O MEL DO ROCK

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terça-feira, 31 de maio de 2011

FILHO DE RENATO RUSSO GANHA PAPEL EM FAROESTE CABLOCO

O único filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, acompanha de perto as filmagens de “Faroeste caboclo”. De tão perto que acabou ganhando um papel na trama. “Ainda não posso falar sobre o personagem porque será uma surpresa. Queria fazer minha homenagem também”, conta Giuliano, fruto do relacionamento do vocalista da Legião Urbana com uma fã, Raphaela Bueno, morta em um acidente de carro em 1989.

Giuliano mora com a avó no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, e, aos 21 anos, se divide entre o curso de administração em uma faculdade particular e a administração prática de uma produtora cultural.

A carreira de produtor começou aos 16 anos, quando ele percebeu que seria difícil encontrar alguém que ajudasse na divulgação de sua banda de heavy metal. “Eu tinha uma banda que ninguém queria produzir, então peguei as rédeas e comecei a procurar shows para a banda. Também criava shows por conta própria, até que um dia um amigo deu a ideia de nos profissionalizarmos.”

A aproximação com a equipe que está filmando “Faroeste” aconteceu naturalmente. Além de único filho de Renato, Giuliano é herdeiro de grande parte do espólio das músicas da Legião Urbana. Mas diz que, quando se trata da banda, todas as decisões são tomadas em conjunto com os outros ex-integrantes da Legião, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, que hoje desenvolvem trabalhos solo.

“Eu sou o herdeiro do trabalho do meu pai, não de toda a obra da Legião Urbana. Cada um seguiu seu caminho e, por morarmos em cidades diferentes, não temos muito contato. Mantemos apenas uma relação profissional”, diz.

Quando as gravações de “Faroeste Caboclo” se encerrarem, Giuliano vai mergulhar em outro filme, dedicado a retratar a adolescência de seu pai nos anos 80. Dirigido por Antonio Carlos da Fontoura, “Somos tão jovens” terá Thiago Mendonça, que viveu o cantor Luciano em “Dois filhos de Francisco”, no papel de Renato Russo. As filmagens em Brasília estão previstas para começar no final de maio.

Giuliano está colaborando com a produção local e também na seleção de bandas para a trilha sonora. “Tento sempre me envolver em todos os projetos que cercam a Legião Urbana."

JUDAS PRIEST E WHITESNAKE FAZEM SHOW JUNTOS NO BRASIL

Com álbuns lançados há pouco tempo, Judas Priest, com Nostradamus (2008), e Whitesnake, com Forevermore (2011), esses dois gigantes do heavy metal voltam ao Brasil para apresentações em três capitais e o distrito federal. Judas Priest vem com a turnê Epitaph, que marca a despedida do grupo dos grandes shows mundiais. Para celebrar, a turnê conta com um set list recheado de músicas que fizeram do Judas Priest uma das maiores bandas de metal do mundo.

Por outro lado, Whitesnake apresenta um show baseado no disco recém-lançado, Forevermore. O 11º álbum do grupo de David Coverdale (ex-vocalista de banda Deep Purple) já entrou no TOP 200 da Billboard e conta com as participações de Doug Aldrich (ex-Dio) e Reb Beach (ex-Alice Cooper), que também estão excursionando com a banda.

Ambos os grupos já passaram, ou irão passar, com suas respectivas turnês por países como EUA, Finlândia, Suécia, Noruega, Suiça, Bélgica, República Tcheca, Grécia, Turquia, Reino Unido, Sérvia, Alemanha e México. O Brasil, como não poderia ficar fora da rota das turnês de Judas Priest e Whitesnake, terá apresentações com elas juntas, dividindo a mesma noite e palco.

Com realização da Time For Fun, a turnê passará por São Paulo (Arena Anhembi – 10/09), Rio de Janeiro (Citibank Hall – 11/09), Belo Horizonte (Chevrolet Hall – 13/09) e Brasília (Ginásio Nilson Nelson – 15/09). Clientes Credicard, Citibank e Diners contam com pré-venda exclusiva para os shows no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, entre os dias 07 e 13 de junho. O público em geral, nessas cidades, pode adquirir ingressos a partir de 14 de junho. Mais informações sobre pré-venda e venda em São Paulo e valores de todos os shows da turnê serão divulgadas em breve.

Aqui no Brasil, os fãs podem contar com sucessos das bandas como Breaking the Law, Painkiller, Living After Mightnight, Angel e Diamonds and Rust (Judas Priest), e Is This Love?, Love Ain't No Stranger e Here I Go Again (Whitesnake).

ALICE COOPER: "O ROCK ESTAVA CHATO, DECIDI DAR UMA AGITADA"

Durante entrevista para o UOL Música, o precursor do rock teatral, ALICE COOPER, falou entre outras coisas sobre as fases de sua carreira, o show no Brasil em 1974 e a sua influência na queda do movimento Hippie. A Titia se apresenta hoje (31) em Porto Alegre e depois segue por São Paulo (02/06) e Rio de Janeiro (03/06. Confira os principais trechos da conversa.

Influência no Rock dos anos 70

"Estouramos com "Eighteen", em 1970, e "School's Out", um pouco depois. As pessoas ouviam a música no rádio e queriam saber quem era esse tal de ALICE COOPER. E então quando viam o nosso visual e o que fazíamos no show, com guilhotinas, cobras e sangue... bem, o visual do Rock and Roll mudou completamente depois de nós. Até então todo mundo curtia paz e amor, jeans e camiseta, jam sessions até que, de repente, aparece o ALICE COOPER fazendo algo diferente, show business, espalhafatosos e maquiados. Depois disso apareceram DAVID BOWIE e T-REX, mas fomos nós que abrimos a porta para este tipo de coisa."

Interferência na Queda do movimento Hippie

"Eu queria destruir completamente aquilo. Ou melhor, ser um contrapeso. O rock estava ficando chato naquela época «dos anos 70», então decidi dar uma agitada. Pensei: 'se todo mundo quer ser o Peter Pan, nós seremos o Capitão Gancho. Devemos ser a banda vilã'. Nós amávamos os Beatles, mas por que ser como eles? Por que ser como os Stones? Outra coisa importante foi a androginia. Ninguém fazia isso até então. Usávamos calças de couro preto com botas de motociclista e vestidos das nossas namoradas, as os vestidos eram rasgados e sujos de sangue. Não era afeminado, era aterrorizante. Nunca tivemos uma aparência feminina, parecíamos malucos."

COMPLETANDO 30 ANOS, O ÁLBUM 'MOVING PICTURES', DO RUSH, GANHA EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

RIO - Poucas bandas no mundo conseguem continuar relevantes em seu oitavo disco. É ainda mais raro um grupo lançar uma obra-prima num ponto tão avançado da carreira. Pois em 1981 o Rush surpreendeu o mundo com "Moving pictures". Os três nerds de Toronto tinham uma base estabelecida de fãs, mas ainda não haviam produzido nenhum hit em 13 anos de carreira - boa parte dela dedicada a longas suítes de rock progressivo. Mas isso estava prestes a mudar graças ao disco que venderia quatro milhões de cópias só nos EUA e daria à banda sua primeira música a se tornar sucesso radiofônico, "Tom Sawyer".

Após a extravangâcia progressiva de "Hemispheres", de 1978 - com os 18 minutos da suíte "Cygnus X-1" e a instrumental "La Villa Strangiato", classificada pelos próprios músicos como "um exercício de auto-indulgência" -, o Rush já havia retornado a músicas mais curtas e acrescentado elementos típicos da new wave e do reggae ao seu som elaborado em "Permanent Waves", de 1980.

No ano seguinte, a banda decidiu manter esse caminho em "Moving pictures", disco no qual o baterista e letrista Neil Peart voltava a dois de seus temas favoritos: movimento e liberdade - e as ameaçadoras e constantes tentativas de cerceá-los. A técnica impecável está lá, com sonoridade mais moderna e sem medo de ser popular, mas evitando sempre os modismos que tornaram tantas obras do início da década de 80 datadas.

Para comemorar os 30 anos do disco, a Universal lançou uma versão de luxo do CD com um belo encarte recheado de fotos das sessões de gravação, texto do renomado jornalista David Fricke sobre o álbum e todas as letras. Acompanha ainda um DVD (ou Blu-Ray) com vídeos de "Tom Sawyer", "Limelight" e "Vital signs" com som mix surround 5.1.

"Moving Pictures" começa com uma das introduções mais conhecidas do rock, o teclado e bateria de "Tom Sawyer", celebrizada no Brasil como música de abertura do seriado "Profissão: Perigo", aquele do McGyver. Inspirado no clássico de Mark Twain, Peart imagina como seria nos dias atuais o garoto cuja "mente não está a venda / para nenhum Deus ou governo". A letra foi escrita junto com Pye Dubois, numa parceria rara.

Na segunda música, "Red Barchetta", o baterista volta a mostrar as fortes influências da literatura em suas composições. A canção é inspirada no conto "A Nice Morning Drive", de Richard Foster, e foi batizada em homenagem ao carro favorito de Peart, a Ferrari 166, conhecida como Barchetta. Num futuro onde carros velozes são proibidos, o autor encontra uma "Barchetta vermelha" na casa de um tio e aproveita os domingos para sentir o prazer e a liberdade da velocidade.

Na sequência vem "YYZ", música instrumental que costuma atrair até mesmo os que não são fãs do estilo rebuscado do Rush. O nome da canção faz referência ao código do aeroporto de Toronto e o riff reproduz as letras YYZ em código morse. Pela complexidade de execução, a música se tornou ao longo do tempo um padrão para determinar qualidade de instrumentistas, além de uma favorita em jogos como "Guitar Hero" e "Rock Band".

