:08
07 - Still Loving You - 6:43
08 - Tainted Love (Gloria Jones cover) - 3:27
09 - Children of The Revolution (T. Rex cover) - 3:33
10 - Across The Universe (The Beatles cover) - 3:17
11 - Tin Soldier (Small Faces cover) - 3:14
12 - All Day And All Off The Night (The Kinks cover) - 3:15
13 - Ruby Tuesday (Rolling Stones cover) - 3:54