O segredo para a longevidade do Rush pode ser encontrado na letra de "Limelight". Acompanhado pelo riff hard rock de Alex Lifeson e a bateria quebrada de Peart, Geddy Lee canta como todo artista deve se proteger da alienação causada pela "jaula dourada" que é a vida de estrela do rock, mantendo a "fascinação" e "relação verdadeira" com a música.

A canção mais longa do disco é "Camera Eye", com quase 11 minutos de duração. Ela traz uma longa introdução de teclados antes de se dedicar a descrever as cidades de Nova York e Londres. Logo em seguida vem "Witch hunt", uma música sombria sobre censura e preconceito. O disco fecha com "Vital signs", onde as influências do reggae ficam claras nos riffs de guitarra. O forte uso de sequenciadores já indica o caminho que a banda tomaria no disco seguinte, "Signals".

Vale lembrar que na atual turnê, "Time Machine", a banda toca o disco na íntegra, levando os fãs ao delírio. Como o baterista e letrista Neil Peart fala no documentário "Beyond the lighted stage", "Tom Saywer" nunca deixa de ser prazerosa de tocar, pois é sempre difícil. E é sempre um prazer pra gente ouvir também, Neil.

DIO: "NÃO SAÍ, FUI DEMITIDO", DIZ VIVIAN CAMPBELL

O guitarrista Vivian Campbell jamais se desvencilhará de seu passado. Durante entrevista ao programa de rádio Inside Heavy, o irlandês se viu mais uma vez convidado a falar sobre seu tempo com Dio.

“Por um lado era estranho, pois Ronnie era bem mais velho. Era como estar em uma banda com seu pai, no meu caso, com um padrasto, pois tínhamos uma relação tensa. Não tínhamos muito em comum, exceto a música. Tenho certeza que era tão difícil para ele quanto para mim. Mas musicalmente era demais. A primeira encarnação da banda Dio foi a melhor. Os dois primeiros álbuns eram muito fortes, havia uma vibração legal no ar. Depois, algo aconteceu. Muitas pessoas, até hoje, pensam que eu decidi sair, mas não é verdade. Fui demitido em meio à turnê do disco Sacred Heart. Nunca quis sair, mas obviamente Ronnie tinha um pensamento diferente. Nunca mais nos falamos depois”.

Apesar de atualmente possuir uma visão mais positiva sobre essa época, Vivian declarou que não pretende se envolver em nenhum tipo de tributo ao saudoso cantor. “Nem tenho certeza se realmente gostaria disso. Nem fui convidado, mas mesmo que fosse, com certeza não estaria disponível. Vou sair em uma grande turnê com o Def Leppard e pretendo continuar com o Thin Lizzy quando puder. Só teria interesse em algo que envolvesse a formação original do Dio, com Vinny Appice na bateria, Jimmy Bain no baixo e Claude Schnell nos teclados. Mas nem imagino quem poderia assumir os vocais. Seria preciso um grande cara, pois Ronnie era, definitivamente, o melhor de todos no gênero. Não consigo pensar em alguém que cantasse como ele.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ANTES DO BLACK SABBATH: AS 50 MÚSICAS MAIS PESADAS DO ROCK

Com os olhos voltados à pré-história do heavy metal, a revista Guitar World publicou uma lista das 50 músicas mais pesadas do rock antes do advento do BLACK SABBATH em seu álbum de estréia de 1970.

Confira a relação, elaborada por Josh Hart e Damian Fanelli:

50 - THE TROGGS, "Wild Thing" (1966)
49 - THE YARDBIRDS, “Happenings 10 Years Time Ago” (1966)
48 - THE WHO, "My Generation" (1965)
47 - COVEN, "Pact With Lucifer" (1969)
46 - THE GUESS WHO, “American Woman” (1970)
45 - PINK FLOYD, "Interstellar Overdrive" (1967)
44 - THE COUNT FIVE, "Psychotic Reaction" (1966)
43 - THE WAILERS, “Out of Our Tree” (1966)
42 - SAM GOPAL, "Season of the Witch" (1969)
41 - CREAM, "Sunshine of Your Love" (1967)
40 - THE KINKS, "You Really Got Me" (1964)
39 - DRAGONFLY, “Blue Monday” (1968)
38 - CAPTAIN BEEFHEART, “Diddy Wah Diddy” (1966)
37 - BUNKER HILL, “The Girl Can’t Dance” (1963)
36 - CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL, “Fortunate Son” (1969)
35 - HUMBLE PIE, "Desperation" (1969)
34 - THE BEATLES, “I Want You (She’s So Heavy)” (1969)
33 - ARZACHEL, "Leg" (1969)
32 - TEN YEARS AFTER, "Bad Scene" (1969)
31 - LED ZEPPELIN, "Whole Lotta Love" (1969)
30 - JIMI HENDRIX, "Purple Haze" (1967)
29 - IRON BUTTERFLY, "In-A-Gadda-Da-Vida" (1968)
28 - VANILLA FUDGE, "You Keep Me Hangin’ On" (1967)
27 - BLACK WIDOW, "Come to the Sabbat!" (1969)
26 - THE SONICS, “The Witch” (1965)
25 - ANDROMEDA, "Keep Out ’Cos I’m Dying" (1969)
24 - VELVET HAZE, "Last Day on Earth" (1967)
23 - THE KINKS, "All Day and All of the Night" (1964)
22 - THE CRAZY WORLD OF ARTHUR BROWN, "Fire" (1968)
21 - STEPPENWOLF, "Born to be Wild" (1967)
20 - LED ZEPPELIN, "Communication Breakdown" (1969)
19 - BLUE CHEER, "Summertime Blues" (1968)
18 - STONE GARDEN, "Oceans Inside Me" (1969)
17 - CREAM, "Tales of Brave Ulysses" (1967)
16 - KING CRIMSON, "21st Century Schizoid Man" (1969)
15 - SCREAMIN’ JAY HAWKINS, “I Put a Spell on You" (1956)
14 - DEEP PURPLE, "Wring That Neck" (1968)
13 - VALHALLA, “Hard Times” (1969)
12 - THE STOOGES, “I Wanna Be Your Dog” (1969)
11 - THE 31 FLAVORS, "Distortions of Darkness" (1969)
10 - THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE, "Voodoo Child (Slight Return)" (1968)
09 - CROMAGNON, "Caledonia" (1969)
08 - THE BEATLES, "Helter Skelter" (1968)
07 - JACULA, “Triumphatus Sad” (1969)
06 - BITTER CREEK, "Plastic Thunder" (1967)
05 - EDGAR BROUGHTON BAND, "Evil" (1969)
04 - PINK FLOYD, "The Nile Song" (1969)
03 - HIGH TIDE, "Death Warmed Up" (1969)
02 - MC5, "Kick Out the Jams" (1969)
01 - LED ZEPPELIN, "Dazed and Confused" (1969)

OZZY OSBOURNE: NOVO ÁLBUM PROMETE VOLTAR ÀS RAÍZES

Em nova entrevista realizada com OZZY OSBOURNE pela Planet Rock, ele conversou com Nicky Horne sobre os 30 anos desde os lançamentos dos dois álbuns, "Blizzard of Ozz" e "Diary Of A Madman", os altos e baixos do BLACK SABBATH, seu desejo de que Randy Rhoads estivesse vivo.

Ozzy também revelou que ele vai voltar às raízes com seu novo álbum. "Em meu próximo álbum, posso assegurar que vai ser um retorno às bolas contra parede (Balls To The Wall)", disse ele. "Já escrevi algumas coisas, trabalhei algumas idéias com a minha banda".

Em uma outra entrevista cedida à Heavy Metal Thunder, pela rádio Metal Messiah, Ozzy falou como será a sequência desde o álbum "Scream", de 2010: "Quero que seja algo mais básico neste próximo álbum. Eu não tenho um título. Eu escrevi um monte de coisas. Mas eu realmente não posso dar mais informações. Acho que não vai demorar muito. Tudo o que posso dizer para você é que eu tenho algumas idéias para canções, mas não posso dizer quando vai ser lançado porque eu mesmo não sei".

"Eu não tenho uma fórmula. Tentei algumas idéias... várias. 'Scream' foi um álbum experimental, porque eu não tinha uma banda fixa na época. O guitarrista Gus G veio e os caras tocaram no álbum depois de eu ter realizado vários trabalhos com meu produtor, Kevin Churko, no meu estúdio".

Durantes as gravações de "Scream", no estúdio em sua casa em Los Angeles com o produtor Kevin Churko, a maioria das composições e letras, foram feitas em computadores. Ozzy disse ao The Pulse of Radio que ele até gostou de trabalhar dessa forma, mas queria fazer algo diferente na próxima vez. "No final do dia, o resultado final ficava muito legal, mas eu não sei se quero continuar a fazer dessa forma", disse ele. "Eu gosto de fazer como nos álbuns anteriores, ensaiar e tocar com a banda, mas vai ser bom incorporar essa tecnologia no novo álbum".

Tommy Clufetos disse à "Talking Metal" que a banda já começou a compor algumas idéias durante a turnê: "Nós já estamos com novas idéias guardadas, compomos toda hora, nos quartos de hotéis, na passagem de som, pretendemos aproveitar todas, o tempo dirá o que vai acontecer".

quarta-feira, 25 de maio de 2011

KISS: BANDA ENTRA NOVAMENTE PARA O GUINNESS

Na semana passada, em Los Angeles, Gene Simmons e Paul Stanley do KISS, participaram de um evento que entrou para o Guinness. Os músicos criaram um Chat (bate-papo online) e se comunicaram com pessoas de todo o mundo, em mais de 100 países.

O evento, chamado de Live Kiss and Global, foi apresentado e oferecido pelo Ortsbo.com, em tempo real e com tradução simultânea.

Fãs de todo o mundo, que se registraram no Ortsbo.com, tiveram a oportunidade de interagir com Simmons e Stanley em suas línguas nativas por meio das salas de bate papo. Perguntas e respostas foram imediatamente traduzidas em até 53 idiomas, permitindo que os participantes de todo o mundo entendessem todo o evento em suas línguas nativas.

Um salão de baile no hotel de Beverly Hills foi transformado em uma boate, com Simmons e Stanley sentados sobre o palco com um computador, rodeados por ítens do Kiss, incluindo guitarras, uma motocicleta, etc.

Simmons digitava no teclado do computador, demonstrando algumas habilidades realmente impressionantes. A dupla respondeu a perguntas de todo o mundo, elogiando a tecnologia Ortsbo e o maravilhoso poder de criar um novo mundo com a linguagem on-line.

As perguntas vieram de mais de 100 países e foram traduzidas para o inglês de Simmons e Stanley, cujas respostas foram, então, traduzidas de volta para a língua nativa de cada participante do bate-papo.

O bate-papo foi registrado oficialmente no Guinness World Record, com o recorde de maior chat online com diferentes nacionalidades, e a cerimônia foi realizada em frente ao palco.

Gene Simmons disse que Ortsbo da Noisecreep está desempenhando um papel importante na história das redes sociais. "A tecnologia Ortsbo está ajudando o mundo a se unirem. É como se o planeta Terra tivesse uma só língua, entende? É como um milagre".

EDDIE VAN HALEN: FALANDO SOBRE O SOLO DE "BEAT IT"

A revista Smithsonian entrevistou recentemente Eddie Van Halen, que falou sobre sua decisão de doar sua guitarra, Frank 2, ao Museu Nacional de História.

Quando perguntado sobre qual de suas colaborações musicais é sua favorita Eddie disse, "'Beat It' do Michael Jackson se destaca para mim. O produtor Quincy Jones me chamou e pediu para tocar. Quando cheguei, levei uns 15 minutos para rearranjar a música e eu toquei dois solos e disse a eles que podiam pegar o que preferissem. Então o Michael veio e disse, 'Uau! Eu realmente gostei dessa coisa rápida que você fez.' Foi muito divertido fazer. É loucura como uma coisa pode tomar tão pouco tempo e se tornar algo além de qualquer coisa que você possa imaginar."

ERIC CLAPTON: HOMENAGEM GARY MOORE EM ATUAL TURNÊ

Em sua atual turnê, Eric Clapton vem homenageando o saudoso Gary Moore ao executar uma versão para seu clássico “Still Got The Blues”. Para quem não lembra/não sabe, o irlandês substituiu Clapton em uma quase reunião do Cream, que foi o BBM (Bruce, Baker & Moore).

Confira o Deus da guitarra tocando a música em recente apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.


PARA ASSISTIR O VÍDEO CLIQUE AQUI!

terça-feira, 24 de maio de 2011

GRANDES NOMES DO ROCK NACIONAL COMENTAM LEGADO DE BOB MARLEY

Há exatamente 30 anos morria Bob Marley, o maior representante do reggae mundial. Sua história e seu legado são indiscutíveis no meio que ajudou a criar. Mas Robert Nesta Marley, nome de batismo do músico, foi muito além das fronteiras do estilo contestador surgido na Jamaica no início dos anos 1970. "Ele está acima do bem e do mal. Foi um marco e é referência até hoje", afirmou Kiko Loureiro, guitarrista do Angra, um dos grandes nomes do rock nacional entrevistados pelo Terra nesta quarta-feira (11) em virtude da histórica data. E a opinião é unânime. "Assim como Elvis Presley iniciou o rock, Bob Marley tem esse crédito por ter colocado o reggae no mundo. Ele era o porta-voz da música jamaicana", disse Kid Vinil, um dos maiores impulsionadores do movimento punk nacional.

Mesmo quem não foi influenciado pelo músico diretamente provavelmente o teve como fonte de inspiração indireta. Bandas como The Clash e The Police, representantes do rock na década de 1980, sempre deixaram claro em suas canções seus gostos pela lenda de longos cabelos estilo rastafari. "O reggae nunca foi muito a minha praia, mas eu conheci o estilo através dessas bandas. E até alguns grupos de punk ingleses, que eu sempre admirei, se influenciaram em Bob", disse Nasi, ex-vocalista do Ira, hoje em carreira solo. "O punk e o new wave absorveram alguns elementos do reggae", explicou Kid Vinil, contando que a música Punky Reggae Party, incluída apenas em coletâneas de Marley, "era meio que uma homenagem dele aos punks da época que usavam elementos do reggae".

Kiko Loureiro teve contato semelhante com o artista, mas através de Eric Clapton, cuja gravação de I Shot the Sheriff foi definida por ele como "muito marcante". "Foi só depois que eu fui descobrir que era do Bob essa música. Ele influenciou muitas bandas na Inglaterra, nos EUA e até aqui no Brasil, como Gilberto Gil, que fez ótimas releituras de suas composições".

E não foram somente as canções, o ritmo e a mensagem política nas letras de Bob Marley os responsáveis por atrair músicos de diversas gerações a ouvir seu trabalho. "Por mais que eu toque metal, eu ouço muito reggae. Muito também por causa da presença que ele tinha no palco, para absorver a energia dele", contou Mi, vocalista da banda Glória. "Ele também foi um compositor de mão cheia", completou.

Diferente de Mi, Silvio Golfeti, guitarrista e fundador da banda de heavy metal Korzus, afirmou não ter acompanhado muito o trabalho de Bob, mas se une ao coro dos outros rockeiros que veem o mito do compositor jamaicano como indiscutível. "Ele foi um ícone. Dentro do que fez, foi um dos tops, o mais importante. Fez por merecer, e, se estivesse vivo, estaria fazendo sucesso".

Além da música
Apesar do posicionamento político, de defensor da liberdade e da democracia, é quase unânime a opinião entre os artistas entrevistados de que o verdadeiro legado de Marley foram mesmo as composições deixadas por ele após sua morte. "Claro que ele vai ser lembrado também por esse lado político, a mensagem de paz e amor, de confraternização. Pela própria imagem rasta, que é muito forte. Mas é a música que vai ficar aí por muitos séculos ainda", disse Kiko.

Nasi corrobou com a afirmação, citando o cantor como o grande criador do reggae, ao unir em uma fórmula os estilos ska e a música negra norte-americana. "Não posso falar que ele vá ficar marcado como o contestador que foi, mas sim pela sua música, que está aí até hoje".

Kid Vinil chegou a comparar Bob Marley com o The Clash para explicar que seus trabalhos, nos dois casos, vão além das mensagens políticas. "O que na verdade ficou dele foram os discos, como Catch a Fire, por exemplo. Assim como o Clash, a música falou muito mais do que a mensagem passada".

BOB DYLAN COMPLETA 70 ANOS EM MEIO A BOATOS DE RETORNO AO BRASIL

Em meio a boatos sobre mais uma passagem pelo Brasil, desta vez para se apresentar no festival SWU, o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan comemora nesta terça-feira (24) 70 anos de idade com uma das mais prolíficas carreiras do rock. Em meio século de estrada, foram lançados 56 discos do músico, entre álbuns de inéditas, coletâneas e performances ao vivo.

A importância de Dylan para a música é tão grande que, em 2008, ele foi eleito pela revista norte-americana Rolling Stone o segundo mais influente artista de rock de todos os tempos , ficando atrás apenas dos Beatles. Além disso, a mesma publicação o elegeu o sétimo melhor cantor do mundo pop e colocou sua composição Like a Rolling Stone, de 1965, como a melhor canção já escrita na história da música.

É incontável o número de artistas influenciados pelo neto de judeus russos nascido na pequena cidade de Duluth, no Estado de Minnesota, sob o nome de Robert Allen Zimmerman. John Lennon era notório fã do cantor, assim como seu colega de Beatles George Harrison, a lenda do reggae Bob Marley, o guitarrista Jimi Hendrix e os eternos Rolling Stones, todos responsáveis por regravar sucessos de Dylan.

Além disso, sua personalidade subversiva deu ânimo à juventude em uma época em que as liberdades individuais, a guerra e o racismo eram regra no mundo dividido pela Guerra Fria entre EUA e URSS. Canções como Blowin´ in the Wind, do álbum The Freewheelin' Bob Dylan - disco de platina em território norte-americano e hit número 1 nas paradas britânicas -, representaram o clamor de paz do movimento hippie que florescia naquela década.

Em 1963, participou da Marcha sobre Washington, gigantesca manifestação liderada pelo pastor Martin Luther King que reuniu mais de 250 mil pessoas na capital norte-americana gritando por liberdade, trabalho e, principalmente, pelo fim da discriminação racial que dominava o país. Only a Pawn in Their Game, homenagem ao ativista de direitos afro-americanos Medgar Evers, morto no mesmo ano, e When the Ship Comes In, tocada ao lado da artista folk Joan Baez, foram algumas das canções apresentadas por ele na ocasião.

Além de Baez, cantora de enorme importância na música folk no início dos anos 1960, grandes nomes da época ajudaram a popularizar as canções de Dylan, cujas letras e melodias geravam enorme identificação entre os artistas.

Sobre o músico, o falecido Beatle George Harrison disse certa vez: "suas letras, sua atitude, tudo isso era original e maravilhoso"; John Lennon, em 1964, o elogiou ao falar da música folk, "eu gosto de Joan Baez, mas amo Bob Dylan". Mais recentemente, em 2008, Paul McCartney revelou, quando questionado sobre o artista com o qual ainda gostaria de fazer parceria: "seria amável colaborar em algo com Bob Dylan".

Casado por duas vezes, uma com Sara Lowds, em 1965, - com quem teve quatro filhos, entre eles Jakob Luke, que se tornou fundador da banda Wallflowers -, e outra com a cantora Carolyn Denis, em 1986 - com quem teve uma filha e se divorciou em 1992 -, Zimmerman é também pintor e autor de livros.

Seus quadros já ganharam diversas exposições, inclusive uma batizada de The Brazil Series, baseada em suas impressões sobre o País quando nele fazia turnê.

Dylan também escreveu diversos livros, como Forever Young, Chronicles e Slow Train Coming.

CENSURA

Em abril deste ano, Dylan causou polêmica entre a imprensa europeia e norte-americana ao não tocar canções de tom político em sua apresentação em Pequim, capital da China, república conhecida pelo caráter repressivo contra ativistas que vão contra o regime vigente. A crítica usou como embasamento o fato de, não só o cantor não ter apresentado faixas como Blowin in the Wind, como de ter tido seu setlist previamente analisado pela produção do evento e, pior, não ter sequer citado o nome do artista local Ai Wei Wei, preso no país por dissidência política.

Também foi bradada uma suposta proibição de o músico se apresentar em território chinês no ano anterior, mas, assim como todas as outras críticas feitas a ele em relação ao evento, foi rechaçada por Dylan em seu site oficial.

"Em primeiro lugar, eu nunca tive permissão negada para tocar na China. Tudo isso foi inventado por um promotor que estava tentando me levar para lá depois de eu ter tocado no Japão e na Coréia. Meu chute é que o cara imprimiu os ingressos e fez promessas a certos grupos sem ter feito qualquer acordo comigo", escreveu sobre o suposto veto.

Em relação à censura no repertório, divulgou: "o Governo chinês pediu o nome das músicas que tocaríamos e nós enviamos os setlists dos shows ocorridos nos três meses anteriores. Se houve alguma canção ou verso censurado, ninguém me disse nada e nós tocamos todas as músicas que pretendíamos tocar".

DROGAS

Em entrevista realizada em 1966 e divulgada na segunda-feira (23), Dylan admite que sofreu com o vício em heroína durante seu auge, na década de 1960. "Eu me livrei da dependência em Nova York. Ela foi muito, muito forte por um tempo e eu cheguei a gastar US$ 25 por dia com a droga" - valor que, nos dias de hoje, equivaleria a US$ 180.

A declaração foi feita em uma entrevista de duas horas concedida ao amigo e jornalista Robert Shelton, durante um voo entre as cidades de Lincoln, Nebraska, e Denver, Colorado, em turnê nos EUA.

A gravação foi redescoberta durante pesquisas para a publicação de uma versão atualizada da biografia de Shelton, No Direction Home, publicada originalmente em 1986. A nova edição deve coincidir com a comemoração dos 70 anos de Dylan.

"Havia boatos ao longo dos anos de que Bob Dylan esteve envolvido com heroína, mas eu certamente nunca havia escutado ele mesmo dizendo isso", comentou Mick Brown, jornalista cultural do diário The Daily Telegraph, com diversas entrevistas com o músico em seu currículo.

RINGO STARR: "BEATLES TIVERAM SORTE EM SER EU O BATERISTA"

Ringo Starr defendeu à revista Live Magazine do jornal Daily Mail que os Beatles foram sortudos em tê-lo como baterista.
Uma opinião sustentada na popularidade de que Ringo Starr já gozava enquanto músico dos Rory And The Hurricanes. "Eu era muito mais conhecido (do que os Beatles) e, além disso, era um baterista cool", clamou.

Sobre a relação com Paul McCartney, Ringo garantiu serem "bons amigos". "Quando estamos no mesmo país, encontramo-nos", assumiu.

"Ele canta e toca no meu último álbum e eu toco em vários dele. Somos companheiros e os únicos sobreviventes a ter vivido a experiência dos Beatles", sublinhou.

Numa outra entrevista, à Radio Times, Paul McCartney alegou que os Rolling Stones tinham ciúmes dos Beatles pelos quatro músicos conseguirem cantar. "O Keith Richards referia-se a nós como monstro de quatro cabeças".

ROCK PROGRESSIVO: AS 25 MELHORES MÚSICAS DE TODOS OS TEMPOS

O crítico musical Sean Murphy publicou no site Popmatters uma lista das 25 melhores músicas de Rock Progressivo de todos os tempos. Murphy esclarece que, para os fins da relação, considerou apenas o período entre 1969 e 1979.

Confira a lista:

25. PINK FLOYD, “Atom Heart Mother Suite”
24. GENESIS, “Return of the Giant Hogweed”
23. JUDAS PRIEST, “Epitaph”
22. RUSH, “Cygnus X-1, Book II: Hemispheres”
21. EMERSON, LAKE AND PALMER, “Pictures at an Exhibition”
20. KING CRIMSON, “Red”
19. PINK FLOYD, “Echoes”
18. RUSH, “Natural Science”
17. YES, “Heart of the Sunrise”
16. JETHRO TULL, “Heavy Horses”
15. PINK FLOYD, “Dogs”
14. EMERSON, LAKE AND PALMER, “Tarkus”
13. KING CRIMSON, “Lizard”
12. GENESIS, “The Battle of Epping Forest”
11. YES, “Awaken”
10. THE WHO, “Underture”
9. PINK FLOYD, “Time”
8. KING CRIMSON, “Larks’ Tongues in Aspic”
7. JETHRO TULL, “Thick As a Brick”
6. RUSH, “2112”
5. GENESIS, “Watcher of the Skies”
4. YES, “Close to the Edge”
3. JETHRO TULL, “A Passion Play”
2. PINK FLOYD, “Shine on You Crazy Diamond”
1. KING CRIMSON, “In the Court of the Crimson King”

GUITARRISTAS E VOCALISTAS: OS 10 MELHORES "CASAMENTOS"

A Ultimate Classic Rock publicou lista das 10 melhores duplas de guitarrista e vocalista da história do rock, levando em conta o entrosamento entre ambos, tanto para compor músicas quanto para se apresentar nos palcos.

Confira a relação, assinada por Spencer Kaufman:

10 - Ozzy Osbourne/Tony Iommi (BLACK SABBATH)
09 - Brian Johnson/Angus Young (AC/DC)
08 - Freddie Mercury/Brian May (QUEEN)
07 - Axl Rose/Slash (GUNS N'ROSES)
06 - Steven Tyler/Joe Perry (AEROSMITH)
05 - David Lee Roth/Eddie Van Halen (VAN HALEN)
04 - Bono/The Edge (U2)
03 - Roger Daltrey/Pete Townshend (THE WHO)
02 - Robert Plant/Jimmy Page (LED ZEPPELIN)
01 - Mick Jagger/Keith Richards (THE ROLLING STONES)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

BANDAS PARAENSES DISPUTAM FESTIVAL EUROPEU

Belém receberá pela primeira vez uma edição do Wacken Open Air Metal Battle, um dos maiores festivais de heavy metal do mundo. Organizado pela revista Roadie Crew, especializada em heavy metal e classic rock, o festival tem etapas regionais para selecionar a banda que irá participar da grande final, realizada no mês de agosto, no vilarejo de Wacken, norte da Alemanha. Este ano o festival terá Sepultura, Ozzy Osbourne, Motorhead, Kreator e Morbid Angel entre as suas 90 atrações.

A seletiva paraense vai reunir as bandas Hellride, A Red Nightmare, Necroskinner, Warpath e All Still Burns, valendo uma vaga para a etapa nacional, marcada para o dia 24 de junho, no Festival Roça ‘n’ Roll, em Varginha (MG).

Para coordenar o júri da edição paraense está em Belém o editor da Roadie Crew, o paulista Airton Diniz, 60 anos, que conversou com a gente.

P: Como começou a Roadie Crew?

R: Sou formado em economia, mas desandei para tecnologia de sistema e informática. Aos 40 anos, com 25 anos de carreira no ramo, resolvi fazer um fanzine com meu sobrinho Cláudio Vicentin. Ele toca bateria, sempre foi ligado à música e trabalhou na década de 90 como roadie do Angra. Queríamos falar de metal: bandas, shows, lançamentos, bastidores, novidades do meio.

P: E qual foi a repercussão?

R: Chamamos a atenção logo de cara. Pelos contatos do Cláudio no meio artístico, tivemos acesso irrestrito aos bastidores do Festival Monsters of Rock, em 1994, que trouxe o Slayer. Isso gerou matérias que nem a grande mídia conseguiu. Estávamos no período pré-internet, sem acesso fácil à informação e sem espaço na grande mídia para um público segmentado. Em 1998, fechamos com uma grande distribuidora e lançamos a revista através da nossa própria editora. Este mês completamos 13 anos, com 143 edições.

P: O fã de metal é um público fiel. Mas o que isso significa em termos financeiros?

R: O metal mudou, e a revista também. Hoje o rock pesado possui muitas ramificações, e para abarcar esses diferentes estilos mudamos nossa linha editorial para classic rock e heavy metal. Continuamos segmentados, mas agora voltados para um lance mais reflexivo, de contar a história, dar referências ao fã, e não apenas falar de lançamentos ou da agenda, informações que têm vida útil muito curta, pois a internet supre essa demanda. Lançamos edições temáticas especiais, sobre a década de 80 no metal, por exemplo.

O metaleiro é um público diferente. Ele é um fã especializado. Quando escuta um disco, é quase um ritual. Ele se concentra, presta atenção na linha do baixo, lê a ficha técnica do disco, entra de cabeça nos detalhes. É uma fidelidade absoluta. Isso significa que é um dos poucos públicos que compra CD e material original. Tudo isso faz parte da experiência de gostar de metal. Por isso o sucesso da revista. Nossa publicação ultrapassa 60% de vendas, enquanto 30% já são fora do normal.

P: Como começou a parceria com o festival?

R: O Wacken Festival começou há 22 anos, num vilarejo alemão que tem apenas 1.600 pessoas, com um punhado de metaleiros na carroceria de um caminhão. Hoje é o principal festival de metal europeu, com três dias de duração, 90 bandas e um público de 70 mil pessoas. Nossa relação com o festival começou no ano 2000, quando fizemos a cobertura do evento. Em 2005, quando eles bolaram o projeto Metal Battle, para dar espaço a novos talentos fora da Alemanha, nos chamaram para organizar o evento no Brasil.

P: O que a banda vencedora pode esperar?

R: O Metal Battle é um adendo ao Wacken Festival. São 32 países, mas na América do Sul ele acontece somente no Brasil. A disputa vale um contrato com a Wacken Records. As seletivas brasileiras acontecem em 21 cidades, cada um com cinco bandas selecionadas pela revista. A exposição para o vencedor é enorme. O Torture Squad, de São Paulo, ganhou em 2006. No ano seguinte fez uma turnê pela Europa bancada pela Wacken Records.

P: Como você avalia a cena metaleira no Norte?

R: Belém é um das principais referências do metal brasileiro, já que o Stress foi a primeira banda de metal a gravar no país. A cena da região Norte é impressionante. A banda Snatch, que ganhou a seletiva de Manaus, é uma das melhores de 2010. Mas o grande problema é a distância física. É muito dispendioso levar uma banda de Belém para um show em São Paulo. Além disso, ainda existe um ranço do público brasileiro em relação a bandas locais. O cara prefere ver uma banda mediana de fora, da qual ele nunca ouviu falar, do que uma banda brasileira que seja muito boa, embora pouco conhecida.

ASSISTA

Seletiva paraense do Wacken Metal Battle Belém 2011, com as bandas Hellride, A Red Nightmare, Necroskinner, Warpath e All Still Burns. Hoje, às 19h, no Studio Pub (travessa Presidente Pernambuco, 277). Ingresso: R$ 15. Informações: 8702-8350.

(Diário do Pará)

FILMES SOBRE RENATO RUSSO E ROCK DOS ANOS 80 MOSTRARÃO BRASÍLIA MENOS CONHECIDA

Em breve, uma Brasília diferente da exibida diariamente nos telejornais ganhará as telas dos cinemas brasileiros. Dois longas-metragens baseados na obra da banda Legião Urbana e na vida de seu vocalista, Renato Russo, além de um documentário sobre o rock brasiliense na década de 1980 prometem jogar luzes sobre um dos momentos mais instigantes da música popular brasileira e atrair um olhar diferenciado para a capital do país.

Dirigido pelo cineasta brasiliense René Sampaio, o longa-metragem Faroeste Caboclo se inspira na famosa canção sobre a saga do “aprendiz de carpinteiro” João de Santo Cristo no Distrito Federal (DF), onde ele se torna “bandido destemido e temido” antes de conhecer Maria Lúcia, “uma menina linda”, a quem ele promete seu amor. As principais cenas estão sendo filmadas na Cidade Ocidental (GO), a cerca de 40 quilômetros do centro de Brasília. As ruas do município goiano retomam as de Ceilândia no final da década de 1970 – cidade do DF onde, na letra da música, ocorre o duelo mais conhecido do rock nacional. A expectativa é que o filme seja lançado ainda este ano.

Com Fabrício Boliveira e Isis Valverde nos papéis de Santo Cristo e Maria Lúcia, o elenco conta ainda com Felipe Abib, Antonio Calloni e um grande número de figurantes. Segundo o produtor Marcello Maia, além de quatro estudantes de cinema de uma universidade local, a produção empregou mais de uma centena de profissionais brasilienses, gerando empregos diretos e indiretos. E irá surpreender quem acha que Brasília se limita aos cartões-postais do Plano Piloto.

“Santo Cristo representa um grupo de pessoas que vieram para Brasília tentar a sorte de um destino diferente, mas a quem as desigualdades sociais acabam impondo um outro caminho. A Ceilândia onde ele vive é um contraponto a Brasília do Plano Piloto de Maria Lúcia. E, nas filmagens no Plano Piloto, buscamos mostrar um tipo de vivência que as pessoas não estão acostumadas a ver”, afirmou Maia à Agência Brasil, ao explicar que o trecho da infância de Santo Cristo será filmado na cidade de Paulínia (SP).

Outra produção a se apropriar de uma canção da Legião Urbana, Somos Tão Jovens é dirigida por Antonio Carlos da Fontoura. O filme trata da adolescência de Renato Russo, fase em que, devido a uma doença óssea rara, o futuro ídolo tinha de permanecer em casa, lendo e sonhando com o sucesso. Muitas das suas canções que mais tarde se tornariam conhecidas começaram a ser compostas neste período.

Já o cineasta Vladimir Carvalho optou por garimpar em seu arquivo pessoal as imagens que utilizará no documentário Rock Brasília – Era de Ouro. Entre as muitas cenas históricas captadas pelo próprio documentarista há imagens como as do último show da Legião Urbana em Brasília, realizado em 18 de junho de 1988, no estádio Mané Garrincha, ocasião em que um quebra-quebra deixou centenas de feridos.

“O documentário conta a jornada épica de bandas surgidas em Brasília, nos anos 1980, como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, e que se projetaram para o país todo, ajudando a transformar a música nacional. Outra importante contribuição do documentário será mostrar uma Brasília viva, contestadora e corajosa, expondo a dinâmica das pessoas que vivem aqui e que tem uma ligação com a cidade”, explica o produtor Marcus Ligocki, que vive na capital desde 1974 e para quem o fato de as três histórias estarem sendo produzidas simultaneamente é uma “feliz coincidência”. “Esse é um tema inquestionável e que ainda não havia sido abordado nos cinemas. Em algum momento, esses filmes seriam feitos”, conclui Ligocki.

De acordo com o diretor de Cinema e Vídeo da Secretaria de Cultura do Distrito, Sérgio Fidalgo, além de movimentar a economia local por meio da contratação de mão de obra técnica e artística, um filme de qualidade exibido para um grande público funciona como um fator de atração turística, despertando nas pessoas o interesse de conhecer a cidade onde as cenas foram rodadas.

“As pessoas vão ao cinema, se apaixonam pela locação e passam a querer conhecer o lugar onde a história foi filmada. Ou seja, o filme atrai turistas”, diz Fidalgo. Segundo ele, o governo da capital há tempos discute formas de estimular produtores de todo o país a ambientarem suas histórias no Distrito Federal, seguindo o exemplo de Paulínia (SP) que, em troca de financiamento público, exige que parte da produção seja rodada no município. Atualmente, o único instrumento de financiamento do audiovisual em Brasília é o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), concedido apenas a produtores que vivem no Distrito Federal e graças ao qual o Rock Brasília pode ser gravado.

Da Agência Brasil

DIO: VIVIAN CAMPBELL BAIXA GUARDA E RECONHECE PASSADO

Após aparentes dificuldades em reconhecer o valor de seu passado, Vivian Campbell foi mais contido nas críticas ao seu trabalho com Ronnie James Dio em recente entrevista ao Noiscreep. Ainda assim, o irlandês fez questão de ressaltar que muitos não o ligam diretamente a essa época.

“A maioria dos fãs do Def Leppard não me relacionam a Dio. Talvez os mais novos nem saibam sobre isso. Mas ainda há aqueles fanáticos fãs de guitarra que me fazem lembrar desses dias. Tenho orgulho do que fizemos e como toquei. Não estava satisfeito à época, mas esse é o benefício da percepção tardia das coisas” declarou o músico.

GUNS N' ROSES: "JIMMY LOVINE FODEU 'CHINESE DEMOCRACY'"

Não culpe AXL ROSE pela espera de mais de uma década por “Chinese Democracy” – culpe o executivo da gravadora Interscope JIMMY LOVINE.

O baixista do GUNS N’ ROSES, TOMMY STINSON abre o jogo sobre o disco de 2008 em uma recente entrevista com o site A.V. Club.

“Primeiro ficávamos muito no estúdio. Estávamos trabalhando na composição do disco, mas isso continuava se prolongando”, diz Stinson. “O executivo da Interscope Jimmy Lovine interveio de modo não-produtivo, e outros caras vinham e iam com ideias loucas. Meu resumo da coisa toda é que a Interscope, quando comprou a (gravadora original do Guns N’ Roses) Geffen, realmente levou Axl a acreditar que Jimmy Lovine estaria envolvido, e que ajudaria a terminar o disco e fazê-lo acontecer. Mas, basicamente, o que ele fez foi deixar que ele ruísse. Daí ele teve essa grande ideia de trazer o produtor Roy Thomas Baker para deixar o som melhor. Tudo que ele fez foi regravar tudo três ou quatro vezes diferentes, tentando que o disco soasse como algo que não queríamos que soasse, e gastar 10 milhões de dólares no processo. Minha opinião sobre a coisa toda é que eu realmente acho que Jimmy Lovine fodeu a coisa toda”.

DIO: ESPOSA RESPONDE ACUSAÇÕES DE FATURAR COM SUA MORTE

Recentemente a esposa do lendário vocalista RONNIE JAMES DIO cedeu uma entrevista à revista brasileira Roadie Crew. A entrevista foi conduzida por Thiago Sarkis. Confira abaixo alguns trechos da mesma.

Sobre as acusações de que estaria faturando com a morte do marido, Wendy comenta:

Wendy Dio: "Eu me sinto muito, muito, muito triste. É muito doloroso, mas eu sei o que estou fazendo pelos fãs. Eu sei o que eu e Ronnie passamos juntos, então, você sabe, é uma pena ver pessoas falando coisas assim, mas as pessoas sempre falam coisas assim. Eu sinto muito por elas. A maioria dos fãs são fantásticos; são maravilhosos fãs que amaram Ronnie tanto e que sabem que eu eu não faria nada para prejudicar a reputação dele. Nós sempre fizemos captações de fundos. Eu e Ronnie sempre fizemos. Para animais, para crianças, para tudo. É simplesmente certo que eu continue com o objetivo de Ronnie fazendo isso."

Sobre se Wendy acha que essas acusações ocorrem devido ao fato de que ela e Ronnie não estavam envolvidos como um casal por alguns anos antes de sua morte:

Wendy Dio: "Talvez. Mas qualquer relacionamento tem seus altos e baixos. Você se separa e volta, aí você se separa e volta. Ronnie e eu nos casamos em 1974. É um longo período de tempo para se estar junto com uma pessoa que é um músico. Às vezes tem reclamações de pessoas que não te conhecem realmente, que não sabem o que realmente está acontecendo... essas pessoas sempre dizem coisas."

IRON MAIDEN: IMAGENS DA NOVA COLETÂNEA EM VINIL TRIPLO

Vazou a primeira imagem da edição especial em Picture Vinil Triplo da nova coletânea do Iron Maiden, "From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010", que chega às lojas no dia 06 de Junho.

A compilação traz músicas do período entre os álbuns No Prayer for the Dying (1990) e The Final Frontier (2010) dando sequência ao disco "Somewhere Back in Time: The Best of 1980-1989", lançado em junho de 2008.

Além da edição em Vinil Triplo e CD duplo, a nova coletânea terá um single contendo duas faixas: "The Wicker Man" - originalmente lançada em 2000 e que chegou ao Top 10 das paradas britânicas e "The Reincarnation Of Benjamin Breeg" - lançada em 2006 e que foi a música de trabalho do disco "A Matter Of Life And Death". Confira abaixo o track-list completo do lançamento!

1. The Wicker Man / 2. Holy Smoke / 3. El Dorado / 4. Paschendale / 5. Different World / 6. Man on the Edge (Live) / 7. The Reincarnation of Benjamin Breeg / 8. Blood Brothers / 9. Rainmaker / 10. Sign of the Cross (Live) / 11. Brave New World / 12. Fear of the Dark (Live) / 13. Be Quick or Be Dead / 14. Tailgunner / 15. No More Lies / 16. Coming Home / 17. The Clansman (Live) / 18. For the Greater Good of God / 19. These Colours Don't Run / 20. Bring Your Daughter ... To the Slaughter / 21. Afraid to Shoot Strangers / 22. Dance of Death / 23. When the Wild Wind Blows

A nova coletânea do Iron Maiden já está disponível para pré-venda no site Amazon.com

BLACK SABBATH: IOMMI QUER "APROVEITAR A VIDA"

Em entrevista à web radio Linearock, da Itália, Tony Iommi lembrou o primeiro aniversário da morte de Ronnie James Dio e adiantou planos para o futuro

Sobre Dio...

Mal posso acreditar que já se passou um ano, foi tão rápido. Desde a morte de Ronnie, passei por muita tristeza e chateação. Compartilhamos uma vida juntos. Estivemos na mesma banda e nos tornamos amigos próximos. Foi um choque, nem consigo dimensionar como foi triste. Demorou para passar essa sensação e seguirmos em frente. Mas ele deixou um grande legado, seus fãs o amavam. E como ele gostaria que fosse. Ele vivia para os fãs, para cada um deles. E era um gênio, acreditava no que fazia.

Sobre o futuro...

Tenho muitas coisas para fazer, mas não posso falar no momento. Estou terminando minha autobiografia, que sai no fim desse ano. Também farei a trilha para três filmes. Eles sairão ao mesmo tempo, mas estou fazendo um de cada vez. Então, estarei muito ocupado, sem contar com outro projeto para o qual estou compondo.

Sobre como se imagina daqui a dez anos...

Morto (risos). Para falar a verdade, quero simplesmente estar aqui. Estou apreciando a vida, não tenho mais as mesmas pressões de 20, 30 anos atrás. Gosto de tocar apenas quando tenho vontade. Quero muito sair em uma nova turnê, mas no momento estou satisfeito em poder ficar em casa, fazendo outras coisas.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

IAN ANDERSON FAZ MOVIMENTO OBSCENO COM FLAUTA DURANTE SHOW EM SÃO PAULO

O cantor é líder e membro fundador do Jethro Tull, banda pioneira do rock progressivo.

Ian Anderson, líder e membro fundador do Jethro Tull, banda pioneira do rock progressivo, se apresentou no Credicard Hall, em São Paulo, neste sábado, 4, e mostrou seu lado 'rebelde'. Durante o show, o cantor tocou flauta e, em determinado momento, quis fazer uma brincadeira com a plateia e a usou para fazer um movimento obsceno. Animado, não?

CASA DAS MÁQUINAS - VENTUNO PUB URUSSANGA

Show está confirmado para o dia 28/05/11 no Ventuno Pub em Urussanga, utilizando-se para este fim o palco principal. No mesmo dia da festa da gastronomia de Urussanga “Ritorno Alle Origini” de 26 a 29 de maio de 2011.

Casa das Máquinas está de volta a todo vapor!

Foi em 1974 que a banda Casa das Máquinas iniciou uma carreia de grande importância na história do rock nacional. Com seis discos em sua discografia e um estilo que caminha entre o Hard Rock e Rock Progressivo, Casa das Máquinas é referência para o Rock Brasileiro.
Com seu novo show a banda visa manter o legado de rock de qualidade com pitadas psicodélicas e muito peso.

Nesta nova fase a banda é formada por:

Marinho Thomaz - Bateria. É uma lenda viva do Rock brasileiro, tendo tocado nas bandas Casa da Máquinas, Tutti Frutti, além de acompanhar Guilherme Arantes, Rita Lee, Willie Werdaguer, entre outros.

Marinho Testoni - Teclado. integrantes das bandas The Bottons, Dave Maclean, Pholhas, Made in Brazil, Rádio Táxi, Zum de Mosquito, WOMP!, Faiska Quarteto, e outros. Atuou como músico e diretor musical com vários artistas como: Rita Lee, Fábio Jr., Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Rosa Maria, Jair Rodrigues, Ray Rayes, Mafalda Minnozzi, e outros.

Leonardo testoni – Guitarra. Aos 16 anos de idade se profissionalizou, tocando com artistas e bandas como: Seu Jorge, Pedro Miguel, Lilah Kuhn, Mila Ribeiro, Beth Viana, João Parahyba (trio mocotó), Patrycia Alves, K2, Mama Cherry, Candiera e outros. Além de sideman, atua como professor de violão e guitarra desde 2005 lecionando música em escolas privadas e como professor particular.

João Luiz – Vocal. Referência na noite paulistana pelo seu timbre de voz muito semelhante a Ronnie James Dio. Fez parte de várias bandas entre elas: Blackout, Lírio Negro, Vanaddium e King Bird. Já se apresentou ao lado de feras da música brasileira como Andreas Kisser, Paulo Zinner, Amilcar Christófaro ente outros.

Fábio César – Baixo. Tem influências de bandas como Scorpions, Judas Priest, Metallica, Saxon, Iron Maiden e outras. Tocou em bandas (Senso Imaginário, Magna e King Bird) de diferentes vertentes do rock, passando do Blues ao Hardrock.

No show os fãs podem ouvir sucessos como: "Casa de Rock”, "Vale verde" e "Mania de ser" entre outros.

MINUTO HM: PESQUISAS PARA ESCOLHA DA MELHOR MÚSICA DE DIO

Marcando também o início de homenagens a Ronnie James Dio aqui no Minuto HM – nosso eterno ídolo e maior vocalista de Heavy Metal de todos os tempos – estaremos abrindo uma seqüência de pools que elegerá a música preferida pelos participantes aqui no MHM, de toda a carreira Hard Rock/Heavy do baixinho de imensa voz.

Para melhor esclarecer a logística desta sequência de pools, estaremos eliminando em duas ou três etapas músicas de cada álbum da carreira, até ficar a melhor do álbum em questão. Depois confrontaremos as melhores de cada álbum, até ficarmos com a escolha da melhor música Hard/Heavy cantada por Dio em todos os tempos. Por favor, prestem atenção nos títulos dos pools pois, em cada etapa, o número de músicas a serem escolhidas para serem eliminadas pode variar.

A votação se dará em etapas e por álbum e compreenderá toda a carreira fonográfica em álbuns oficiais de estúdio a partir da entrada de Dio na então recém formada banda de Ritchie Blackmore ao sair do Deep Purple – o Rainbow, com o álbum Ritchie Blackmore´s Rainbow de 1975. Consideramos que a partir deste momento, Ronnie James Dio encontra o seu verdadeiro estilo, e vai desenvolvendo-o nos álbuns e bandas subseqüentes.

Acesse o Minuto HM e vote na primeira etapa de eliminação das músicas do disco "Ritchie Blackmore's Rainbow". A pesquisa está localizada no frame à direita no blog, disponível em todas as páginas do Minuto HM.

ACCEPT ENLOQUECE FÃS EM SÃO PAULO

Com mais de três décadas de estrada, os alemães finalmente fizeram sua estreia em solo brasileiro
A visita do lendário grupo alemão de heavy metal Accept ao Brasil, por muitos anos foi algo quase impossível de imaginar. A banda encerrou as atividades ainda nos anos 1990 e, depois de passar alguns anos estacionada na garagem, voltou com fúria, novos vocalista e disco e saúde para dar e vender.

Com mais de três décadas de estrada, os alemães finalmente fizeram sua estreia em solo brasileiro no domingo, no Carioca Club, em São Paulo. Diante de pouco mais de 2.000 pessoas, apresentaram setlist impecável e show para muita banda - inclusive as de grande porte - invejar.

Responsáveis por influenciar leva de novos músicos ainda nos anos 1980, o guitarrista Wolf Hoffmann e o baixista Peter Baltes apenas deixaram claro aquilo que todos imaginavam: a amizade de todos esses anos é bom resultado para o sucesso de um belo show. 'Teutonic Terror', canção pincelada do recém-lançado 'Blood Of The Nations', foi responsável por dar ‘oi' ao público. Com riffs poderosos, foi cantada em uníssono, para surpresa do grupo. 'Bucket Full Of Hate', caracterizada pelos clássicos refrões que lembram coros de exército, veio em seguida, representando também o novo trabalho.

A voz de Mark Tornillo, hoje no lugar de Udo Dirkschneider, é poderosa. Esbanjando carisma, Tornillo fez com que fossem desnecessárias comparações com o antigo vocalista. 'Breaker', composição do disco homônimo de 1981, matou a sede dos fãs mais antigos.

Mas foi com 'Restless And Wild', um dos maiores clássicos do estilo, que o lugar veio abaixo. Bem amparada pelo baterista Stefan Schwarzmann, a dupla de cordas, mesmo com a ausência de Herman Frank - o guitarrista se acidentou recentemente durante show no Texas -, apresentou carisma e competência de sobra. Hoffmann, perito em música clássica, fez com que os presentes cantassem todos os seus solos, do início ao fim do espetáculo.

O Accept apresentou ainda 'Metal Heart', clássico absoluto. Com 'Amamos La Vida', recheada por arranjos dignos, a banda tirou o pé do freio e esbanjou delicadeza.

Hoffmann, em meio a um solo que parecia preceder guerra nuclear, apresentou 'Neon Nights', para a alegria de todos. Empenhada e empolgada, a banda ainda tirou do bolso petardos como 'Losers and Winners', 'Aiming High' e 'Princess Of The Dawn'. Como se não bastasse, três músicas vieram para o bis: 'Fast As A Shark', a nova 'Pandemic' e a furiosa 'Balls To The Wall'. A noite foi do Accept e o mês, por enquanto, é do Accept.

E não, a banda não vive à sombra do passado. Hofmann, Baltes e cia.limitada vão muito bem, obrigado.

LEADER LANÇA PRODUTOS E CAMPANHA "JÁ É ROCK IN RIO"

A Leader lança a campanha Já é Rock in Rio na Leader, criada pela Artplan, em suas 53 lojas em oito estados brasileiros. A empresa passa a comercializar oficialmente uma linha exclusiva de vestuário do Rock in Rio, com cerca de 100 modelos diferentes, entre t-shirts de moda masculina e feminina, bonés e mochilas, além de licenciar produtos de cama, mesa e banho, utilidades domésticas e calçados.

“Moda e música estão ligadas porque refletem personalidade e atitude. Vamos explorar essa característica com as nossas peças exclusivas, vestir os clientes para ajudá-los a entrar no clima do festival!” – explica Sérgio Griffel, diretor comercial da Leader.

E, para atrair o público às lojas, a Leader realiza a promoção Vista sua Música, em parceria com a rádio Mix FM, do Rio. O ouvinte que comprar produtos da coleção RiR/Leader e responder a uma pergunta no site da rádio concorre a um par de ingressos por dia, até o dia 5 de agosto.

As lojas estarão decoradas com a identidade visual da campanha, através de capas de antena, topos de arara, móbiles, banners, vitrine e bolachas de arara. Haverá também impressão customizada na fatura dos Cartões Leader, além de e-mail marketing e anúncios em jornais de grande circulação no Rio de Janeiro.

O público também poderá participar de sorteios e concursos culturais nas redes sociais da Leader: Twitter e Facebook. Os seguidores serão premiados com looks da campanha e outros ligados à música.

JUDAS PRIEST: "TURNÊS MUNDIAIS NUNCA MAIS", DIZ HALFORD

O site RafaBasa.com entrevistou Rob Halford. O Metal God falou sobre o JUDAS PRIEST e as expectativas para os próximos tempos.

Futuro da banda: Está tudo em aberto. Faremos shows esporádicos, mas turnês mundiais, nunca mais. É um prazer trabalhar pelo Judas Priest, mas é exaustivo física e mentalmente embarcar em turnês toda hora. Então, continuaremos fazendo algumas coisas de vez em quando, como gravar e tocar em alguns shows especiais.

A separação de K. K. Downing: Somos indivíduos com diferentes interesses e necessidades. Ele decidiu sair e temos que respeitar. Machuca e não concordamos, mas ele é livre para fazer o que deseja. Seu espírito sempre estará presente no que fazemos. Agora temos que olhar para frente de maneira positiva. Estamos muito empolgados para a próxima excursão.

Richie Faulkner: Ninguém pode substituir K. K. Trabalhamos duro para encontrar alguém. Acreditamos que Richie tenha a disciplina e técnica necessária para executar a função.

AS 10 INTRODUÇÕES MAIS MATADORAS DO HEAVY METAL

Katie Parsons - que já foi considerada pela Rolling Stone a "mulher crítica de música mais influente do heavy metal" - publicou do site NME uma lista das 10 melhores introduções do heavy metal.

Para os fins da lista, Katie esclarece que levou em conta os instantes iniciais e os primeiros riffs da música. "Não é necessário que seja primeira faixa de um álbum, eu estou falando simplesmente daqueles momentos de um início devastador em que sua orelhas levantam, seu coração palpita e os braços começam furiosamente a fazer air guitar (ou bateria - escolha o seu lado) sabendo que o caos está prestes a se iniciar".

Veja a lista a seguir.

BLACK SABBATH, “War Pigs”
METALLICA, “Seek And Destroy”
IRON MAIDEN, “Number Of The Beast”
SEPULTURA, “Refuse Resist”
REFUSED, “New Noise”
LAMB OF GOD, “Laid To Rest”
SLAYER, “South Of Heaven”
PANTERA, “I”m Broken”
THE DILLINGER ESCAPE PLAN, “Fix Your Face”
DREAM EVIL, “The Book Of Heavy Metal”

ERIC CLAPTON: INGRESSOS PARA SHOW NO RIO A PARTIR DE MAIO

Os fãs de ERIC CLAPTON já podem preparar o bolso. Foram divulgadas as datas para o início da venda de ingressos para os shows do guitarrista no Brasil, agendados para o mês de outubro.

Para a apresentação no Rio de Janeiro, as entradas estarão disponíveis a partir do dia 26 de maio, pelo site www.livepass.com.br. Em Porto Alegre e São Paulo, os ingressos começam a ser vendidos em 15 e 23 de junho, respectivamente.

Em breve serão confirmados os valores.

A última vez que o 'Deus da Guitarra' esteve no país foi em 2001.

ERIC CLAPTON EM PORTO ALEGRE

Quando: 06/10
Onde: estacionamento da Fiergs
Ingressos: a partir de 15/06 em www.livepass.com.br

ERIC CLAPTON NO RIO DE JANEIRO

Quando: 09/10
Onde: HSBC Arena
Ingressos: a partir de 26/05 em www.livepass.com.br

ERIC CLAPTON EM SÃO PAULO

Quando: 12/10
Onde: Estádio do Morumbi
Ingressos: a partir de 23/06 em www.livepass.com.br

GUNS N' ROSES: AXL ROSE CONTINUA COMPONDO

O frontman do GUNS N' ROSES, AXL ROSE, tem o equivalente a mais de três discos de canções novas gravadas e prontas para lançamento, de acordo com o guitarrista da banda, DJ Ashba.

Em uma entrevista com a estação de rádio australiana Triple M, Ashba disse que o frontman “tem muitas grandes canções escondidas na manga. Ele provavelmente tem três discos de material gravado“.

Ele ainda acrescentou sobre como Rose parece não estar muito disposto a mostrar suas novas músicas ao mundo. Ele disse que o cantor senta ao piano e toca.”Eu penso, ‘Isso é fabuloso. As pessoas têm que ouvir essa música.’ E ele responde, ‘Ah, isso é só uma coisa na qual eu tô matutando.’ Ele é simplesmente um gênio quando o assunto é música e eu mal posso esperar para sentar com um violão e apenas escrever. Ele tem esse dom que é muito, muito raro.”

NME: ELEGENDO OS 10 MELHORES FRONTMEN DO HEAVY METAL

O site NME acaba de publicar mais uma lista top-ten, assinada por Katie Parsons.

Dessa vez, a relação contempla os dez maiores frontmen do Heavy Metal, levando em conta quatro critérios: ser um artista formidável, ter voz marcante, apresentar um estilo memorável ​​e trabalhar com uma banda de Heavy Metal.

Confira os escolhidos:

1. Ronnie James Dio
2. Mike Patton
3. Bruce Dickinson
4. Rob Halford
5. Ozzy Osbourne
6. Axl Rose
7. Corey Taylor
8. Phil Anselmo
9. James Hetfield
10. Alice Cooper

NEKTAR: MAIOR QUE O PINK FLOYD NO BRASIL?

Um dos clássicos do Rock Progressivo está ganhando edição comemorativa. “Remember The Future”, álbum lançado pelo Nektar em 1973, volta às lojas com vários acréscimos à versão original. No primeiro CD, temos como bônus versões ao vivo das duas faixas que compõem o álbum. Já no segundo, temos sete faixas registradas em Niterói, no ano de 2007.

Detalhe especial para o que diz o release enviado aos órgãos de comunicação: “...an entire LIVE performance recorded in Brazil (where Nektar is bigger than Pink Floyd)”.

O tracklist é o seguinte:

CD 1

01. Remember The Future Part One
02. Remember The Future Part Two
Bonus Tracks
03. Remember The Future Part One (live)
04. Remember The Future Part Two (live)

CD 2 “Vivo Niteroi” (Live in Brazil)

01. A Tab In The Ocean
02. Desolation Valley
03. Cast Your Fate
04. The Debate
05. Man In The Moon
06. Good Day
07. Woman Trouble

ROGER WATERS: POSSÍVEL VINDA PARA A AMÉRICA DO SUL EM 2012?

No dia 28 de março o site 'A Fleeting Glimpse' (ou Pinkfloydz), tradicional quando se trata de notícias sobre PINK FLOYD, postou uma mensagem sobre a turnê "The Wall" do vocalista/baixista Roger Waters.

Segundo o site, uma fonte confiável revelou que a ida de Waters para a Austrália em setembro/novembro foi colocada 'em espera' e que não sera marcada até o ano que vem. O cantor realizará seu ultimo show deste ano no mês de julho.

Também foram postadas informações sobre a continuação da turnê em 2012: Ela passará pela América do Sul e terá um muro (parte essêncial do espetaculo) DUAS VEZES maior nos shows em estádios.

PINK FLOYD: OS BASTIDORES DA REUNIÃO DO TRIO REMANESCENTE

"Não tinha sido nada combinado", disse Nick Mason.

Quando o baterista do Pink Floyd Nick Mason esteve na O2 Arena em Londres na última quarta-feira ele não fazia idéia que ele daria de frente com David Gilmour e Roger Waters apresentando "Comfortably Numb" numa passagem de som para o show de Waters naquela noite. "Nada chegou a ficar acertado – houve conversas sobre talvez tocar em Paris ou algo mais," Mason disse. "Então foi muito bom chegar lá e ver que ele «David» estava lá."

Depois, os três membros remanescentes do Pink Floyd se apresentaram juntos no palco apenas pela segunda vez nos últimos 30 anos, e a primeira desde o show do Live 8 em 2005. "Foi realmente bom fazer meio que parte daquilo e dar apoio a Roger, não que ele realmente precise disso", disse Mason a respeito do show de quarta-feira a noite, no qual os três tocaram "Outside the Wall." "Suponho que é bom que o Roger queira registrar o David e a mim como parte daquilo, de certa forma. Foi meio que uma coisa mútua: foi bom ter reconhecimento mas também muito bom ir em apoio a Roger e deixar claro que nós não estamos tipo que distribuindo socos nos auditórios. Não o criticamos por fazer aquilo."

Depois da passagem de som, os três se assentaram numa mesa no backstage e fizeram um jantar leve. "Estávamos todos só um pouco nervosos, porque foi um momento antes do show então não foi algo totalmente relaxado, 'Vamos conversar sobre tudo'. Uma vez que o David não tocava a música há muito tempo, ele estava provavelmente preocupado com a tecnologia que iria erguê-lo no muro. É bem assustador lá em cima – eu estive lá uma vez e é um longo caminho até lá em cima."

Em seguida, Mason se recolheu a seu assento no piso da arena, onde fãs o cumprimentaram com entusiasmo, e assistiu ao The Wall pela primeira vez como espectador. "Foi incrivelmente bom", disse ele. "É uma pena, de certa maneira... se você pudesse voltar no tempo e ter acesso àquele tipo de tecnologia há 40, 30 anos atrás teria sido fantástico. Quero dizer, é interessante porqule eu acho que o The Wall foi atualizado. Quando você olha para o palco e para a iluminação de agora, então ofusca tudo o que fazíamos."

A apresentação de Gilmour de "Comfortably Numb" foi magnífica. Então no fim do show Waters convidou Gilmour (desa vez com um mandolin) e Mason (com um pandeiro) para a "Outside the Wall," que tinham pedido que ele tocasse apenas meia hora antes do show. No palco, Waters abraçou Mason e balançou com ele. "Ele quase me derrubou" disse Mason. "Achei que ele fosse me jogar pra fora do palco."

Houve mais troca de palavras no backstage após o show? "Você quer dizer além de 'Cai fora. Te odeio'? 'Nunca mais quero te ver de novo'? Não."

A notícia se espalhou online como fogo fora de controle, o que deixou Mason perplexo. "Por incrível que pareça são só três sujeitos se juntando por um momento, muito esquisito. Mas se é o que as pessoas gostam, então está ótimo." E naturalmente, reacendeu a esperança de uma reunião. E até onde se sabe, Gilmour é o único empecilho a uma reunião dos membros vivos da banda. Mason e Waters já disseram que estão abertos a mais atividades da banda após a apresentação no Live 8 em 2005.

"Acho que particularmente nesse momento o David tem outras coisas com que se preocupar", disse Mason. "Mas também as pessoas mudam de opinião, às vezes estão interessadas em fazer alguma coisa e depois não estão. Acho que vamos ter de esperar em silêncio para ver se o Dave concorda. Acho que há uma possibilidade mesmo que seja, sabe, outro Live 8."

O baterista estará no show desta noite no O2 para ver o The Wall novamente, mas não o esperem no palco. "Foi uma coisa muito legal mas pode virar um clichê se continuarmos subindo em cima do muro e continuássemos nos abraçando no palco. Quero dizer, acho que já basta. Quero dizer, somos ingleses, afinal. Não gostamos muito dessa coisa de abraçar."

terça-feira, 17 de maio de 2011

MORTE DE RONNIE JAMES DIO COMPLETA UM ANO

O lendário músico Ronnie James Dio, conhecido como um dos maiores e mais influentes vocalistas de heavy metal, morreu há um ano com 67 anos, vítima de cancêr no estômago.

Dio começou sua carreira nos anos 70, como vocalista da banda Elf. Após, se juntou ao grupo Rainbow, a convite do ex-Deep Purple, Ritchie Blackmore. Dio também foi o vocalista da Heaven & Hell e do grupo Black Sabbath, o qual entrou para para substituir Ozzy Osbourne.

Ronnie James Dio, cujo nome verdadeiro é Ronald James Padavona, foi diagnosticado com a doença, em 2009. Sua última aparição em público foi no dia 4 abril de 2010, no "Revolver Golden Gods Awards", em Los Angeles.

De acordo com fontes oficias, Dio morreu às 7:45 da manhã de 16 de maio de 2010.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

MASTER OF REALITY - BLACK SABBATH

O material foi responsável por jogar a banda no oitavo lugar das paradas britânicas e o quinto nos Estados Unidos. Conseguiu nota máxima no Allmusic, reconhecidamente por fazer canções acessíveis mesmo com todo o peso e seus temas sombrios. O primeiro encarte do vinil era curioso: Era todo preto, com as palavras Black Sabbath na cor roxa. A palavra Master of Reality era visualizável apenas por seus contornos e as letras eram onduladas. No CD, o nome do álbum foi colorido de cinza.

Lester Bangs, notório crítico da Rolling Stone, disse que o Sabbath não cresceu nesse material como fizeram os proto-punks do MC5. Se ele estava certo, não dá pra saber, mas que o quarteto liderado por Ozzy Osbourne acertou em criar um material curto e saboroso para o ouvinte é um fato reconhecido em dois milhões de cópias vendidas.

"Sweet Leaf" abre o CD com a tosse de Geezer Butler ao usar maconha, jogando, de cara, o tema das drogas, que é uma temática tão cotidiana e polêmica quanto a letra de "Paranoid". No entanto, os assuntos sombrios não iam ficar de fora do CD. Apesar da mensagem cristã de Geezer sobre salvação, "After Forever" já mostra que a religião volta a ser uma abordagem comum para o novo material da banda.

Tony Iommi reduziu três semitons da afinação de sua guitarra e toca de maneira mais suja e obscura nesse CD, acompanhado pelo mesmo ajuste no contrabaixo de Geezer Butler. "Embryo" é uma pequena peça instrumental que antecede Children of the Grave, uma das músicas que mais mostra o ritmo forte de Bill Ward na bateria. Falando sobre inocentes que se voltam contra as guerras, como em "War Pigs", a letra faz uma alegoria da situação com crianças que são enterradas vivas.

Iommi não fica satisfeito e, dessa vez, ataca em uma peça acústica com ares de música erudita. "Orchid" é outra das criações do guitarrista antes da fabulosa "Lord of This World". Mais travada, a música retoma os temas demoníacos sobre possessão de pessoas inocentes, como as letras do primeiro álbum, "Black Sabbath".

Em uma letra inovadora para a banda, "Solitude" abandona a sujeira das guitarras e os berros de Ozzy Osbourne para falar, serenamente, sobre solidão. Para fechar o material, sem tons cinzentos e mornos, "Into The Void" fala sobre poluição e sobre o homem se matando com suas criações, rodeado por fraseados bem pesados do instrumental do grupo de heavy metal.

Um disco direto, sujo e curto, mas com variações. Este é o "Master of Reality" do Sabbath.

GLENN HUGHES: "CHEGUEI À BEIRA DA INSANIDADE REAL!"

Em entrevista ao FaceCulture, Glenn Hughes falou sobre sua autobiografia, Deep Purple and Beyond: Scenes From the Life of a Rock Star. E aproveitou para relembrar os tempos de dependência química.

“Nos anos 1970 e 1980 eu era muito famoso pelo vício. Não quero soar arrogante, mas fui um dos primeiros a assumir publicamente a dependência em cocaína. É algo que nunca falei abertamente até escrever esse livro. Nos anos 1990 ninguém sabia onde eu estava. Basicamente, me tornei outra pessoa, assumi outro nome. E esse isolamento quase me matou. Mas queria experimentá-lo, ficar sozinho e viajar. Desaparecí cinco ou seis vezes em três anos”.

Hoje, Glenn chega a se assustar quando relembra essa fase. “Queria sumir e não havia melhor lugar no mundo que Amsterdam, na Holanda. Vi coisas tão esquisitas que me deram medo. Digamos que cheguei à beira da insanidade real. Houve esse momento em que disse para mim mesmo: ‘Ou eu pulo e embarco nessa viagem ou volto ao normal’. Acabei retornando e virei o homem que sou hoje”.

DEEP PURPLE: QUEM SE RECUSA A TOCAR EM ISRAEL É "BICHINHA"

Em sua terceira turnê em Israel, com shows agendados para o próximo sábado e domingo, o Deep Purple reprovou a atitude de músicos que se recusam a tocar em Israel por motivos políticos. Para o baterista Ian Paice, quem faz isso é “um verdadeiro bichinha”. A declaração aconteceu durante a coletiva de imprensa realizada ontem.

Para o vocalista Ian Gillan, “os músicos deveriam permanecer imparciais em assuntos dessa natureza”, mesmo assumindo que a banda apoiou o primeiro ministro britânico Tony Blair em um concerto com motivações políticas há dez anos.